Funcionários em
repudio ao descaso e a briga pelo poder, em consequência a possível
transformação do HRT em O.S., colocam faixas pretas na fachada do
hospital, concluindo que a saúde estadual esta de luto na região do lago
de Tucuruí
WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington
Hugles
O ano de 2017 começou polêmico
entre o Chefe da Casa Civil do Governador Simão Jatene e o titular da Secretaria
de Saúde do Estado, tudo em função aos acordos políticos celebrados pela deputada
estadual Eliane Lima (PSDB), que após a derrota do candidato apoiado pelo ex-prefeito
Sancler Ferreira (PPS) à prefeitura de Tucuruí, acordou com o chefe da Casa
Civil da Governadoria do estado José Megale, que todos os cargos de direção de órgãos
estaduais sediados no município seriam de sua indicação.
Até ai tudo bem, mas o secretário
de Saúde do estado Vitor Manuel Jesus Mateus, observando a falência deixada
pelo ex-prefeito Sancler Ferreira na saúde básica de Tucuruí, ‘bateu-o pé’ e
realizou a indicação de um funcionário concursado do quadro da SESPA de nome
Marcos, segundo o secretário, um excelente técnico que tem total apoio da secretaria
para substituir o atual diretor Junior Veloso, e tocar o Hospital Regional de Tucuruí
de forma a atender a demanda dos municípios do entorno do lago de Tucuruí.
Polêmica - Foi ai que começou a
disputa de forças entre o chefe da Casa Civil José Megale que afirmou ser do
casal Eliane e Sancler a indicação para a direção do HRT, sendo apontado o funcionário
público da Prefeitura de Tucuruí Junior Souto, e que segundo Megale, será homologado
pelo governador Simão Jatene.
Por outro lado, o secretário
de Saúde Vitor Mateus, afirmou que, na sua “panela quem mexe e ele”, e decidiu
pela nomeação do técnico Marcos para ser o novo diretor do HRT.
Privatização - Dos males o menor,
os políticos da região não estão preocupados pelo fantasma que ronda o HRT na
sua transformação de um hospital de atendimento de portas abertas para uma
Organização Social – O.S., que vem limitar os atendimentos no hospital, e priorizar
apenas os casos de média e alta complexidade, transformando o único hospital
que absorve os enfermos da região em um hospital de portas fechadas.
Ganância – Estes políticos que
foram eleitos para representarem a região, em busca de melhorias aos seus munícipes,
nada mais querem do que gerir a segunda maior renda do município, através de
seus “fantoches” que assume as funções, mas não decidem nada sem a batuta e a anuência
dos seus superiores que os indicaram ao cargo.
O.S – Muitos boatos correm a
solto nos quatro cantos da cidade de Tucuruí e em todos os municípios que são atendidos
diretamente pelo HRT, dando conta da possível transformação em uma Organização
Social, mas de fato, existe sim, um projeto de lei que tramita na Assembleia
Legislativa, e que deverá ser apreciado e votado pelos deputados estaduais, que
trata da transformação de diversos hospitais estaduais em unidades administradas
por Organizações Sociais, que visam diretamente apenas o lucro, reduzindo o número
de atendimentos e em consequência limitando o quadro de profissionais.
Segundo análise sobre este assunto,
nenhum hospital estadual que possui em seu quadro funcional mais de 60 % de servidores
concursados, a transformação em O.S. e inviável.
Mas infelizmente, uma onda de “privatização”
já ocorreu ao longo de muitos anos em diversos órgãos governamentais pelo
governo dos “tucanos”, que sempre dão um “jeitinho” para burlar as leis,
podendo novamente ocorrer estes atos na privatização do HRT de Tucuruí que está
no foco do governador Simão Jatene.
É fato, que por diversas vezes
fantasma da transformação do HRT em O.S. já rondou os lotados corredores do
imenso hospital, mas através da unidade da sociedade civil organizada, em todas
as empreitadas de Jatene, o povo foi vencedor.
Esperamos que a deputada
estadual Eliane Lima (PSDB), que teve o apoio de centenas de milhares de eleitores
de Tucuruí e dos municípios que hoje são atendidos pelo HRT, reveja sua posição
política, e volte a pensar no povo sofrido que não consegue atendimento nas unidades
básicas de saúde e nas Unidades de Pronto Atendimento - UPA’s, e encontram no
HRT a última porta a bater em busca de atendimento e a manutenção de suas
vidas.
Vamos acompanha atentos a ‘queda
de braço’ daqueles que se acham “poderosos”, em busca do poder de administrar o
HRT, que, diga-se de passagem, administra quase R$ 1,5 (um milhão e meio de reais)
mês para sua manutenção.
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