quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Câmara de Tucuruí: Vice-prefeita poderá voltar ao cargo é vereadores estão inercies as denúncias do MPF e MP da fraude de R$ 38 milhões nos cofres da Prefeitura de Tucuruí


 Vereadores inercies as denúncias do MPF e MPE
População acompanhou atenta a jogada da "cortina de fumaça"

WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles

Em sessão ordinária realizada nesta terça-feira (1), os 13 parlamentares tucuruienses, analisaram o pedido formulado pelos vereadores José Vieira (PDT) e Cleuton Marques (PR), que altera novamente a Lei Orgânica do Município, revogando o disposto legal aprovado em 2014 pela maioria dos edis, que coibiu a vice-prefeita Henilda Dias Miranda (PSDB), assumir a prefeitura interinamente na ausência do prefeito Sancler Ferreira.

Após a alteração a Lei Orgânica, em 2014, Sancler Ferreira recebeu de presente dos vereadores a possibilidade de se ausentar da cidade em até 15 dias, sem que sua cadeira fosse ocupada de fato e de direito pela vice-prefeita ou mesmo pelo presidente da Câmara de Vereadores.

A revogação da Lei aprovada pelos próprios edis, é uma forma de tentar criar uma “cortina de fumaça” junto a população, para desvirtuar as atenções, e evitar uma discussão calorosa das medidas propostas pelo Ministério Público Federal e Ministério Público do Estado, que culminou com a decisão da Justiça Federal com o afastamento das funções da Secretária de Finanças Sheila Vaz Rodrigues, a Procuradora Jurídica Idalene Barroso e do diretor de Tributos Edson Andrey “Tinho”, segundo o procurador Luís Eduardo Smaniotto e a promotora Francisca Suênia, os três indiciados formaram um “consórcio” para lapidar o erário público, e conseguiram impor no exercício de seus cargos, um esquema fraudulento de locação de veículos leves e pesados, surrupiando dos cofres da Prefeitura de Tucuruí o montante equivalente a R$ 38 milhões.

É fato, que os mesmos vereadores aprovaram em 2014 a pedido de Sancler Ferreira a confissão do desviou de R$ 23 milhões arrecadados dos salários dos funcionários municipais para o Instituto de Previdência dos Servidores de Tucuruí (Ipaset), na oportunidade, Sancler Ferreira enviou ao legislativo o Projeto de Lei pedindo o parcelamento do desviou dos recursos, sendo aprovado pela maioria dos vereadores, que nada falaram ou pediram esclarecimentos com referência a este desvio.

Com a aprovação do parcelamento da dívida de R$ 23 milhões no período de 20 anos, e adivinhem quem vai pagar a conta, o município, ou seja, os munícipes.

Não contentes com todas estas “lambanças”, os vereadores aprovaram ainda, a pedido de Sancler Ferreira, a privatização da autarquia “Nossa Água”, que seria entregue a uma empresa particular, e que receberia para isso, o montante de R$ 20 milhões em investimentos, mas quem pagaria a conta de novo, o povo.

Mas a frente os parlamentares representantes do povo de Tucuruí aprovaram a privatização da construção da nova sede da Câmara de Vereadores de Tucuruí, pelo montante de R$ 20 milhões, que seria entregue a uma empresa particular, mas o dinheiro novamente seria dos contribuintes.

Agora num passe de mágica os vereadores, decidiram voltar atrás do que foi aprovado por eles próprios em 2014, e em 1ª votação, aprovaram pelo retorno da vice-prefeita Henilda Dias Miranda, para assumir a prefeitura nos impedimentos e ausência do prefeito Sancler Ferreira, uma forma clara e evidente de uma estratégia, que vai garantir em um futuro bem próximo, a ascensão ao cargo de prefeito interino do atual presidente da Câmara de Vereadores Davidson Furtado (PSDB).

Com tudo comprovado e oficializado pelas decisões irmanadas pela Justiça Federal, com o bloqueio dos bens de Sancler Ferreira e demais secretários, em função aos desvios dos recursos na contratação criminosa de barcos escolares, surrupiando quase R$ 2 milhões da Prefeitura de Tucuruí e de recursos do Governo federal, agora, com a decisão proferida pela Justiça Federal, que desmontou um esquema fraudulento que culminou com um prejuízo de R$ 38 milhões aos cofres públicos, mas isso, de nada interessa aos parlamentares tucuruienses, que parecem viverem em outra “estratosfera”.


O correto seria no mínimo, que os vereadores procedessem com a instauração de uma Comissão Processante de Investigação (CPI), para acompanhar as denúncias e apurar a veracidade, e com isso, garantir o afastamento imediato do gestor municipal e de seus colaboradores, para evitar que haja prejuízo nas investigações futuras.
  

Um comentário:

  1. Os vereadores também são cúmplices dessa roubalheira aqui em tucurui,por isso eles não tiram esse prefeito corrupto do poder.abra o olho povo de tucurui vamos tirar toda essa quadrilha que tá saqueando tucurui.tá na hora de mudar.

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