quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Breu Branco: Ano letivo inicia com greve dos professores






WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles

Após uma longa “queda de braço”, ocorrida no último mês de dezembro entre a categoria dos professores através do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) de Breu Branco e o prefeito Adimilson Mezzomo, que culminou com a decisão da Justiça da cidade, reconhecendo à legalidade da greve dos professores e o direito a manifestação popular em defesa dos seus direitos adquiridos aos longos dos anos, com as gratificações cumulativas, que através de uma lei municipal proposta pelo gestor Adimilson Mezzomo, famigerada Lei do “Arrocho Salarial”, que diminuiu em até 50 % os valores dos vencimentos dos profissionais da educação.

Mesmo com a decisão em primeira instância, que inclusive, determinou o pagamento dos vencimentos em sua totalidade dos meses de novembro e dezembro, na contra mão, o prefeito Adimilsom Mezzomo recorreu ao Tribunal de Justiça do Pará e conseguiu uma liminar que derrubou a decisão do juiz de primeira instância, e todos os acordos oficializados entre o prefeito e o comando de greve, não foi cumprido, com isso, no último dia 3, a categoria reunida em Assembleia Geral, decidiu por unanimidade deflagrarem nova greve geral da categoria da educação em Breu Branco, com isso, na manhã desta quarta-feira (5), realizaram uma grande passeata pelas ruas da cidade, conscientizando a população do não cumprimento por parte do gestor municipal dos acordos assumidos perante a justiça e o Ministério Público, empurrando com a “barriga” suas responsabilidades e obrigações, querendo de forma ditatorial obrigar os professores a “rezar na sua cartilha”, trazendo indisposições generalizadas.

Os professores durante a manifestação denunciaram que estão sofrendo assedio moral, onde muitos profissionais são obrigados a trabalharem em locais de difícil acesso e com turmas com grandes quantidades de alunos, tudo em função aos posicionamentos contrários as arbitrariedades do gestor.

Cerca de 20 mil alunos estão sem aulas no município, mas o prefeito encontra-se há dias fora da cidade, e nem se preocupa em ouvir a comissão para negociar o cumprimento das obrigações que ele próprio assumiu em dezembro passado.

O prefeito Mezzomo, em um programa de rádio local, esclareceu na tarde desta quinta-feira (6), que está em Brasília em busca de recursos para a cidade, e que não vai atender as reivindicações dos educadores, tendo em vista, o processo estar na justiça, inclusive estar de posse de uma liminar que garante gerir o município com os recursos que garantem apenas o pagamento das vantagens previstas na nova lei aprovada pelos vereadores partidários do prefeito em dezembro passado.

Segundo o prefeito, ele comprovou que na folha de pagamento do município existiam professores que além de seus salários, recebiam o auxilio da Bolsa Família do governo federal.

O Sintepp de Breu Branco informou a reportagem, que a greve não tem data de encerramento e que só retornarão para as salas de aulas, se o gestor cumprir com o que ele prometeu, e segundo a denúncia que foi formalizada pelo prefeito Adimilson Mezzomo, que professores estariam recebendo Bolsa Família, o Sintepp estará acionando o prefeito judicialmente para provar suas denuncias, comprovando com documentos e nominando os beneficiados.


Dentro da pauta dos grevistas está o atendimento da reposição dos salários dos professores de novembro e dezembro; revogação da lei que impôs a redução salarial; ajustamento da hora atividade conforme a lei do piso salarial; reajuste do novo piso salarial determinado pelo Ministério da Educação, fim do assédio moral contra alguns professores e término da pressão de alguns diretores de escolas contra os professores, que ameaçam cortar suas cargas horárias se participarem do movimento grevista.

Um comentário:

  1. Na época da "Alemão" sobrava dinheiro do FUNDEF (atual FUNDEB), que era rateado entre os trabalhadores da Educação. Por que não sobra agora?

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