O governo da Bahia lançou nesta quinta-feira (2) um baralho e um jogo da memória na internet com imagens dos criminosos mais procurados no Estado.
O anúncio foi feito durante divulgação de resultados de operação que terminou com a prisão de Fagner Souza da Silva, o “Fal”, um dos criminosos mais procurados no Estado. Detido em São Paulo, ele representava o “Ás de Ouros” do baralho.
Baralho do governo da Bahia com os rostos das pessoas procuradas pelo Estado
A tática baiana repete ação da gestão George W. Bush (2001-2009) no governo dos EUA. Durante a invasão do Iraque, em 2003, ele distribuiu um baralho com os integrantes mais procurados do regime de Saddam Hussein. O ex-ditador e seus filhos representavam os ases do conjunto de cartas.
Com a prisão de Fal, assume o posto de “Ás de Ouros” o traficante conhecido como Elias, com atuação na região do Nordeste de Amaralina, uma das áreas mais perigosas de Salvador.
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“É uma técnica utilizada pelo exército americano em regiões de guerra, como Iraque e Afeganistão, para identificação dos criminosos”, disse o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa. O baralho, em forma de jogo da memória, pode ser acessado no site da secretaria.
A operação que prendeu o traficante Fal deteve ainda outras 11 pessoas, seis delas em São Paulo – a secretaria da Segurança paulista também participou da ação. A operação recebeu o nome de “Gênesis”, referência à origem do tráfico. Os presos seriam integrantes das facções criminosas aliadas PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo, e Comando da Paz, da Bahia.
O grupo é apontado como responsável pelo envio à Bahia de 200 quilos de pasta base de cocaína por mês. De acordo com o governo baiano, Fal chegou a oferecer R$ 500 mil a policiais para não ser preso.
Cerca de 140 policiais civis e militares participaram da operação, que visa cumprir 16 mandados de prisão e outros 16 de busca e apreensão, em Salvador e em São Paulo. A ação visa ainda contribuir para o combate ao tráfico na região do Nordeste de Amaralina, que irá receber a segunda base comunitária de segurança, a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) baiana, da gestão Jaques Wagner (PT).
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