sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Direção do HRT: Queda de braço entre Casa Civil e Secretário de Saúde





 Funcionários em repudio ao descaso e a briga pelo poder, em consequência a possível transformação do HRT em O.S., colocam faixas pretas na fachada do hospital, concluindo que a saúde estadual esta de luto na região do lago de Tucuruí


WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles

O ano de 2017 começou polêmico entre o Chefe da Casa Civil do Governador Simão Jatene e o titular da Secretaria de Saúde do Estado, tudo em função aos acordos políticos celebrados pela deputada estadual Eliane Lima (PSDB), que após a derrota do candidato apoiado pelo ex-prefeito Sancler Ferreira (PPS) à prefeitura de Tucuruí, acordou com o chefe da Casa Civil da Governadoria do estado José Megale, que todos os cargos de direção de órgãos estaduais sediados no município seriam de sua indicação. 

Até ai tudo bem, mas o secretário de Saúde do estado Vitor Manuel Jesus Mateus, observando a falência deixada pelo ex-prefeito Sancler Ferreira na saúde básica de Tucuruí, ‘bateu-o pé’ e realizou a indicação de um funcionário concursado do quadro da SESPA de nome Marcos, segundo o secretário, um excelente técnico que tem total apoio da secretaria para substituir o atual diretor Junior Veloso, e tocar o Hospital Regional de Tucuruí de forma a atender a demanda dos municípios do entorno do lago de Tucuruí.

Polêmica - Foi ai que começou a disputa de forças entre o chefe da Casa Civil José Megale que afirmou ser do casal Eliane e Sancler a indicação para a direção do HRT, sendo apontado o funcionário público da Prefeitura de Tucuruí Junior Souto, e que segundo Megale, será homologado pelo governador Simão Jatene.

Por outro lado, o secretário de Saúde Vitor Mateus, afirmou que, na sua “panela quem mexe e ele”, e decidiu pela nomeação do técnico Marcos para ser o novo diretor do HRT.

Privatização - Dos males o menor, os políticos da região não estão preocupados pelo fantasma que ronda o HRT na sua transformação de um hospital de atendimento de portas abertas para uma Organização Social – O.S., que vem limitar os atendimentos no hospital, e priorizar apenas os casos de média e alta complexidade, transformando o único hospital que absorve os enfermos da região em um hospital de portas fechadas.

Ganância – Estes políticos que foram eleitos para representarem a região, em busca de melhorias aos seus munícipes, nada mais querem do que gerir a segunda maior renda do município, através de seus “fantoches” que assume as funções, mas não decidem nada sem a batuta e a anuência dos seus superiores que os indicaram ao cargo.

O.S – Muitos boatos correm a solto nos quatro cantos da cidade de Tucuruí e em todos os municípios que são atendidos diretamente pelo HRT, dando conta da possível transformação em uma Organização Social, mas de fato, existe sim, um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa, e que deverá ser apreciado e votado pelos deputados estaduais, que trata da transformação de diversos hospitais estaduais em unidades administradas por Organizações Sociais, que visam diretamente apenas o lucro, reduzindo o número de atendimentos e em consequência limitando o quadro de profissionais.

Segundo análise sobre este assunto, nenhum hospital estadual que possui em seu quadro funcional mais de 60 % de servidores concursados, a transformação em O.S. e inviável.

Mas infelizmente, uma onda de “privatização” já ocorreu ao longo de muitos anos em diversos órgãos governamentais pelo governo dos “tucanos”, que sempre dão um “jeitinho” para burlar as leis, podendo novamente ocorrer estes atos na privatização do HRT de Tucuruí que está no foco do governador Simão Jatene.

É fato, que por diversas vezes fantasma da transformação do HRT em O.S. já rondou os lotados corredores do imenso hospital, mas através da unidade da sociedade civil organizada, em todas as empreitadas de Jatene, o povo foi vencedor.

Esperamos que a deputada estadual Eliane Lima (PSDB), que teve o apoio de centenas de milhares de eleitores de Tucuruí e dos municípios que hoje são atendidos pelo HRT, reveja sua posição política, e volte a pensar no povo sofrido que não consegue atendimento nas unidades básicas de saúde e nas Unidades de Pronto Atendimento - UPA’s, e encontram no HRT a última porta a bater em busca de atendimento e a manutenção de suas vidas.

Vamos acompanha atentos a ‘queda de braço’ daqueles que se acham “poderosos”, em busca do poder de administrar o HRT, que, diga-se de passagem, administra quase R$ 1,5 (um milhão e meio de reais) mês para sua manutenção.

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