Nesta
segunda-feira (25/04), o Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará através
de seus Desembargadores decidiu por unanimidade rejeitar o recurso do Ministério
Público do Estado do Pará - MPPA e da Assistência de Acusação, que continuavam a
tentar vincular o ex-prefeito de Tucuruí, Artur Brito e seus familiares, ao assassinato
do então prefeito, Jones William.
Durante
o julgamento do recurso, os Magistrados afastaram qualquer hipótese de prisão
dos supostos acusados, confirmando o que o juízo de 1º Grau de Tucuruí, já havia
referendado em sua decisão: “trata-se de acusações de “ouvi dizer”, culminando
que tudo não passou de boatos sem fundamentos.
O
prefeito de Tucuruí, Jones William da Silva Galvão, (MDB), foi assassinado a
tiros na tarde do dia 25 de julho de 2017. Segundo o constante nos autos, o
gestor foi abordado por dois homens em uma moto enquanto vistoriava uma
operação tapa-buracos na estrada que liga a cidade ao aeroporto. Os suspeitos
efetuaram vários disparos no peito e na cabeça do prefeito e depois fugiram.
Jones
William chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital Regional de Tucuruí,
mas infelizmente em face aos graves ferimentos não resistiu e morreu no centro
cirúrgico. Jones William, natural do Rio de Janeiro, era enfermeiro concursado
do município de Tucuruí, e estava com 42 anos quando de seu falecimento.
William
fez uma vitoriosa trajetória política na cidade, passando pelo parlamento
legislativo e eleito em 2016 com 53,50% dos votos válidos (31.268 votos). Em
setembro de 2017, a Polícia Civil do Pará, prendeu, no aeroporto de Belém,
Bruno Marcos de Oliveira, apontado como o pistoleiro que executou o prefeito.
As investigações apontaram que ele praticava assassinatos por encomenda em troca
de dinheiro. Bruno possuía, de acordo com a polícia, três mandados de prisão
por conta de um homicídio em Sergipe e outros dois casos de grande repercussão
no Pará - as execuções do prefeito Jones, em julho de 2017, e do empresário
Albenor Moura da Silva, ocorrida em Itaituba, sudoeste do Pará.
Em
abril de 2018, Bruno Marcos foi um dos 22 mortos na tentativa de resgate no
Complexo Penitenciário de Santa Izabel, na Região Metropolitana de Belém.
No
próximo mês de julho, se completa 5 anos do assassinato do prefeito Jones
William, o processo encontra-se em segredo de justiça, mas, com a decisão tomada
pelo TJE/PA, afasta-se dentro do processo todas as suspeitas criadas que
levaria o envolvimento da família do ex-prefeito Artur Brito como supostos
mandantes da execução do prefiro Jones William.
A
equipe de reportagem procurou os familiares dos Britos, que receberam a decisão
do TJE/PA com muita satisfação, pois, passado este período, em que muitas
perseguições e injustiças aconteceram com todos os familiares “a verdade veio à
tona”.
Em
linha direta, Artur Brito, foi sucinto em afirmar, “sempre tivemos certeza que
a justiça em nosso estado seria feita, hoje, estamos recebendo essa decisão com
muita satisfação, pois, sempre afirmamos que nunca tivemos nada a ver com o assassinato
Jones William, nem eu nem meus familiares, mas, o que mais importa neste momento
e que a justiça ache e coloque atrás das grades os verdadeiros mandantes do
assassinato do prefeito Jones”, afirmou Artur Brito que assumiu a função de prefeito
de Tucuruí, de agosto de 2017 a dezembro de 2020.
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