quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Suspeitos de vandalismo em Belo Monte são presos

Suspeitos de vandalismo em Belo Monte são presos 
A Polícia Civil do Pará prendeu cinco suspeitos de participarem do quebra-quebra ocorrido em três frentes de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. De acordo com o superintendente regional da Polícia Civil no Xingu, Cristiano Nascimento, as prisões foram feitas a partir de fotos e filmagens feitas por seguranças do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), grupo responsável pelas obras civis relacionadas ao empreendimento.
“Essas imagens nos possibilitaram identificar cinco pessoas que participaram desses atos de vandalismo. De início eles negaram qualquer participação, mas ao verem o vídeo mudaram de estratégia e passaram a ficar calados durante o interrogatório. Essa é uma atitude típica de quem deve”, disse o delegado.
Segundo Nascimento, os cinco presos são ligados à Central Sindical Popular (Conlutas). “Mas ainda é prematuro dizer que esses atos tenham sido premeditados pela entidade”, acrescentou o superintendente da Polícia Civil. Alegando questão de segurança, o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) anunciou ontem (12) a paralisação das obras de construção da usina.
A reportagem ouviu o representante da Conlutas em Altamira (PA), Emiliano de Oliveira, que negou haver ligação entre os cinco suspeitos e a entidade. “Sequer os conheço. Mas vamos à Polícia Civil primeiro para saber que tipo de interrogatório foi feito, se eles foram torturados. Dependendo da situação, podemos inclusive prestar assistência jurídica para ajudá-los”, disse o dirigente.
A entidade tem feito diversas críticas públicas à forma como o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Pará (Sintrapav) - que apresenta-se como representante dos trabalhadores de Belo Monte, ligado à Força Sindical – tem conduzido as negociações com o CCBM.
“Nós questionamos a forma como a campanha salarial tem sido conduzida por eles desde o início, sem debates mais amplos com os trabalhadores. Isso acabou desfocando as reivindicações e motivou uma verdadeira rebelião de base. Esses motins aconteceram de forma espontânea e foram feitos pelos próprios operários. Não se pode tachá-los de vandalismo, até porque não se sabe em que circunstâncias eles aconteceram”, disse Oliveira.


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