quinta-feira, 26 de julho de 2012

Epidemia de Caramujo Africano em Tucuruí

Fotos: Wellington Hugles 


O caramujo africano, cujo nome científico é Achatina fulica, toma conta do bairro do morro da Matinha e se multiplica rapidamente, podendo vir a tomar conta da cidade em poucos dias
  Sem apoio da prefeitura de Tucuruí e da Vigilância Sanitária, os moradores fazem fogueiras para a queimada dos Caramujos, tentando evitar a transmissão de doenças



 O caramujo africano, cujo nome científico é Achatina fulica, toma conta do bairro do morro da Matinha e se multiplica rapidamente, podendo vir a tomar conta da cidade em poucos dias



Manoel Mourão “Duca” recolhe e queima diariamente mais de 300 Caramujos em seu terreno



Epidemia de Caramujo Africano em Tucuruí

Os moradores do bairro do morro da Matinha estão vivenciando uma situação inusitada, onde a mais de 25 dias suas casas estão sendo invadidas por Caramujos Africanos, e mesmo com os diversos apelos a Vigilância Sanitária da Prefeitura de Tucuruí, até o momento nenhuma providência foi tomada para a eliminação dos invasores.
São mais de 100 residências que estão sendo tomadas por milhares de Caramujos Africanos, que ao anoitecer saem de suas tocas e sobem pelas paredes invadindo as casas, sendo que pela manhã a população realiza um imenso mutirão para colher os caramujos e tentar de qualquer forma destruí-los, através de queimadas.
A situação está ficando preocupante, haja vista, que o único Posto de Saúde das redondezas, o Mercedes Barroso, entrou em reforma a mais de 2 meses, e o índice de crianças e adultos com febre e dores de cabeça, teve um grande aumentou, com isso trazendo uma situação de desespero aos familiares que passam pela falta de assistência a saúde. Para a moradora Suely Santos, 48 anos, “estou cada dia mais convencida que estes caramujos estão adoecendo nossos familiares, e o pior disso, e que em novembro de 2011 houve uma morte de um bombeiro voluntario de 18 anos, pela ingestão de agua oriunda dos caramujos”. Os sintomas avançam com fraqueza no corpo e dores estomacais. Tudo isso, após o aparecimento súbito dos milhares de caramujos, que diariamente se multiplicam, mesmo com a tentativa de matá-los, cada dia aparece um número muito maior, denunciou Suely.
Segundo o morador Manoel Mourão conhecido como “Duca”, a epidemia começou desde que iniciaram o aterramento das margens do Igarapé Santana, que desemboca na Lagoa do Mesquitinha, local onde estão sendo realizados o aterramento de forma irregular, com isso, os caramujos que lá se refugiavam estão espalhando-se pelo bairro e se nada for feito tomarão conta da cidade. Diariamente em minha casa recolho mais de 300 caramujos e normalmente jogo sal, mais quando não tenho condições de compra-lo, faço uma fogueira e queimo os caramuhos, afirmou “Duca”.
Desde o início do mês de junho a invasão dos caramujos tomou as casas do bairro, diversos apelos foram feitos a prefeitura e a vigilância sanitária, e nada foi feito, por este motivo, os moradores apelaram ao Corpo de Bombeiros que já realizaram a retirada dos caramujos em duas oportunidades.
Os moradores exigem uma solução da prefeitura de Tucuruí em caráter de urgência para acabar com esta situação de calamidade pública, “estamos avisando para prevenir uma situação de caos que poderá ser inevitável sem uma atitude urgente da prefeitura”, disparou Suely.
O caramujo africano, cujo nome científico é Achatina fulica, uma espécie exótica invasora, é considerado uma das cem piores espécies da lista da União para Conservação da Natureza (UICN) e representa a segunda maior causa de perda de biodiversidade no planeta. Só perde para os desmatamentos. Além das doenças que pode transmitir, ele ataca, destrói plantações e compete com outros moluscos da fauna nativa, podendo levá-los à extinção. Podem viver mais de nove anos e, após a morte, a concha fica geralmente virada para cima, podendo ficar cheia de água da chuva e servir de criadouro para o Aedes aegypti e também outros mosquitos. Os caramujos em geral gostam de locais úmidos e sombreados, como cantos de muros e paredes onde não bate muita luz, lugares com acúmulo de galhos, restos de podas, folhas, madeiras, etc. Também são locais muito propícios aos caramujos os restos de construção, entulhos e, em especial, os tijolos furados.
As doenças transmitidas pelo caramujo são: Angiostrongilíase meningoencefálica humana, tendo como principais sintomas: dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso e Angiostrongilíase abdominal que causa perfuração intestinal e hemorragia abdominal (cujos sintomas são: dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômitos).
A contaminação pode ser através de ingestão ou a simples manipulação dos caramujos vivos podem causar a contaminação, pois os vermes são encontrados no muco (secreção) dos caramujos. Ao se instalar em hortas e pomares, o caramujo pode contaminar frutas, verduras e disseminar doenças. Mas não há motivo para pânico: basta orientar crianças sobre os cuidados que devem ter e lavar bem hortaliças e vegetais que serão consumidos in natura.    (Wellington Hugles)

3 comentários:

  1. FICO FELIZ COM A REPORTAGEM, POIS IMAGINAVA QUE FOSSE SOMENTE EM MNHA CASA, PORÉM VEJO QUE O MALDITO CARAMUJO ESTÁ REALMENTE SE ALASTRANDO PELA CIDADE. MORO NA COHAB DE BAIXO E TODOS OS DIAS ENCONTRAMOS DEZENAS DESSES BICHOS. A VIGILÂNLIA DEVERIA FAZER O CONTROLE CASO CONTRÁRIO TEREMOS QUE IR NA RÁDIO E BOTAR O TERROR NA POPULAÇÃO, POIS A COISA É SÉRIA E NÃO QUERO ASSISTIR A MORTE DE PESSOAS E FAMÍLIARES SEM EXPLICAÇÃO COMO COSTUMA FICAR REGISTRADO NOS LAUDOS DE ÓBITOS.

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  2. Não é só na Matinha que eles se encontram mais tambem estão próximo o Hemopa pelos esgotos proximo a escola Ana Pontes,e em outros locais em a rede de esgoto se estende pela cidade.

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  3. Tenho um terreno no bairro Santa Monica, próximo ao igarapé Santana; eu e vizinhos sofremos com a proliferação dos caramujos, atacam a plantação de legumes e hortaliças...

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