Maternidade Municipal: Familiares denunciam negligência que culminou na morte de recém-nascido
As denúncias foram formuladas por Joelma Sousa irmã da paciente
Prefeitura terceirizou serviços
e paga mais de R$ 8 milhões
WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Divulgação
Os familiares da paciente parturiente
Joice de Castro Sousa, 28 anos, denunciaram na Seccional Urbana de Tucuruí, as
atitudes irregulares cometidas pela médica obstetra Drª Lana Tiani Almeida da
Silva, que estava de plantão na Maternidade do Hospital Municipal de Tucuruí, e
em função de sua negligência médica levou o bebê recém-nascido Pedro Henrique a
óbito.
Segundo os relatos dos
familiares, a médica, em função a sua negligência ao atendimento a mãe
parturiente Joice, foi à culpada direta pela morte do seu filho que ocorreu na manhã
da última segunda-feira (13).
Entenda o caso – Desde a última
sexta-feira (10), a grávida com 40 semanas (9 meses), que realizou pré-natal
dentro das exigências da Secretaria de Saúde de Tucuruí, se apresentou na maternidade
municipal de Tucuruí (antigo SESP), com fortes dores, sendo atendida pela médica
plantonista Lana Almeida, que mesmo vendo o estado da paciente, orientou que
retornasse para casa e voltasse quando as dores ficassem intensas e sentisse a dilatação
para o parto normal.
Durante a madrugada do sábado
(11), a parturiente Joice passou mal e não conseguia dormir com as dores, retornado
por várias vezes a maternidade, e sendo novamente atendida por Lana, no domingo
os familiares pediram, para que a médica “pelo amor que tem em Deus” realizasse
o parto cesariano ou à encaminhasse ao Hospital Regional, pois estavam
desconfiados da possibilidade da mãe vir a perder o bebê ou a própria vida.
A médica Lana Almeida foi
contundente em reafirmar que não faria o parto cesario, e mandou que retornasse
para casa, porque “não farei parto cesario, e sim normal”.
Na segunda-feira (13) os
familiares desesperados com a situação da paciente Joice foram novamente à maternidade,
desta vez Joice estava desfalecida e a criança já não estava mexendo-se como anteriormente,
foi quando a médica Lana Almeidas “ao vê a besteira que fez”, levou a paciente
para a mesa de cirurgia, realizando as pressas o cesario, a criança foi
retirada com vida e pesando cerca de 4 quilos, mais estava sufocada em função a
ter passado o tempo de nascimento, e ingerido fezes dentro do útero.
Rapidamente o bebê foi
encubado e levado às pressas para a UTI do HRT, mas infelizmente o recém-nascido
já chegou ao hospital sem vida.
Os familiares estão pedindo providências
das autoridades e da prefeitura, responsável pela maternidade, “e impossível deixarmos
passar novamente impune estas atrocidades que estão ocorrendo na maternidade de
Tucuruí, “o prefeito e o secretário de saúde tem que ter “vergonha na cara” e trabalhar
pelo menos com profissionais capacitados, e terem seriedade na gestão pública”.
Não queremos que a morte do nosso
bebê que teria o nome de Pedro Henrique seja apenas um número nas estatísticas,
e sim, que tanto a diretora desta maternidade uma pessoa incapacitada para
dirigir uma unidade importantíssima de saúde como e a maternidade de Tucuruí, que
atende pelo nome de “Alcione”, já envolvida em esquemas escusos anteriormente no
almoxarifado municipal, que não tem sequer o ensino médio completo, uma vergonha
só porque e indicação do ex-secretário adjunto da prefeitura e esta médica que
parece que se formou realizando curso a distância via correio, tem que serem
responsabilizadas criminalmente pela morte do bebê Pedro Henrique, frisou a
irmã Joelma.
Temos que moralizar a saúde de
nossa cidade, e exigir que esta médica seja demitida e responda pelo crime de
negligência médica juntamente com a diretora da maternidade, pois outras famílias
estão à mercê destas incompetentes que não honram a profissão que escolheram, e
nem os salários que a população lhes paga.
E fácil verificar que tanto a
diretora da maternidade Alcione como a médica Lana, estão em conluio, pois nos plantões
da médica nenhuma mãe parturiente que conhecem suas famas, quer passar por suas
mãos, com receio de perderem o maior dom dado por Deus, que é trazer uma vida ao
mundo.
A família registrou o Boletim
de Ocorrência e a autoridade policial deverá tomar as providências cabíveis,
bem como os familiares deverão entrar com representação na comissão de ética do
Conselho Estadual de Medicina para que a licença da médica seja suspensa até a apuração
destas denúncias.
Relembre a “esquema” que está
dentro da Maternidade Municipal de Tucuruí – Desde o ano de 2013, a empresa Mater
Dei Serviços Médicos Eireli - ME - CNPJ nº 16.422.340/0001-40, vem realizando
os serviços de obstetrícia na maternidade municipal, onde a Prefeitura terceirizou
estes serviços que em 2014 custou aos cofres da municipalidade o valor global
de R$ 8.328.000,00 (oito milhões trezentos e vinte oito mil reais).
Imaginem, mais de R$ 8 milhões
para a realização dos serviços de partos, diga-se de passagem, eram feitos
dentro do Hospital Regional de Tucuruí.
É importante frisar, que mesmo
o prefeito tendo inaugurado a Maternidade Municipal após o cumprimento de
decisão do MPF e MP, vem realizando a manutenção deste contrato de mais de R$ 8
milhões com a empresa Mater Dei Serviços Médicos Eireli, que pasmem, tem sua sede
administrativa em uma residência na Rua Juruá, Vila Tropical, atrás do Hospital
Regional de Tucuruí, na Vila Permanente, e é uma empresa de faixada, que esta “sangrando”
os cofres públicos da Prefeitura de Tucuruí, pois nunca poderia ter ganhado
este contrato com um capital social de apenas R$ 100 mil, para a realização dos
serviços de obstetrícia e atendimento as mães parturientes, que nitidamente são
de péssima qualidade com valores astronômicos.
Esperamos que o Ministério Público
tome as providências urgentes para coibir estes desvios de condutas que
culminam com a lapidação do erário público, e está colocando as famílias usuárias
dos serviços em risco de morte.
A reportagem procurou a diretora
da maternidade de nome “Alcione”, a médica Lana Almeida, o secretário de saúde e
assessoria do prefeito, todos ventilados na matéria, mas até o fechamento da
edição ninguém quis dar qualquer declaração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário