Tucuruí:
MP protocola ação contra prefeito de Tucuruí
WELLINGTON
HUGLES
De Tucuruí
Foto:
Wellington Hugles
O
Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da promotoria de Justiça
de Tucuruí, ingressou na Comarca de Tucuruí, no início da tarde desta
sexta-feira (26), com uma ação civil pública de improbidade administrativa, contra
os atos do prefeito municipal da cidade, segundo a denúncia formulada pelo Ministério
Público, haveria suspeita de que a gestão municipal estaria direcionando
contratos e licitações para um empresário local.
Entre
outras medidas na ação civil pública de improbidade administrativa, impetrada
pelo MP na justiça estadual, a promotoria de Justiça de Tucuruí solicitou a juíza
da comarca de Tucuruí o afastamento do gestor.
Segundo
as informações postadas no site: http://www.mppa.mp.br/index.php?action=Menu.interna&id=7844&class=N.
A Justiça já teria bloqueado os bens do gestor e do empresário foco da
denuncia.
De
acordo com o MP, as provas colhidas durante o inquérito civil, foram objetos da
denuncia contra o prefeito, que segundo o MP, realizou vários contratos com
empresas de propriedade de Alexandre Siqueira, nas áreas de: limpeza pública e
coleta de lixo hospital, transporte escolar, de obras e construção,
fornecimento de combustível, locação de máquinas, prestação de serviços
médicos, dentre outros, sob o argumento de que se enquadravam em hipóteses de
dispensa de licitação.
No
entanto, não houve nenhum procedimento administrativo motivando esta dispensa.
Ao
analisar a ação proposta pelo MPPA, a juíza titular da 1ª vara da Fazenda
Pública de Tucuruí destacou a irregularidade das dispensas de licitações
enfatizando que "há inúmeras empresas com reconhecida competência e
inquestionável idoneidade que poderiam prestar os mesmos serviços prestados
pelas empresas do senhor Alexandre Siqueira, que aparentemente, sem nenhuma
explicação ou justificativa, foram escolhidas pelo município de Tucuruí para
prestar serviços nas mais diversas áreas (saúde, transporte e limpeza), tudo
mediante dispensa de licitação".
Decisão
Judicial - A Justiça deferiu parcialmente o pedido do MPPA e determinou que a
prefeitura suspendesse os novos pagamentos e empenhos, seja por meio de emissão
de cheques, depósitos, transferências ou pagamentos em espécie, em favor do
demandado Alexandre França Siqueira e suas empresas, referentes aos contratos
firmados com o Município de Tucuruí.
A
juíza também decretou a indisponibilidade dos bens do prefeito Jones William
Silva Galvão e do empresário Alexandre França Siqueira, incluindo suas contas
bancárias.
Durante
as investigações do MPPA, foi identificado, que a prefeitura beneficiava as
empresas de Alexandre Siqueira. Em todos os procedimentos licitatórios em que
as empresas do empresário participaram, a gestão municipal criou mecanismos
para inabilitar outra empresa vencedora de um dos certames que Alexandre
Siqueira participou, para poder o declarar como o ganhador.
Além
disso, o prefeito Jones Willian autorizou pagamentos de obras não executadas,
de contratos referente ao ano de 2016, para Alexandre Siqueira.
Foi
constatada ainda a emissão de empenhos sem a existência de contrato registrado
junto ao Tribunal de Contas dos Municípios.
A
Promotoria de Tucuruí destacou que todos esses atos da prefeitura são de
conhecimento da Câmara dos Vereadores, que inercie, deveria exercer seu
controle fiscalizatório conforme determinação constitucional.
O
MPPA continuará acompanhando a ação, na certeza de que atos desta natureza
estão sob intensa fiscalização, destacando que agora os fatos também serão
apurados na esfera criminal, cumprindo determinação judicial.
Boatos
– Após a publicação no site do MPPA nesta sexta-feira (26), logo após as 17 h,
houve uma onda de boatos em toda a cidade e estado, afirmando que o gestor
Jones William teria sido afastado do cargo de prefeito da cidade de Tucuruí,
mas segundo o despacho exaurido pela Meritíssima Juíza da 1ª vara da Fazenda
Pública de Tucuruí, dentre os pedidos formulados pelo Ministério Público na ação
civil pública de improbidade administrativa, a magistrada decidiu parcialmente apenas
pelo bloqueio das contas do prefeito e do empresário, além da suspensão dos
pagamentos referentes aos contratos, ora em suspeição, assim como, que os
mesmos sejam intimados e apresentarem suas contra-razões.
Na
verdade o MP vem cumprindo fielmente com o papel de fiscalizar dos recursos públicos,
que devem atender a população de um modo geral, e após as investigações realizadas
pela Promotoras de Justiça de Tucuruí, culminou com a ação de improbidade administrativa,
para apurar todas as supostas
irregularidades.
Segundo
informações, a Prefeitura de Tucuruí deverá apesentar todos os documentos necessários
para esclarecer as denúncias ora formuladas pelo MP, após ser intimada da ação.
O
prefeito Jones William em linha direta com a redação foi enfático em afirmar
que sempre esteve a disposição do MP para esclarecer todos os questionamentos
levantados, e que agora após ser intimado pela justiça, o fará em juízo, perante
a Meritíssima Juíza. “Temos consciência que nossa gestão passará por muitas
dificuldades, como já vem passando ao longo destes quase cinco meses de governo,
mais temos a convicção que estamos trabalhando com transparência e dedicação em
prol da população, e com muito zelo para que os recursos públicos sejam
investidos para beneficiar todos os munícipes”.
Ponto
de Vista - O fato é que a justiça de Tucuruí ainda vai analisar criteriosamente
todas as denuncias que contam da ação civil pública de improbidade administrativa
proposta pelo MPPA, além de acionar tanto o prefeito como o empresário para que,
querendo, façam seus esclarecimentos e suas defesas. Portanto os boatos de que
Jones William foi cassado não passam de especulações, para tentar desequilibrar
um governo que tenta de todas as formas colocar de volta a cidade de Tucuruí em
ritmo de crescimento.
Relembrando
o passado – Analisando os últimos 8 anos do ex-prefeito de Tucuruí Sancler
Ferreira, o MPPA realizou inúmeras denuncias através de demandas de ação de
improbidade administraria, inclusive, em dois casos foram pedidos o seu
afastamento do cargo, mas passado os 8 anos de seus dois governos, o ex-prefeito
nunca sofreu o afastamento pelas denuncias de improbidade administrativa,
respondendo atualmente inúmeras ações civil e criminal nas esferas estadual e
federal.
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