Pacajá: Projeto de Lei de autoria do prefeito Tunico Doido acaba com gratificação de 100% dos professores

O prefeito de Pacajá Antônio Mares Pereira (PSB), conhecido popularmente na cidade como Tunico Doido autor do Projeto de Lei que reduz o salário dos professores

WELLINGTON HUGLES

De Pacajá

A sessão extraordinária da Câmara de Vereadores do município de Pacajá, sudoeste paraense, será movimentadíssima na manhã desta segunda-feira (14), os 11 vereadores terão como missão, analisar o Projeto de Lei de autoria do Poder Executivo, que visa alterar a lei vigente no município reduzindo em 100% a gratificação dos professores de nível superior e em 40% os professores de nível médio, a proposta do prefeito de Pacajá Antônio Mares Pereira (PSB), conhecido popularmente na cidade como Tunico Doido, deixou os profissionais municipais em pavorosa pela medida que fere a constituição e acabam os direitos dos servidores públicos, além de ir de encontra ao Plano de Cargos, Carreira e Remuneração.

É fato, que no período em que o atual prefeito Tunico Doído era legislador na casa de leis do município, ele foi um dos grandes defensões na aprovação e a entrada em vigor da lei que garantia o reconhecimento dos profissionais da educação e aumentava os rendimentos dos professores.

Mas, passado este período, após sua posse no poder executivo de Pacajá, suas promessas de campanha foram começando a ficarem no esquecimento, principalmente de investir no setor educacional, trazendo a tona uma antiga discussão travada no seio da sociedade, que questionam as promessas dos políticos durante o período eleitoral, que efetivamente no município de Pacajá, cortado pela BR 230, conhecida historicamente como Transamazônica, passa por uma situação de fragilidade em sua estrutura administrativa, com a preposição desta alteração na lei em vigor.

Em sessão ocorrida na última sexta-feira (11), os vereadores ouviram atentamente o parecer exaurido pelo vereador presidente da Comissão de Constituição e Justiça daquela casa de leis, que esclareceu ser inconstitucional a alteração da lei em vigor, ferindo a carta magna do país. Também fez uso da palavra o vereador relator do Projeto de Lei de autoria do prefeito Tunico Doido, em sua oratória o vereador esclareceu ser contrário a aprovação do que ele considera “uma afronta aos mestres que diariamente levam conhecimento as crianças e adolescentes de nossa cidade”, este projeto e uma traição a classe dos professores, este foi seu parecer.

Durante a sessão os vereadores da base de sustentação política do prefeito, contornaram os dois pareceres e derrubaram tanto o parecer contrário à aprovação do Projeto de Lei da Comissão de Constituição e Justiça, como o parecer que também era desfavorável do relator do projeto, sendo os dois pareceres foi revogado e aprovado pelos vereadores, a saber: Adalto Jatobá (PSC), Alacid Tabuleiro (PDT), Mirim (PDT), Edson da Farmácia (PSDB), Miguel Noronha (PV) e Miguel Pedra (PPS), que encaminharam o projeto para 1º votação na próxima sessão.  Votaram de acordo com os dois pareceres contrários à aprovação do projeto os vereadores: Antônio Marcos Oliveira Lima (Marcão) (PP), Devaldo Soares Sousa (PT), Francisco Rodrigues dos Santos (Chico Direta) (DEM) e Vereador Max Luydyh (DEM).

Mobilização – Os professores revoltados com a armação do prefeito e a medida ditatorial do de Tunico Doido e seus “asseclas” os vereadores de sua base de governo na Câmara, prometem lotar as plenárias da Câmara e inviabilizarem a todo custo à votação desta “graciosa lei”, que acaba com um direito líquido e certo que é a gratificação dos professores de nível superior e médio.

A sessão extraordinária esta prevista para iniciar as 10 h desta segunda-feira (14), segundo os vereadores contrários à aprovação desta Lei, o prefeito já conseguiu manobrar os seus vereadores, que deverão aprovar a “toque de caixa” esta redução nos salários dos professores, inclusive para a entrada em vigor desta revogação da lei imediatamente, os vereadores tem que votar em duas sessões consecutivas, mas já existem boatos que os governistas farão a proposta da quebra de interstício e deverão aprovar tudo em uma só sessão, com duas votações do projeto de lei que aniquila os professores de Pacajá.

Os professores tem como missão, sensibilizar seus representantes no legislativo, para que não sejam os “capachos” do gestor e votem em defesa da população, a sociedade esta convocada e fará a diferença na sessão para evitar esta atitude reacionária e antidemocrática.