sábado, 18 de maio de 2013

Morre mais uma vítima suspeita de H1N1

Hospital Regional de Tucuruí com UTI sem vagas em função da superlotação do HRT

Sem vagas para internação dentro do HRT, algumas pessoas ainda tiram o direito de uma vaga de deficientes no estacionamento externo do HRT e colocam seu veículo de forma irregular
WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
O vírus Influenza H1N1 já levou cinco vítimas a óbito no Pará, segundo informações da Sespa, oito mortes por doenças respiratórias virais já foram registadas, cinco delas pelo H1N1 (quatro delas em Belém e uma em Tucuruí). A Sespa informou também que a maioria das vítimas tinha doenças crônicas e uma estava gestante. Boletim sobre o avanço nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), divulgado pela Sespa, informa a notificação de 109 casos, 40 deles positivos, 24 para Influenza A (H1N1), um para Influenza A (H3N2), e nove para Influenza B, além de seis para outros tipos. No início da tarde deste sábado (18), o ex-secretário municipal de Saúde do município de Goianésia do Pará, Luiz Afonso Destefanni, 48 anos, ao que estava internado em Tucuruí com suspeita de H1N1, ao ser transferido de Tucuruí para o município de Marabá via aérea, chegou a óbito ainda em viagem.
No final da manhã desta sexta-feira, foi internado no Pronto Socorro do Hospital Regional de Tucuruí, o ex-secretário municipal de Saúde do município de Goianésia do Pará, Luiz Afonso Destefanni, 48 anos, que chegou de Goianésia do Pará, com fortes complicações em seu quadro de saúde, todos os diagnósticos primários levou a suspeita da infecção pela gripe H1N1.
Todas as ações foram tomadas para garantir a assistência ao enfermo, que também sofria de diabete, e que se encontrava alterada, mas, em função da superlotação do HRT, Destefanni, estava internado na única sala de Urgência e Emergência do Pronto Socorro do Hospital, haja vista, que as Unidades de Terapia Intensiva – UTI estão todas ocupadas, e a ala que servia anteriormente para o isolamento dos pacientes com problemas respiratórios, foi disponibilizada a quase três para a instalação e o funcionamento da Maternidade Municipal de Tucuruí dentro do Hospital do Estado, com isso, não havendo um setor especifico para o isolamento, nestes casos de infecção ou mesmo com bactérias transmissíveis pelo ar.
Os familiares preocupados com a fragilidade da saúde do paciente providenciaram outros meios para a transferência do paciente Destefanni, inclusive, uma ambulância particular UTI Móvel, foi contratada e veio do município de Marabá com um médico a disposição para poder realizar a transferência do enfermo, mas, como a situação do paciente necessitava de cuidados especiais, e não seria possível uma viagem via terrestre, à família fretou um avião que decolou de Marabá e encontrava-se desde à tarde da sexta-feira 17, no Aeroporto de Tucuruí, para garantir a transferência imediata de Luiz Afonso Destefanni, para o Hospital Regional de Marabá, mas, seus familiares foram aconselhados a não realizarem a sua remoção do HRT naquele momento.
No início da tarde deste sábado (18), houve o consenso dos médicos com os familiares de Luiz Afonso Destefanni, para a remoção e a transferência do paciente para Marabá, mas, o avião que estava no pátio do Aeroporto de Tucuruí aguardando o transporte do paciente, não estava equipado para o transporte com segurança do paciente.
Por este motivo, o Governo do Estado através da Sespa, disponibilizou a aeronave UTI Aérea do Estado, que se deslocou a Tucuruí para realizar o transporte de Destefanni a Marabá, mas, infelizmente, após sua decolagem, o paciente não suportou a transferência e foi a óbito antes mesmo de pousar em Marabá.
A equipe de reportagem tentou várias vezes contatos com a direção do HRT e também com a médica Henriana Serra coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do HRT, mas, não obteve êxito, solicitando ainda informações junto a Assessoria de Comunicação da Sespa, para, esclarecer, quais as medidas adotadas com a morte de Destefanni, haja vista, a suspeita dos motivos que levou ao óbito ter sido causada por infecção através da gripe H1N1, até o fechamento desta edição, nenhuma Nota de Esclarecimento foi recebida, é fato, que duas mortes já tinham ocorrido nas dependências do Hospital Regional de Tucuruí, a primeira foi da costureira Maria Rosa França Pinheiro, de 58 anos, moradora do bairro Beira Rio em Tucuruí que foi internada com suspeita de H1N1 no HRT, no último dia 19 de abril, chegando a óbito no dia 20 de abril, e que mesmo sendo colhido o material para os exames pela Sespa, até hoje, não foi esclarecida a real causa de sua morte aos familiares e a sociedade paraense.
A costureira Maria Rosa França Pinheiro, de 58 anos, moradora do bairro Beira Rio em Tucuruí foi a óbito pela suspeita de H1N1 e até hoje nada foi esclarecido

A outra vítima também internada no HRT, com suspeita da febre H1N1, foi da professora Francinalda Silva dos Santos, de 22 anos, que foi a óbito no dia 22 de abril, ela moradora de Breu Branco, foi à única vítima que teve confirmação de morte por Influenza H1N1, após os resultados dos exames do Instituto Evandro Chagas de Belém. 
A professora Francinalda Silva dos Santos, de 22 anos, foi a óbito no dia 22 de abril, ela moradora de Breu Branco, foi à única vítima que teve confirmação de morte por Influenza H1N1

A última vítima confirmada da gripe H1N1 registrada no estado foi de Adriana Barreto, 25 anos, bacharel em Direito, que faleceu no último dia 8 de maio, confirmado seu óbito em função da infecção da H1N1 pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Podendo aumentar esta estatísticas da Sespa, para o sexto caso de H1N1, com a morte do ex-secretário de Saúde do município de Goianésia do Pará Luiz Afonso Destefanni, 48 anos, que segundo os profissionais de saúde de Tucuruí, os sintomas no momento de sua internação levavam ao diagnóstico de infecção através da gripe Influenza H1N1 sendo colhido o material para exames laboratoriais na capital, e que os resultados só serão conhecidos após sete dias.
O paciente Luiz Afonso Destefanni, 48 anos, veio do município vizinho de Goianésia do Pará, cidade que se encontra com o atendimento a sua saúde básica inexistente, em função ao colapso da saúde pública na região.
Inclusive, o Hospital Regional de Tucuruí, que deveria servir ao atendimento de toda a população da região do Lago de Tucuruí, teve uma ala interna, disponibilizada ao municio de Tucuruí, funcionando no local a Maternidade Municipal, com isso, não havendo espaço físico e leitos apropriados, para atender estes casos de infecções respiratórias, haja vista, a extinção da ala de isolamento respiratório, com isso, colocando todos os pacientes internos e os funcionários, em risco de acometer-se de infecções, haja vista, que o paciente que morreu na sua transferência ao Hospital Regional de Marabá, estava internado na única sala de urgência e emergência que atende a população, no Pronto Socorro do Hospital Regional de Tucuruí, que absorve os casos de média e alta complexidade dos municípios do entorno do Lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí.

Pronto Socorro do HRT local onde estava internada a vítima de H1N1






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Eleições 2024: Hernandes Vaz, um nome em ascensão rumo à Prefeitura de Tucuruí

“Não tenho medo de desafios, com fé, determinação e trabalho, farei o possível para modificar o cenário político de Tucuruí e juntos termos ...