Tucuruí: “Rei” poderá ser
deposto
Esta nas mãos dos 13 vereadores a decisão do afastamento de Sancler Ferreira e sua inelegibilidade para concorre a cargos públicos
WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
Ao apagar das luzes de um “desgoverno”
que depois de vivenciadas todas as irregularidades possíveis e imagináveis, as
quais deixou a administração pública um caos generalizado, surge a Câmara de Vereadores
de Tucuruí com a proposta de realizar uma sessão extraordinária para afastar o prefeito
Sancler Ferreira da função que ostenta a exatamente 7 anos e 361dias.
Segundo informações o
requerimento já conta com 10 assinaturas, e que a qualquer momento Sancler Ferreira
será afastado do cargo, assumindo a vice-prefeita Henilda Santos, segundo um
dos parlamentares revoltados, “estamos tomando esta atitude mesmo que tardia, para
mostrar que o parlamento tem o poder de afastar o gestor que se afunda em denúncias
de irregularidades e pelo abandono latente da cidade”.
Esta medida vem para coibir
que no apagar das luzes muitas coisas possam vir a acontecer de forma “sombria”,
deixando ao próximo gestor dívidas ainda maiores e insanáveis para a inviabilidade
do novo governo, além de que, com o afastamento do atual prefeito Sancler Ferreira
(PPS), fica impossibilitado/inelegível para futuras empreitadas em disputas eleitorais,
“só assim poderemos afastar de vez a possibilidade deste “energúmeno” vir a pleitear
outra função pública através de eleições futuras”.
A chapa esquentou no parlamento
de Tucuruí e parece ser irreversível o afastamento de Sancler Ferreira nas próximas
horas, mas nosso interlocutor, um dos vereadores que assinou a petição que
neste momento não quis se identificar ao ser perguntado, porque ao longo dos últimos
4 anos tantas denúncias comprovadas foram feitas, e nunca foi instalada sequer uma
CPI para apuração dos fatos, quais os reais motivos de só agora os vereadores acordaram
e viram este estado de abandono e de corrupção que atravessa nossa cidade? O paramentar
silenciou!
Perguntamos também, porque foi
realizada uma sessão extraordinária reservada para analisar, votar e aprovar
alteração na Lei de Parcelamento da Dívida do IPASET, reparcelando o ativo para
os próximos gestores pagarem o rombo deixado por Sancler Ferreira de mais de R$
23 milhões, e naquele momento todos os parlamentares estavam coesos e unânimes?
Novamente o vereador nosso interlocutor
não soube ou não quis nos esclarecer, mas na verdade, o que acontece e que
quando o “sapato aperta” e que a dor surge, hoje centenas de milhares de funcionários
públicos efetivos e contratados estão de “pires na mão” tentando receber ainda
o 13º salario e o meses de novembro e dezembro, e uma coisa que nunca aconteceu
na história de Tucuruí as contas financeiras da Prefeitura foram bloqueadas, e
estão sendo administradas pela justiça, para não correr o risco do rombo administrativo
ser ainda maior, e ser garantido pelos menos o pagamento dos proventos do
servidores.
Ora se a justiça não confia no
prefeito Sancler Ferreira para administrar os recursos públicos então basta a Câmara
de Vereadores cumprirem seus papéis, mesmo que tardio e afastar o prefeito.
A Câmara de Tucuruí também atravessa
uma crise financeira por falta do cumprimento do repasse mensal, podendo ser
este um dos motivos eminentes que está levando os vereadores à tentativa deste afastamento
do prefeito Sancler Ferreira, para que na pressão e o medo de ficar inelegível
possa usar de suas muitas “artimanhas” para a liberação do repasse ao poder legislativo
de forma oficial ou oficiosa.
Vamos aguardar as próximas
horas, que poderá ser histórica para nossa cidade e para Sancler Ferreira, prefeito
eleito e reeleito, que batia no peito e afirmava que “Câmara nunca teria força
e poder para lhe tirar do cargo por ser submissa a ele”, mas que agora, nunca ficou
tão próximo de ser afastado mesmo nos últimos dias de seu mandato.
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