Lixo: E a onda continua agora
na Câmara de Vereadores
WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
A sessão ordinária da Câmara
de Vereadores de Tucuruí esta movimentada com a presença de dezenas de funcionários
das empresas Tec Lix e Top Maq que vão à busca dos parlamentares tucuruienses para
tentar equacionar o distrato que ocorreu entre a Prefeitura de Tucuruí e as
empresas, ocasionando a demissão de 186 colaboradores.
O impasse dos contratos celebrados
entre o município e as empresas Tec Lix (coleta de lixo) e Top Maq (recuperação
e manutenção das vias) ambas de propriedade do empresário Alexandre Siqueira,
foi foco de uma Ação Civil Pública do Ministério Público do Pará, que denunciou
possíveis irregularidades na contratação das empresas.
Segundo o MPPA, os contratos
foram realizados emergencialmente em função a existência de um decreto do prefeito
de Tucuruí de estado de calamidade administrativa e financeira em função ao
desgoverno que foi recebida a administração municipal, que estava financeiramente
falida e que se agravou com as fortes chuvas que ocasiono a decretação de estado
de emergência pelo governo federal.
Com isso, foram necessárias há
época a contratação de empresas especializadas, para, em caráter de emergência realizar
os serviços de utilidade pública a municipalidade.
Inclusive, a justiça se
posicionou ao receber a denuncia, determinando o bloqueio das contas do prefeito
Jones William e do empresário Alexandre Siqueira, assim como, que fossem
sustados os pagamentos dos serviços a estas empresas, mas que após a devida comprovação
dos fatos e a ampla defesa, a justiça determinou o desbloqueio dos bens tanto
do prefeito como do empresário, e liberou que fossem realizados os pagamentos dos
serviços prestados.
Ocorre que, o decreto de
estado de calamidade administrativa e financeira foi prorrogado por mais 90
dias, sendo assim os seis meses que perdura o contrato emergencial expira no próximo
dia 20 de junho, neste período foi realizada uma licitação para contratação de empresa
especializada para a coleta de lixo e entulhos, e entre as participantes uma empresa
que veio da capital do estado do Rio de Janeiro foi à vencedora em valor de
serviço, mas em função a problemas documentais foi desclassificada pela
comissão de licitação, sendo convocada a segunda empresa participante do
certame a Tec Lix para assinar o contrato.
A empresa carioca que se
sentiu lesada, por ter ganhado no preço, mas desclassificada por ausência de documentação,
recorreu e criou-se o impasse, que esbarrou com denuncias ao MP e posteriormente
com processo que tramita na justiça.
Bom senso – O MPPA através da Promotoria
de Justiça de Tucuruí recomendou ao prefeito Jones William que realizasse o
distrato dos contratos ora em disputa judicial, e que novo certame licitatório
fosse realizado, sendo uma das soluções viáveis a administração municipal
acatando a recomendação e anulando ambos os contratos, com isso, os 186
colaboradores das empresas foram comunicados que seriam dispensados recebendo
seus avisos prévios nesta segunda (12), revoltados os funcionários foram as
ruas da cidade em caminhada, buscando garantia de seus empregos, chegando à
sede da prefeitura e no prédio do Ministério Público, em Tucuruí.
Câmara – Na manhã desta
terça-feira (13), os funcionários das empresas Tec Lix e Top Maq estão participando
da sessão da Câmara de Vereadores, para tentarem buscar apoio dos parlamentares
no sentido de garantir a manutenção dos contratos com a prefeitura e suas permanências
no trabalho.
Uma das ideias discutidas com
os vereadores e a participação da empresa no novo certame licitatório, mas se a
Tec Lix e Top Maq não sagrar-se vencedora, que os parlamentares consigam sensibilizar
a administração municipal para que estes 186 colaboradores possam se manter
trabalhando na nova empresa que venha ser a ganhadora dos contratos.
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