WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Fotos: Wellington Hugles
O prefeito reeleito de Tucuruí
Sancler Ferreira que também acumula a função de presidente da Associação dos Municípios do Araguaia e Tocantins – Amat, recebeu desde que assumiu a
Prefeitura de Tucuruí em janeiro de 2009 até Abril de 2013, o equivalente a R$
56 milhões, em Compensação Financeira pelo Uso dos Recursos Hídricos – CFURH. Imposto
conhecido como royalties, que é um valor pago pelo alagamento dos reservatórios
hidrelétricos à União, estados, municípios, são valores de compensação que
deveriam ser utilizados em investimentos na melhoria da qualidade de vida dos
habitantes de Tucuruí.
Nos três primeiros meses de
2013, essa compensação já alcançou a cifra de R$ 3.752.992,26 recursos
repassados aos cofres públicos da Prefeitura de Tucuruí através da Aneel, mas,
em face, a antecipação aprovada pela Câmara de Tucuruí no valor de R$ 6
milhões, o prefeito Sancler já recebeu neste período de 2013 o valor de R$ 9.752.992,26.
É fato, que no último dia 21
de fevereiro, o prefeito Sancler Ferreira, encaminhou a Câmara de Tucuruí o
Projeto de Lei nº 001/2013, solicitando aos vereadores a autorização para que o
município contratasse empréstimo no valor de R$ 6 milhões, junto à instituição
bancária, dando como garantia os recursos oriundos dos royalties.
No projeto originário da
municipalidade aprovado pelos parlamentares tucuruienses, os motivos para a
antecipação dos R$ 6 milhões, eram as dívidas da administração municipal, junto
ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, que ultrapassa a cifra de R$
250 milhões, destes valores, R$ 125 milhões foram contraídos nos últimos quatro
anos do governo Sancler Ferreira.
Segundo informações prestadas
pelos diretores do Sindicato dos Funcionários Públicos de Tucuruí, com o não
cumprimento da negociação, com a falta dos pagamentos das parcelas da dívida
ativa do município, junto ao INSS, o município de Tucuruí passou a constar na
lista negra dos inadimplentes no Cadastro de Inadimplentes da Receita Federal -
Cadin, impossibilitando a celebração de convênios com quaisquer órgãos das
esferas governamentais.
Com isso, a prefeitura
conseguiu, negociar a divida ativa com o INSS de mais de R$ 250 milhões,
pagando a primeira parcela com os recursos do empréstimo do adiantamento dos
valores que ainda serão disponibilizados em 2013 provenientes dos royalties e
finalmente diminuiu o custo com o recolhimento previdenciário de seus
funcionários públicos municipais, que antes cada funcionário custava para a
prefeitura através do recolhimento patronal de 22% para o INSS e agora deverá
recolher apenas 11% para a gestão do Ipaset.
Com a aprovação da antecipação
dos royalties, a Prefeitura de Tucuruí já recebeu do ano de 2013, o valor total
de R$ R$ 9.752.992,26.
O interessante e que nos
ultimo 16 anos de arrecadação dos royalties o governo federal pagou a Prefeitura
de Tucuruí através da Aneel o equivalente a R$ 105 milhões, mas, nos últimos quatro
anos de governo de Sancler Ferreira, ele recebeu mais da metade destes valores totalizando R$ 56 milhões.
A divisão entre municípios
depende da área alagada que cada um teve pelos reservatórios hidrelétricos.
Quanto maior a área, maiores os valores recebidos.
Atualmente, um grupo
interministerial do Governo Federal trabalha com a possibilidade de mexer nessa
fórmula de modo a destinar pelo menos 6% da CFURH para compensar comunidades
indígenas atingidas por hidrelétricas.
Mais quando se aquece a
discussão sobre os recursos oriundos dos royalties serem destinados de forma a atender
diretamente a população através de programas de sustentabilidade e geração de emprego
e renda. Os prefeitos cuidam logo de mudar o foco da discussão e o caminho da conversa,
haja vista, ser uma fonte inesgotável de recursos que obrigatoriamente é utilizado
pelo prefeito sem qualquer empecilho burocrático ou mesmo a obrigatoriedade imediata
de sua prestação de contas dos valore e a destinação aplicada, com isso,
manuseando os recursos “a lá vonter”.
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