Admilson Mezzomo em
entrevista exclusiva ao JT Online
O Juiz de Direito da Comarca de Breu
Branco o Magistrado Andrey Magalhães Barbosa, recebeu no dia 27 de junho de
2018, o processo nº 0005076-90.2018.8.14.0104, requerido pelo Ministério Público
do Pará, através da Ação Civil de Improbidade Administrativa, onde foram
denunciados: Adimilson Luis Mezzomo (o ex-prefeito de Breu Branco), Melania
Mezzomo, K.I. Transportes LTDA Camilo de Melo Arrais e Celio de Melo Arrais, Breu
Branco Transporte e Turismo LTDA, Claudionor Pereira Franco, Ediana Maria Machado
de Almeida.
Segundo a Promotoria de Justiça de Breu
Branco em sua denúncia protocolada a pouco menos de 150 dias na Comarca da
cidade (27/06/2018), durante a gestão do ex-prefeito Adimilson Mezzomo, houve suspeita
da pratica de improbidade administrativa, que durante a sua gestão foram
realizados aditivos ilegais referentes ao transporte escolar, além da alteração
ilegal da distância percorrida pelos ônibus e veículos de transporte de estudantes,
em alguns trechos.
O Juiz de Direito no dia 24 de agosto de
2018, ao observar se tratar de ato de improbidade administrativa que visa
reconhecer o cometimento de atos de improbidade pelos requeridos com alteração
de contratos administrativos e pagamentos ilegais diferentes do contratado,
tendo causado enorme prejuízos ao erário público. Decidiu por atender parte do
requerido pelo MP, e de imediato enviar para o conhecimento do Juízo de Admissibilidade
no Tribunal de Justiça do Pará, a decisão interlocutória.
A ação policial - No início da manhã do
dia 27 de novembro, as 6 h, a Polícia Civil deflagrou uma operação para dar
cumprimento a 13 mandados judiciais de busca e apreensão e de sequestro de bens
móveis e imóveis em decorrência de Ação de Improbidade Administrativa para
recuperação de ativos desviados da Prefeitura de Breu Branco.
A Ação foi decorrente de Processo
Criminal iniciado em junho de 2018, para apurar desvios de recursos públicos, cometidos
à época em que os alvos da operação (oito pessoas e duas empresas) estavam na
gestão administração pública do município. Não houve nenhum mandado de prisão.
A operação policial cumpriu a
determinação do Juiz de Direito da Vara Única da Comarca de Breu Branco, Andrey
Magalhães, que requisitou apoio da Delegacia de Repressão a Defraudações Públicas
(DRDP), unidade policial especializada no enfrentamento aos desvios de recursos
públicos e corrupção, vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado
(DRCO).
Segundo o delegado Carlos Eduardo
Vieira, titular da DRPD que esteve à frente do cumprimento dos mandados, a
operação foi realizada em conjunto com agentes do Ministério Público e oficiais
de Justiça que deram cumprimento aos mandados judiciais de busca e apreensão
decretados durante o Processo de Improbidade Administrativa.
No total, foram cumpridos 13 mandados em
locais diferentes com busca e apreensão de bens avaliados em até R$ 5 milhões
por pessoa.
A restrição dos bens apreendidos,
conforme o mandado decretado pela Justiça, ficou restrita aos chamados bens
móveis, bens imóveis e bens semoventes (que tem movimento próprio, como gado
por exemplo).Durante a ação foram apreendidos 7
veículos de passeio e motocicleta, além de efetuada penhora sobre os imóveis,
residenciais, comerciais, urbanos e rurais, dos representados na ação judicial.
Além do ex-prefeito Admilson Mezzomo, a
operação esteve nas residências de Jorge Barbosa Santos (ex-secretário de
Obras); João Alves (empresário); Milton Dias da Silva (engenheiro da Prefeitura
e responsável em atestar obras); Olandismã Soares de Sá (Servidor concursado da
Prefeitura de Breu Branco); Eliane Mezzomo Francischeto (ex-secretária
municipal); Sergio Soares de Sousa e Otto Nelson Pereira Silva (apontados como
“testas de ferro” de empresas prestadoras de serviço), e as empresas Comercial
Alves Ltda-ME e ONP Silva Construtora Eireli-ME. "Os bens serão
individualizados e, após perdimento legal, leiloados para ressarcir o erário
público de Breu Branco, como modalidade de recuperação dos ativos desviados da
municipalidade", explica o delegado Carlos Vieira.
Participam da operação policiais civis
da Delegacia de Repressão a Defraudações Públicas (DRDP), da Delegacia de
Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DRFVA), da Delegacia de
Repressão a Roubo e Furto de Carga (DRFC), da Delegacia Especializada em
Investigação de Lavagem de Dinheiro (DEILD) e da Delegacia de Repressão a Roubo
a Bancos (DRRBA). Todas as Delegacias são vinculadas à Divisão de Repressão ao
Crime Organizado (DRCO). Também estão na operação policiais civis da Divisão de
Investigações e Operações Especiais (DIOE), da Divisão Especializada em
Meio-Ambiente (DEMA), da Superintendência Regional do Lago de Tucuruí e da
Delegacia de Polícia Civil de Breu Branco, além de oficiais de Justiça e
representantes do Ministério Público.
