sábado, 18 de maio de 2013

Mais uma suspeita de Influenza H1N1 em Tucuruí

Hospital Regional de Tucuruí com UTI sem vagas em função da superlotação do HRT
 A costureira Maria Rosa França Pinheiro, de 58 anos, moradora do bairro Beira Rio em Tucuruí foi a óbito pela suspeita de H1N1 e até hoje nada foi esclarecido
 A professora Francinalda Silva dos Santos, de 22 anos, foi a óbito no dia 22 de abril, ela moradora de Breu Branco, foi à única vítima que teve confirmação de morte por Influenza H1N1
Pronto Socorro do HRT local onde está internado a vítima de H1N1

Sem vagas para internação dentro do HRT, algumas pessoas ainda tiram o direito de uma vaga de deficientes no estacionamento externo do HRT e colocam seu veículo de forma irregular 

WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
O vírus Influenza H1N1 já levou cinco vítimas a óbito no Pará, segundo informações da Sespa, oito mortes por doenças respiratórias virais já foram registadas, cinco delas pelo H1N1 (quatro delas em Belém e uma em Tucuruí). A Sespa informou também que a maioria das vítimas tinha doenças crônicas e uma estava gestante. Boletim sobre o avanço nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), divulgado pela Sespa, informa a notificação de 109 casos, 40 deles positivos, 24 para Influenza A (H1N1), um para Influenza A (H3N2), e nove para Influenza B, além de seis para outros tipos. Desde a manhã desta sexta-feira 17, mais uma paciente encontra-se internado no Hospital Regional de Tucuruí, com suspeita de estar com a gripe Influenza H1N1, conhecida como Gripe Suína
No final da manhã desta sexta-feira, deu entrada no Pronto Socorro do Hospital Regional de Tucuruí, o ex-secretário municipal de Saúde do município de Goianésia do Pará, Luiz Afonso Destefanni, 48 anos, que chegou de Goianésia do Pará, com seu quadro de saúde fragilizado, todos os diagnósticos levam a suspeita da infecção pela gripe H1N1.
Todas as ações estão sendo feitas para garantir a assistência ao enfermo, que também sofre de diabetes, e que se encontra alterada, mas, em função da superlotação do HRT, Destefanni, encontra-se na única sala de Urgência e Emergência do Pronto Socorro do Hospital, haja vista, que as Unidades de Terapia Intensiva – UTI estão todas ocupadas, e a ala que anteriormente funcionava o isolamento respiratório, foi disponibilizada a quase três para a instalação e o funcionamento da Maternidade Municipal de Tucuruí dentro do Hospital do Estado, com isso, não havendo um setor para o isolamento, nestes casos de infecção ou mesmo com bactérias transmissíveis pelo ar.
Os familiares preocupados com a fragilidade da saúde do paciente trataram de providenciar outros meios para a transferência do paciente Destefanni do HRT, inclusive, uma ambulância particular UTI Móvel, foi contratada e veio do município de Marabá com um médico a disposição para poder realizar a transferência do enfermo do HRT, mas, como a situação do paciente requer cuidados especiais, e não seria possível uma viagem via terrestre, à família fretou um avião que decolou de Marabá e encontra-se desde a tarde de sexta-feira, no Aeroporto de Tucuruí, para garantir a transferência imediata de Luiz Afonso Destefanni, para o Hospital Regional de Marabá, mas, que também foram aconselhados a não realizarem a sua remoção do HRT neste momento, podendo causar um mal ainda maior a saúde do ex-secretário.
A equipe de reportagem tentou informações junto à direção do HRT e também com a médica Henriana Serra coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do HRT, mas, não obteve êxito, solicitando informações junto a Assessoria de Comunicação da Sespa, e até o fechamento desta edição nenhuma Nota de Esclarecimento foi expedida, é fato, que duas mortes já ocorreram nas dependências do Hospital Regional de Tucuruí, a primeira foi da costureira Maria Rosa França Pinheiro, de 58 anos, moradora do bairro Beira Rio em Tucuruí que foi internada com suspeita de H1N1 no HRT, no último dia 19 de abril, chegando a óbito no dia 20 de abril, e que mesmo sendo colhido o material para os exames pela Sespa, até hoje, não foi esclarecida a real causa de sua morte aos familiares e a sociedade paraense.
A outra vítima também internada no HRT, com suspeita da febre H1N1, foi da professora Francinalda Silva dos Santos, de 22 anos, que foi a óbito no dia 22 de abril, ela moradora de Breu Branco, foi à única vítima que teve confirmação de morte por Influenza H1N1, após os resultados dos exames do Instituto Evandro Chagas de Belém. 
A última vítima da gripe H1N1 registrada no estado foi de Adriana Barreto, 25 anos, bacharel em Direito, que faleceu no último dia 8 de maio, confirmado seu óbito em função da infecção da H1N1 pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Agora figura mais um paciente, o ex-secretário e Saúde do município de Goianésia do Pará, com todas as probabilidades da infecção através da gripe Influenza H1N1, o paciente é oriundo do município vizinho de Goianésia do Pará, Luiz Afonso Destefanni, 48 anos, que se encontra com sua saúde fragilizada, em função ao colapso da saúde pública na região, inclusive, até o próprio prédio que deveria servir a toda a população da região do Lago de Tucuruí, uma ala, está tutelada para o municio de Tucuruí, funcionando no local a Maternidade Municipal, com isso, não havendo espaço físico e leitos apropriados, para atender estes casos de infecções respiratórias, haja vista, a extinção da ala de isolamento respiratório, com isso, colocando todos os pacientes internos e os funcionários, em risco de acometer-se da infecção, haja vista, o paciente estar internado na única urgência e emergência que atende o Pronto Socorro do Hospital Regional de Tucuruí que absorve os casos de média e alta complexidade dos municípios do entorno do Lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí.


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