Ultimato: Sancler avisa, “Carnaré
com grana da Prefeitura só em setembro”
WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Divulgação
A direção da Liga de Blocos de
Tucuruí – Liblotuc recebeu as primeiras informações do prefeito de Tucuruí Sancler
Ferreira, com referência a possibilidade de repasses de subsídio financeiro por
parte da Prefeitura de Tucuruí, duas propostas foram colocadas à mesa: na primeira
Sancler repassa a Liblotuc o valor de apenas R$ 100 mil para que os blocos
realizem o Carnaré de 2016 como de costume, no mês de julho, arcando com todas
as despesas da confecção dos abadás e estrutura para as noites da micareta com
a concentração e o percurso pelas ruas da cidade, até as escadarias.
A segunda proposta, bastante
tentadora, feita por Sancler Ferreira, vislumbra, que a prefeitura vai repassar
o valor de R$ 250 mil, para que a Liblotuc organize todo o Carnaré, com
estrutura, abadás e shows. Mas os blocos e a diretoria da Liblotuc adiariam a programação
tradicional, que faz parte constante do calendário de eventos da cidade, para, após
a data de inauguração da nova estrutura que está em construção do Sambódromo,
que fará parte do Complexo da Orla da Eclusa de Tucuruí, no bairro da Nova
Matinha, obra esta que já deveria ter sido entregue em 2014, e só de repasses
do Governo do Pará, recebeu valores que ultrapassam R$ 15 milhões.
Na verdade, o que o prefeito Sancler
e seu grupo político querem, é, assim como fez com o Carnaval da cidade, uma
das mais renomadas manifestações populares da cidade, que por dois anos
consecutivos foi extinta, acabando com o evento de repercussão estadual, incentivando
apenas o Carnaré com programações pelas ruas da cidade. Agora dará antes de
terminar seu mandato o golpe final nos eventos populares.
Vejamos, se a obra for finalizada
até setembro - que duvidamos muito - será uma palco político eleitoreiro, para
atrair a população no período eleitoral, e com isso, levar os brincantes para
aquele local, para mostrar que pelo menos uma obra, mesmo financiada pelo governo
do estado, foi concluída – sé este for o caso - em parte, mas acabando com o
brilho do Carnaré que reuni milhares de brincantes, e aquece a economia com e o
comercio informal, transformando o Carnaré, como tentaram fazer em 2015, em um
evento fechado, elitizado e sem nenhum brilho que possa alavancar e atrair
turistas a cidade de Tucuruí.
Teremos o financiamento pela
prefeitura para um evento fechado, e sem percurso dentro de uma área no bairro
da Nova Matinha.
Esperamos que os dirigentes da
Liblotuc estudem com muita calma está proposta, que realmente tem um valor financeiro
convidativo para os blocos, mas vai acabar com a tradição do Carnaré pelas ruas
da cidade e seu apogeu nas escadarias.
É fato, que em cidades onde as
leis são cumpridas, a Justiça Eleitoral não aceita em hipótese nenhuma, que o gestor,
em período eleitoral, mude a data de eventos tradicionais financiados pelos cofres
públicos, oferecendo vantagens, para poder burlar a lei eleitoral e descaradamente,
utilizar uma obra pública com benefícios eleitorais.
Vamos vê como vai terminar este
“canto da sereia”, que novamente vai levar as manifestações culturais da cidade
“para o fundo”, como fizeram com o Carnaval das Escolas de Samba de Tucuruí.
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