quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

“Minha Casa Minha Vida”: Obra de R$ 50 milhões do governo federal sendo engolida pelo matagal













WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles

Um dos principais programas de atendimento as famílias carentes do Governo Federal “Minha Casa Minha Vida”, iniciado em março de 2012 em Tucuruí, em uma grande área adquirida pelo montante de R$ 3,5 milhões, sendo que nesta negociação o proprietário da área doou à prefeitura de Tucuruí um terreno onde foi instalada a sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além de disponibilizar dentro do Condomínio a ser construído “Cristo Vive” todas as áreas para instalação de mercado, escola, posto de saúde e praça pública, todos os prédios e áreas públicas de responsabilidade de construção da Prefeitura de Tucuruí.

A empresa vencedora da licitação a Construtora Efece Ltda do Grupo VFR, iniciou as obras em março do ano passado, prometendo entregar a metade das casas na chave até dezembro, mas infelizmente isso não ocorreu, e até os dias de hoje nenhuma residência do Condomínio “Cristo Vive” foi finalizada, muito menos habitada.

É fato que, o BNDES financiador da obra através da Caixa Econômica Federal que fiscalização a sua execução, vinha realizando os pagamentos das medições apresentadas através dos relatórios de produção, mas em setembro do ano passado, após a vistoria pela equipe técnica vinda de Brasília da Caixa Econômica Federal, ficaram constatados as grandes disparidades entre o projeto original e o material que estava sendo utilizado para a construção das unidades habitacionais populares de Tucuruí, com isso, após o relatório da equipe, a administração da Caixa decidiu reavaliar a obra, e suspendeu todos os pagamentos das medições pendentes.

Um projeto com custo de R$ 51 milhões, que beneficiará 1.000 famílias, criando um novo bairro com quase 10 mil novos moradores, está com suas obras das casas suspensas há quase seis meses, e sendo engolidas pelo matagal e pela erosão das chuvas, iniciando inclusive a deterioração da estrutura que já estão comprometidas pelo material inferior utilizado, e o que é pior, devido o local ser formado por morros, com as chuvas a grande quantidade de água pluvial, está escavando as paredes laterais, correndo o risco de todos os recursos investidos pelo governo federal virar ruínas.

Por outro lado, os poucos funcionários que ainda restam na obra, que estavam realizando o trabalho de construção de meios-fios, já nos primeiros dias do ano denunciaram a empresa Construtora Efece, pelo atraso nos pagamentos e a falta de estrutura, onde os funcionários estavam trabalhando sem os equipamentos obrigatórios EPI.

Os funcionários esclareceram que a empresa acertou uma parte dos salários atrasados e negociou pagar o restante até o final do mês de janeiro, mas na verdade as obras de construção das novas unidades e os acabamentos das quase 500 unidades já levantadas, estão paralisados sem previsão de reinício, “imaginem o período de conclusão”.

Após a licitação, a empresa pelo contrato deveria entregar em 12 meses as 1.000 unidades habitacionais concluídas, até porque, todas as paredes são construídas com placas de concreto, ou seja, a construção e rápida, então no próximo mês de março é o prazo final da conclusão, mas pelo “andar da carruagem, e pelo dinheiro que já foi investido, nada está sendo feito para a conclusão do restante das obras e a construção das novas unidades, pelos cálculos dos trabalhadores a empresa vai levar ainda dois anos para finalizar a obra”, esclareceu um pedreiro que por motivos de represália pediu para não ter seu nome divulgado.
A equipe de reportagem procurou a gerência da empresa Construtora Efece no canteiro de obras em Tucuruí, mas foi orientado que aqui só tem um chefe de obras, mas que não poderia dar nenhum esclarecimento, haja vista, a sede de a empresa ser em Belém, e só o proprietário poderia dará estes esclarecimentos, dezenas de tentativas de contatos com o responsável foram realizadas, mas ninguém atendeu a nenhuma chamada telefônica.

Cadastro – Diversas entidades sociais de Tucuruí denunciam que o cadastramento para as famílias carentes, que teriam o direito a uma unidade habitacional no Condomínio “Cristo Vive” do governo federal, foi realizado no período eleitoral, e que, muitos dos candidatos se valeram deste “subterfúgio” para garantir uma “moeda de troca” no momento do pedido do voto.

É Fato que a Ação Social da prefeitura realizou o cadastramento, mas todos que procuravam o local eram entrevistados, e se tivesse de certa forma uma relação com os candidatos “apadrinhados” do então candidato a reeleição a prefeitura, tinham a confirmação imediata que receberiam uma casa, já os outros que não tinham “pistolão”, ficavam em uma listagem geral para um provável sorteio futuro.


Um comentário:

  1. tai isso é uma vergonha e o povo se iludindo. votem nos candidatos desse 23. estão pensando é neles. lojas em Belém. enganação em Tucuruí. eita povo besta.

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