Mazelas: comunidades indígenas e ribeirinhas da região não foram consultadas de forma apropriada sobre o projeto de Belo Monte
O ministro da secretaria geral da presidência, Gilberto Carvalho realizou reunião nesta terça-feira (19), para discutir a realização das obras da Usina de Belo Monte. No encontro, que aconteceu no planalto, foram discutidas formas de evitar, nos canteiros de obras, os mesmos problemas ocorridos nas obras de construção da hidrelétrica de Jirau no mês de março, em Rondônia.
A reunião contou com a participação da prefeita de Altamira, Odileida Sampaio, o secretário de planejamento do município Carlos Bortolli e o advogado do município Robério Oliveira.
Uma das ideias do governo é garantir que em Belo Monte as construtoras façam canteiros menores, mais dispersos, para evitar grandes concentrações e tumultos. O governo, segundo Carvalho, também quer ratificar com as construtoras o respeito a todas as normas trabalhistas. Outra preocupação do município é com a grande demanda populacional que já se instalou na região.
Entre os pontos citados pela prefeitura de Altamira está o trânsito da cidade que em menos de 3 meses teve um crescimento espantoso em sua frota. Segundo dados do Departamento de Trânsito do Município - Demutran, a cidade teve um aumento de mais de 2 mil veículos, mas no relatório não constam ainda os veículos com placas de outros estados que não fixaram domicílio na cidade.
Considerada a maior obra de construção da história do país, a hidrelétrica de Belo Monte, será construída na altura da Volta Grande do Xingu, entre os municípios de Altamira e Vitória do Xingu. Com capacidade de geração de 11 mil megawatts de energia, a hidrelétrica que será a 3ª maior do planeta deve gerar mais de 40 mil postos de trabalho e atrair aproximadamente 90 mil pessoas para a região.
Robério Oliveira, advogado da prefeitura informou que o ministro Carvalho, afirmou que o governo está atento e disposto a antecipar soluções aos problemas relacionados a instalação do canteiro de obras na região, e que por conta disso, pretende fazer uma intermediação direta entre o município, os trabalhadores e as construtoras.
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