Presidente
Michel Temer diz que não renuncia
O
presidente Michel Temer faz um pronunciamento, nesta quinta-feira (18), do
Palácio do Planalto, em Brasília. É a primeira fala de Temer após reportagem do
jornal O Globo ter antecipado, na noite de ontem (17), o conteúdo da delação
premiada de Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS, à Procuradoria-Geral da
República (PGR).
Planalto
solicita íntegra de gravações feitas por delatores
Segundo
reportagem do jornal O Globo, em encontro gravado em aúdio, em março deste ano,
pelo empresário Joesley Batista, Temer teria sugerido que se mantivesse
pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e ao doleiro
Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio. O ministro Edson Fachin,
relator da Operação Lava Jato, no Supremo Tribunal Federal (STF) homologou hoje
as delações. O conteúdo dos textos estão sob sigilo. Fachin também autorizou a
abertura de inquérito para investigar o presidente da República.
Em
nota, a Presidência da República informou, ainda ontem, que o presidente Michel
Temer "jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado
Eduardo Cunha", que está preso em Curitiba, na Operação Lava Jato. A nota
diz ainda que o presidente "não participou e nem autorizou qualquer
movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo
ex-parlamentar". Segundo a Presidência, o encontro com o dono do grupo JBS
foi no começo de março, no Palácio do Jaburu. "Não houve, no diálogo, nada
que comprometesse a conduta do presidente da República".
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