Foram transferidas, nesta quinta-feira, 28, para presídios na Região Metropolitana de Belém, as quatro pessoas presas ontem, no sudeste do Pará, por policiais civis da Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá (DECA). O bando é acusado de envolvimento no assassinato de Francisco Alves Macedo, líder de um grupo de trabalhadores rurais, no último dia 03 de março, em Breu Branco.
Os presos são os fazendeiros Marlene Néris Pimentel e Darmy Almeida de Melo, apontados como mandantes; Antônio James Pereira Barros, autor dos tiros contra a vítima, e Max de Souza Medrado, responsável em fornecer um revólver calibre 38 usado no crime. Um quinto envolvido no homicídio, Manoel Sidiney Nunes Moia, permanece foragido. A morte resultou da disputa por uma propriedade, na zona rural de Breu Branco. Os mandantes dividem a propriedade do terreno que foi loteado pelos trabalhadores rurais comandados pela vítima.
As prisões resultaram da operação denominada "Avalanche" coordenada pela DECA. O inquérito foi instaurado para apurar o crime pelo delegado José Humberto de Melo Júnior, titular da Delegacia. Darmy e Marlene se sentiram prejudicados pelo loteamento do terreno e decidiram contratar o pistoleiro Antônio James para matar Francisco Macedo. Com base nas provas, a Comarca Judiciária de Breu Branco decretou os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão nas casas dos acusados. Durante as investigações, Antônio James chegou a ser procurado pelos policiais em Santa Inês, no Maranhão, mas não foi encontrado na cidade. Ontem, durante o cumprimento das ordens judiciais, primeiramente, a equipe formada pelos investigadores Jocsã Cavalcante, Thiago Sepeda, Edson Lima, Giceli Lemos, Nazareno Rodrigues, Rafael Paiva, Marcelino, Botelho, Antônio Carlos e escrivão Marco Antônio, com apoio da Seccional Urbana de Tucuruí, chegou ao pistoleiro, em Jacundá. Depois, os comparsas dele também foram presos em Breu Branco.
Antônio James já responde processos por outros quatro homicídios em Novo Repartimento, Jacundá, Breu Branco e Tailândia. Marlene também era processada criminalmente sob acusação de envolvimento, como mandante, em outros três homicídios na região. Max também é indiciado em processos criminais como autor de homicídios em Breu Branco, Tucuruí, Jacundá e Tailândia. Com ele, cartuchos de arma de fogo foram apreendidas e, assim, ele foi autuado por posse ilegal de munição. Já na casa de Darmy, os policiais encontraram uma pistola calibre 380 e 20 projéteis. Ele vai responder também por posse ilegal de arma e munição. Todos confessaram participação no assassinato de Francisco Macedo. As investigações prosseguem com objetivo de prender Manoel Sidiney acusado de ser o fornecedor da moto usada no crime.
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