Welber Novaes
Pereira, descia do carro quando
foi atingida por disparos feitos por dois homens
RODOLFO HUGLES
De Belém
Foto: Dol
Um madeireiro Welber Novaes
Pereira, 34 anos, natural da cidade de Tucuruí sudeste do estado, foi morto a
tiros na Rua dos Timbiras, bairro do Jurunas, em Belém. O crime aconteceu na
manhã da última quarta-feira (10), quando o madeireiro Welber Pereira, foi abordado
por dois homens não identificados, quando saia de um prédio na Rua dos
Pariquis.
Os atiradores, que estavam em
um Gol prata, cercaram Welber e dispararam pelo menos seis tiros a queima-roupa.
A vítima tentou escapar dos disparos, mas não conseguiu. A execução ocorreu por
volta das 9h da manhã e assustou os moradores do bairro. Pouco antes de ser
atingido, Welber tinha entrado em seu carro, que estava estacionado em frente
ao prédio onde mora a sua namorada.
Os homens pararam o Gol ao
lado do carro de Welber, um Fiat Uno Vivace. O atirador que estava no banco do
carona desceu e começou a atirar. Testemunhas contaram a equipe de reportagem que
o madeireiro ainda conseguiu sair do carro e correu em direção à portaria do
edifício, mas o atirador o perseguiu e disparou novamente atingindo-o nas
costas.
Um dos tiros atingiu a guarita
do edifício. Os criminosos fugiram em seguida em direção à Travessa dos
Tupinambás.
Uma equipe da Divisão de
Homicídios esteve no local para colher informações para a investigação.
A namorada da vítima ainda em
estado de consternação, foi ouvida preliminarmente pelo delegado Marco Antônio
de Oliveira. 'Ela estava bastante nervosa e disse apenas que estava se
relacionando com ele há nove meses e que ele era madeireiro, mas não tinha
muitas informações a respeito dos negócios do namorado', contou Oliveira.
Os policiais também receberam
a informação de que o madeireiro era credor de algumas pessoas, o que pode ser
uma motivação para o crime, mas o delegado foi cauteloso ao abordar o assunto.
'Ainda está muito recente para saber a motivação do crime, mas já estamos
trabalhando e vamos efetuar a prisão dos criminosos', finalizou.
Evidências - Os peritos recolheram
evidências do crime e atestaram que 2 das 4 balas que atingiram o vidro do lado
do motorista
De acordo com as informações prestadas
pelo sargento PM Alex Souza, do 20º Batalhão de Polícia Militar, 2ª Companhia,
os 4 criminosos emparelharam o carro com o da vítima. Os tiros foram dados
contra o vidro do veículo. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu) foi acionada, mas Welber já estava morto.
O cenário do crime era
bastante visível. Na janela do lado do motorista havia marcas de 4 tiros, 2
deles ainda atingiram o vidro do lado do carona. A porta do passageiro estava
aberta e, na calçada do prédio, havia o rastro de sangue por onde a vítima percorreu
até cair.
Na parede do edifício, algumas
marcas de sangue, que segundo a Polícia Civil da Divisão de Homicídios, podem
indicar que Welber tentou se apoiar.
“Pela dinâmica, a vítima ainda
recebeu disparos do lado de fora do carro, pois há marcas de tiros na parede
também e provavelmente ele se segurou na parede,”, relatou o delegado da
Divisão de Homicídios, Marco Antônio Oliveira.
Nas Costas - A maioria dos disparos
atingiram as costas da vítima. Ele também sofreu uma lesão de raspão no rosto,
próximo ao olho direito. O mesmo projétil atravessou o vidro da guarita do
prédio, mas o porteiro não foi atingido. Os policiais ainda encontraram
projéteis de pistola calibre ponto 40.
Motivação - Welber é natural de Tucuruí,
sudeste paraense, onde era madeireiro, segundo informações levantadas pelo
delegado Marco Antônio Oliveira. Ele vinha constantemente à Belém, visitar a
namorada. “Conversamos com a namorada da vítima e ela contou que ele recebia
ameaças de morte”, contou o sargento PM Alex Souza.
Um morador da Rua dos
Timbiras, que pediu para não ser identificado, falou que viu o carro de cor
prata se aproximar e um homem descer para efetuar os disparos. Na fuga, a
testemunha conseguiu anotar a placa do veículo e a repassou aos policiais, para
investigação. “Pelo aspecto da arma, ele usava um silenciador, até pelo som
baixo e fino. Daí em diante eu me resguardei por medo”, falou uma testemunha.
Os autores do crime ainda não foram identificados e nem presos.
(Com informações do DOL)
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