quinta-feira, 16 de setembro de 2021

199 é a Lei que torna o nosso Brega Patrimônio do Pará

 


 

O Governador Helder Barbalho sanciona na noite desta quarta-feira 15, a lei nº 199/2021, que torna o Brega Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará

O "Ritmo Brega" tornou-se Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Pará. A Lei foi sancionada pelo governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, na noite desta quarta-feira (15.09), no Teatro Estação Gasômetro no Parque da Residência. A Lei é de origem do projeto de lei nº 199/2021, aprovado por unanimidade em sessão deliberativa na Assembleia Legislativa do

O governador Helder Barbalho, ao sancionar a lei, disse que "é o momento de festejar a diversidade cultural do nosso estado e principalmente valorizar todos que fazem a cultura do Pará e, particularmente, o orgulho que o ritmo brega representa para nós. Temos o prazer de imortalizar o brega do Pará. Cumprimos um papel enriquecedor para a cultura do Pará, junto com a Assembleia Legislativa do Estado. Tenho muita honra em poder sancionar esta lei", disse. 

A deputada Ana Cunha agradeceu o apoio do Parlamento para aprovar o projeto de lei. "Agradeço a todos os meus colegas do parlamento que entenderam o quanto é importante o projeto. O brega faz parte da nossa raiz, gera entretenimento, cidadania e renda. Músicos e dançarinos estão de parabéns pela conquista e reconhecimento", afirmou.

"Merecido esse reconhecimento. Quando a gente fala no nosso brega, falamos num conjunto: artistas, bandas, produtores, dançarinos e outros. Agradecemos ao governo do Pará pela sanção da lei e à Alepa também", disse o cantor o Nelsinho Rodrigues.

Ao final da cerimônia, o cantor Wanderley Andrade presenteou a deputada Ana Cunha com um buquê de flores e cantou um trecho de um de seus grandes sucessos. 

A solenidade contou com a presença de diversos músicos do Pará e encerrou com shows de artistas que fazem o brega no Pará.

Breve Histórico do Brega no Pará -  Após a década de 70, o Brasil foi descobrindo uma grande diversidade de ritmos como a lambada, axé, sertanejo e outros. Entre esses novos ritmos surge o Brega, gênero oriundo e/ou paralelo à Jovem Guarda e de forte apelo popular, cujo teor das composições estava, relacionado a desilusões amorosas, tendo como tema principal o cotidiano.

As composições, arranjos, produções visuais e musicais eram consideradas de qualidade inferior pelos críticos musicais, mas tornaram-se fortemente popularizadas após o enfraquecimento do movimento musical Jovem Guarda.

A classificação a esse gênero musical se estabeleceu na década de 1960 em cidades como Goiânia, Recife e Belém, transparecendo uma condição de distinção social.

Nos anos 80, houve no Pará o primeiro movimento do ritmo Brega. Movimento que, no final daquela década enfraqueceu, devido à falta de apoio da mídia, principalmente das emissoras de rádio e dependendo apenas das aparelhagens. 

Após esse período, o Brega começou a se popularizar de forma exponencial dentro do Estado do Pará, onde várias subdivisões musicais do Brega foram criadas, como: o tecnobrega, calypso, melody, tecnofunk, dentre outros, sendo o Estado do Pará o grande celeiro desse gênero musical na atualidade.

Por conta da enorme qualidade de seus artistas, compositores, músicos, produtores musicais e produtores culturais, contando com as maiores referências do estilo, sendo eles, Kim Marques, Nelsinho Rodrigues, Alípio Martins, Carlos Santos, Edilson Moreno, Juca Medalha, Wanderley Andrade, Roberto Villar, Banda Fruto Sensual, Banda Cheiro Verde, Marcelo Val, Alberto Moreno, Viviane Batidão, esse ritmo não para de crescer. O brega se tornou um fenômeno dentro e fora do Estado do Pará, tornando-se referência para diversos outros estilos musicais que buscam sucesso e reconhecimento no cenário musical.

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