EM ENTREVISTA EXCLUSIVA ADIMILSON
MEZZOMO FALA SOBRE O FATO OCORRIDO:
JT ONLINE - Ex-prefeito Adimilson
Mezzomo o senhor tinha conhecimento desta ação civil proposta pelo MP, e se sim,
teve direito a defesa?
ADIMILSON MEZZOMO – A princípio gostaria
de agradecer aos inúmeros amigos e amigas que nos procuraram, telefonaram e
mandaram mensagens dando apoio e se colocando a disposição, isso demostra que
durante os 4 anos que estivemos administrando o erário público de Breu Branco
muito fizemos para ajudar o desenvolvimento de nossa amada cidade. Na verdade
até o momento não tive conhecimento de nada, nunca fui notificado desta ação,
que segundo os boatos divulgados na grande imprensa, são de improbidade administrativa,
e sequer tive o direito de me defender.
JT ONLINE - Como ocorreu a movimentação
no dia da deflagração da decisão judicial?
ADIMILSON MEZZOMO- Na verdade, todos
sabem que sou uma pessoa de hábitos muito comuns, e logo cedo acordo para levar
meus filhos a escola, e neste dia 27, por volta das 6 h da manhã me deparei com
um estrondo no meu portão, uma caminhonete bateu de ré no portão para
derruba-lo, desci correndo para vê o que estava ocorrendo e disse “bom dia, vão
derrubar meu portão por qual motivo”, me senti mal porque nunca sequer respondi
a um BO em delegacia, e pelo menos deveriam ter batido na porta para que eu
pudesse atende-los da forma correta, é fato, que nos 4 anos que estive a frente
da prefeitura de Breu Branco, não houve
nenhuma ação judicial que desse uma decisão
de invasão de domicilio. Logo após fui informado da decisão do Juiz, o qual
acatei de pronto e abri minha casa para que a equipe fizesse uma vistoria minuciosa,
ao final levaram umas notas do material que comprei para a obra de minha casa e
um veículo que estava na garagem.
JT ONLINE - Tivemos acesso à denúncia do
MP que aponta ato de improbidade administrativa, que durante a sua gestão foram
realizados aditivos ilegais referentes ao transporte escolar, além da alteração
ilegal da distância percorrida pelos ônibus e veículos de transporte de estudardes
em alguns trechos?
ADIMILSON MEZZOMO - É brincadeira,
durante todo o meu governo sempre abri as portas da Prefeitura para os órgãos de
fiscalização, sempre tratei todos os atos do executivo com muita transparência,
e há época nunca fui denunciado por cometimento de erros no transporte escolar
ou outro contrato. É agora, rapidamente fizeram esta denúncia e criaram todo
este fato que deslanchou em uma divulgação em todos os meios de comunicação do
estado, que trouce uma situação vexaminosa para mim como cidadão e um prejuízo
irreparável como uma figura pública da política local e estadual.
JT ONLINE - Na sua visão, houve algo que
não esta explícito neste fato ocorrido, haja vista, não houve sua notificação em
tempo legal para defesa ou mesmo para a sua manifestação para os devidos esclarecimentos
da denúncia?
ADIMILSON MEZZOMO - É muito cedo para
falarmos que houve algo que não parece estar “explícito”, mais com certeza pelo
meu posicionamento político nas eleições e pincipalmente por ser uma figura pública
que sempre está no coração da população que sabe que desde que aqui cheguei,
nunca sai daqui para outro lugar, que há mais de 15 anos tento terminar a obra
de minha casa, e que minha vida sempre seguiu o mesmo padrão, não tenho grande patrimônio
e muito menos enriqueci em política, claro que pela experiência de anos na
seara política já temos uma visão de quem esteja tentando me prejudicar, mais
sempre estou em visita aos meus conterrâneos breuenses ouvindo que há época de
nosso governo, muito foi feito, e que agora a situação e de muita precariedade,
podendo ser isso um dos fatores que preocupa muitas pessoas, por estar sempre
com o meu nome em ascensão na política da minha cidade, isso talvez esteja preocupando
algumas pessoas, mais sempre falo aos meus amigos, “Deus e meu guia e minha
fortaleza, e só a vontade dele que prevalece”, mais ao tomar ciência de forma
legal desta denúncia, vou procurar um advogado e buscar provar todas as denúncias
com a verdade.
JT ONLINE - Qual a sua mensagem ao povo de Breu Branco e
do estado que tiveram conhecimento de seu nome envolvido nesta denúncia?
ADIMILSON MEZZOMO – Quero novamente
agradecer a todos os amigos e amigas que estão comigo, mesmo após minha
exposição pública pelos atos imputados a mim, e reafirmo, vou provar ser todas as
denúncias equivocados e infundadas, e que manifestarei minha defesa e provarei minha
inocência. Mais quero tranquilizar a todos os meus familiares e amigos, e também
a todos aqueles que por algum motivo não gostam da minha pessoa e que estão
preocupados com minha vida pública, que não desejo disputar nenhuma eleição
futura, mais se for da vontade de Deus e para atender ao clamor do meu povo
breuense, podem continuar na tentativa de me difamar, caluniar e até me expor
ao escarnio público, que quando Deus está à frente, e o povo querendo mudanças,
ninguém nos derrotara.
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