quinta-feira, 22 de março de 2012

Colonos retirados por ordem judicial da Escola Reunidas

 












Colonos retirados por ordem judicial da Escola Reunidas

Por volta das 18:25 h, os oficiais de justiça da comarca de Tucuruí estiveram na estrada Trans Bom Jesus, Km 25, na área do Projeto de Assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, denominada Reunidas, para cumprirem a mandado de reintegração de posse à Prefeitura Municipal de Tucuruí, do prédio onde funciona a Escola Municipal Reunidas – Polo I, decisão exaurida pela Juíza da 1º Vara da Comarca de Tucuruí Dra. Rosa Maria Moreira da Fonseca.
As mais de 50 famílias acampadas na Escola Reunidas foram surpreendidas com a decisão da justiça da retirada dos pais e mães de alunos, que desde as 9 h da sexta-feira (16), estavam alojadas nas áreas externas do prédio municipal, sem direito a acessar se quer o banheiro do prédio público.  
A situação dos colonos estarem ocupando as dependências externas da escola, até a ordem de despejo, foi em virtude da ausência do prefeito Sancler Ferreira e da secretária Marivane Ferreira, na reunião convocada pelos pais dos mais de 220 alunos matriculados na escola, para tratar os assuntos referentes ao bom andamento da instituição educacional no último dia 16, as 9 h na escola Polo.
Devido à negativa da administração, após ser convidada através de oficio, os familiares envolvidos diretamente preocupados com o bem estar dos alunos, decidiram acampar nas dependências externas da escola até a presença dos administradores do munícipio ou do setor educacional para democraticamente entrarem em entendimento na resolução das dificuldades que atravessa a educação na Zona Rural em especial na Escola Reunidas.
É fato, que, em nenhum momento, qualquer colono presente na manifestação pacífica, teve acesso a qualquer dependência da escola ou utilizou material de uso exclusivo da escola, inclusive os acampados dormiam ao relento e na chuva, assim como os seus filhos alunos matriculados na escola no chão do refeitório na área aberta, suas presenças no recinto serviam inclusive como vigilantes, haja vista, a área da escola não ter nenhuma cerca ou muro de proteção. Em nenhum momento foi utilizado merenda escolar, até porque os colonos nem sabiam se existiam estes produtos na escola. E, jamais foi realizada a proibição dos funcionários para desempenhar suas funções na escola, bem como não houve impedimento dos professores no sentido de lecionar suas aulas, que inclusive e uma das principais reinvindicações dos acampados, a efetivação de professores para o cumprimento do conteúdo programático do ano letivo, que, já se encontra comprometido por falta de professores nas diversas matérias.
Na verdade desde a sexta-feira (16), ate o momento do despejo, nenhum funcionário esteve cumprindo seu horário funcional por orientação da Secretaria de Educação. Apenas os vigias trocavam turno.
Os alunos não estão frequentando a escola porque tiveram conhecimento que as aulas estavam suspensas sem data prevista para retorno. Acompanhando apenas seus pais em revezamento para que fossem dadas as devidas assistências em suas residências.
Os dirigentes do movimento que lutam pelas melhorias nas condições das estradas, transporte escolar, efetivação dos professores, mais salas de aulas e um ano letivo com a totalidade das disciplinas, não entenderam a razão acelerada que a justiça atendeu ao pedido do prefeito Sancler Ferreira, pelo despejo dos colonos da escola Reunidas, sem pelo menos verificar o que estava ocorrendo, acreditando apenas em uma denuncia infundada.
Por outro lado com a vinda dos oficias de justiça e da tropa do Rotam da Polícia Militar as mais de 50 famílias foram colocadas para fora do prédio público na noite desta quarta-feira 21.
Os moradores reclamam que o mandado de despejo foi cumprido após as 18:25 h, horário da chegada dos oficiais de justiça com a Polícia Militar no assentamento, sendo pegos de surpresa no momento em que estava sendo servido o jantar aos acampados. Que em nenhum momento foi dado o direito a defesa ou ao contraditório. Sendo retirados e colocados na estrada com seus filhos alunos da escola.
Em nenhum momento os pais dos alunos entenderam que estarem na escola de seus filhos era uma invasão, pois a escola é do povo, e o espaço é dos alunos, se os pais e os alunos estavam na escola o porquê de serem despejados, isso significa que o prefeito não quer garantir o direito assegurado pela Carta Magna a educação de qualidade a todos os brasileiros.
Por outro lado, o fato do Projeto de Assentamento Reunidas ser uma área de jurisdição federal, administrada pelo INCRA, e desta forma no entendimento dos moradores, haveria a necessidade de uma determinação federal para garantir a reintegração de posse.
A população da Zona Rural em especial os colonos da PA Reunidas estão insatisfeitos com o prefeito Sancler Ferreira, que usando de seu poder emanado pelo povo, retirou os pais de famílias de um prédio público que inclusive foi cedida a área da escola pela Associação dos Trabalhadores Rurais da PA-Reunidas, para que a prefeitura construísse a escola, e hoje a população que e a dona da terra não tem direito de estar na sua área e no prédio que e dos munícipes que pagam seus impostos.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais – STR, Nilson Teixeira, “o prefeito gastou muito para construir uma escola para servir de enfeite e de propaganda na televisão, enquanto isso nossos filhos nada aprende, e ainda expulsa os trabalhadores com seus filhos do patrimônio que é nosso, isso é uma reversão de valores”.
O presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais da PA Reunidas, Milton Santos “Tota”, declarou ser uma vergonha a falta de compromisso do prefeito Sancler Ferreira e da secretária Marivane com a educação dos colonos e de seus filhos, “foi uma traição o que o Sancler fez, quis apenas que a Associação cedesse à área para que a prefeitura construir a escola, sem gastar nada com a compra da terra, e hoje, não podemos nem entrar, estudar e nem permanecer em um patrimônio coletivo. E o mais agravante ainda, e que esta área, e de jurisdição federal, e este lote, e da Associação Reunidas, aqui antes tínhamos uma escola com uma estrutura pacata, mais que pelo menos funcionava e tínhamos o direito de entrar,  aqui fica ainda o barracão de nossa entidade, agora, é uma vergonha o gasto que foi feito para construir o prédio e a publicidade realizada para toda a região, e o que vemos, é apenas “um elefante “amarelo”” cravado em nosso assentamento. A falta de bom senso do prefeito causou este mau estar com os colonos, mas só nos fortaleceu para unirmos ainda mais em prol de nossas vitórias”.
(Wellington Hugles)

3 comentários:

  1. VOTE 45!45!45!45! JÁ VOTE, 45!
    O QUE ESSE TAL DE TOTA TÁ RECLAMENDO!
    ELE NÃO ERA PUXA SACO DO SANCLER, ELE COM PORTARIA E A MULHER DELE COM OUTRA PRA SER PROFESSORA NO ASSENTAMENTO, LEVARAM UMA RASTEIRA DO 45/23, QUEM MANDA SER BABÃO!
    ESSA É A FORMA DOS RICOS (45) GOVERNAR, POBRE SÓ APRENDE ASSIM, TOMANDO NO C´!!!

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  2. É no minimo, curioso, a velocidade como a justiça atende aos pedidos do "Sampetão" e demora (e nunca atende) aos pedidos e denuncias da população, contra ele e a PMT.

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  3. O que foi que houve mano? Não são todos eleitores do Pinocler?

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