Hospital Regional de Tucuruí com UTI sem vagas em função da
superlotação do HRT
Sem vagas para internação dentro do HRT, algumas pessoas
ainda tiram o direito de uma vaga de deficientes no estacionamento externo do
HRT e colocam seu veículo de forma irregular
WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
O vírus Influenza H1N1 já
levou cinco vítimas a óbito no Pará, segundo informações da Sespa, oito mortes
por doenças respiratórias virais já foram registadas, cinco delas pelo H1N1
(quatro delas em Belém e uma em Tucuruí). A Sespa informou também que a maioria
das vítimas tinha doenças crônicas e uma estava gestante. Boletim sobre o
avanço nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), divulgado pela
Sespa, informa a notificação de 109 casos, 40 deles positivos, 24 para
Influenza A (H1N1), um para Influenza A (H3N2), e nove para Influenza B, além
de seis para outros tipos. No início da tarde deste sábado (18), o
ex-secretário municipal de Saúde do município de Goianésia do Pará, Luiz Afonso
Destefanni, 48 anos, ao que estava internado em Tucuruí com suspeita de H1N1, ao
ser transferido de Tucuruí para o município de Marabá via aérea, chegou a óbito
ainda em viagem.
No final da manhã desta
sexta-feira, foi internado no Pronto Socorro do Hospital Regional de Tucuruí, o
ex-secretário municipal de Saúde do município de Goianésia do Pará, Luiz Afonso
Destefanni, 48 anos, que chegou de Goianésia do Pará, com fortes complicações
em seu quadro de saúde, todos os diagnósticos primários levou a suspeita da
infecção pela gripe H1N1.
Todas as ações foram tomadas
para garantir a assistência ao enfermo, que também sofria de diabete, e que se
encontrava alterada, mas, em função da superlotação do HRT, Destefanni, estava
internado na única sala de Urgência e Emergência do Pronto Socorro do Hospital,
haja vista, que as Unidades de Terapia Intensiva – UTI estão todas ocupadas, e
a ala que servia anteriormente para o isolamento dos pacientes com problemas respiratórios,
foi disponibilizada a quase três para a instalação e o funcionamento da
Maternidade Municipal de Tucuruí dentro do Hospital do Estado, com isso, não
havendo um setor especifico para o isolamento, nestes casos de infecção ou
mesmo com bactérias transmissíveis pelo ar.
Os familiares preocupados com
a fragilidade da saúde do paciente providenciaram outros meios para a
transferência do paciente Destefanni, inclusive, uma ambulância particular UTI
Móvel, foi contratada e veio do município de Marabá com um médico a disposição
para poder realizar a transferência do enfermo, mas, como a situação do
paciente necessitava de cuidados especiais, e não seria possível uma viagem via
terrestre, à família fretou um avião que decolou de Marabá e encontrava-se
desde à tarde da sexta-feira 17, no Aeroporto de Tucuruí, para garantir a
transferência imediata de Luiz Afonso Destefanni, para o Hospital Regional de
Marabá, mas, seus familiares foram aconselhados a não realizarem a sua remoção
do HRT naquele momento.
No início da tarde deste
sábado (18), houve o consenso dos médicos com os familiares de Luiz Afonso
Destefanni, para a remoção e a transferência do paciente para Marabá, mas, o
avião que estava no pátio do Aeroporto de Tucuruí aguardando o transporte do
paciente, não estava equipado para o transporte com segurança do paciente.
Por este motivo, o Governo do
Estado através da Sespa, disponibilizou a aeronave UTI Aérea do Estado, que se
deslocou a Tucuruí para realizar o transporte de Destefanni a Marabá, mas,
infelizmente, após sua decolagem, o paciente não suportou a transferência e foi
a óbito antes mesmo de pousar em Marabá.
A equipe de reportagem tentou várias
vezes contatos com a direção do HRT e também com a médica Henriana Serra
coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do HRT, mas,
não obteve êxito, solicitando ainda informações junto a Assessoria de Comunicação da Sespa, para, esclarecer, quais
as medidas adotadas com a morte de Destefanni, haja vista, a suspeita dos
motivos que levou ao óbito ter sido causada por infecção através da gripe H1N1,
até o fechamento desta edição, nenhuma Nota de Esclarecimento foi recebida, é
fato, que duas mortes já tinham ocorrido nas dependências do Hospital Regional
de Tucuruí, a primeira foi da costureira Maria Rosa França Pinheiro, de 58
anos, moradora do bairro Beira Rio em Tucuruí que foi internada com suspeita de
H1N1 no HRT, no último dia 19 de abril, chegando a óbito no dia 20 de abril, e
que mesmo sendo colhido o material para os exames pela Sespa, até hoje, não foi
esclarecida a real causa de sua morte aos familiares e a sociedade paraense.
A costureira Maria Rosa França Pinheiro, de 58 anos,
moradora do bairro Beira Rio em Tucuruí foi a óbito pela suspeita de H1N1 e até
hoje nada foi esclarecido
A outra vítima também
internada no HRT, com suspeita da febre H1N1, foi da professora Francinalda
Silva dos Santos, de 22 anos, que foi a óbito no dia 22 de abril, ela moradora
de Breu Branco, foi à única vítima que teve confirmação de morte por Influenza
H1N1, após os resultados dos exames do Instituto Evandro Chagas de Belém.
A professora Francinalda Silva dos Santos, de 22 anos, foi a
óbito no dia 22 de abril, ela moradora de Breu Branco, foi à única vítima que
teve confirmação de morte por Influenza H1N1
A última vítima confirmada da
gripe H1N1 registrada no estado foi de Adriana Barreto, 25 anos, bacharel em
Direito, que faleceu no último dia 8 de maio, confirmado seu óbito em função da
infecção da H1N1 pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Podendo aumentar esta
estatísticas da Sespa, para o sexto caso de H1N1, com a morte do ex-secretário de
Saúde do município de Goianésia do Pará Luiz Afonso Destefanni, 48 anos, que
segundo os profissionais de saúde de Tucuruí, os sintomas no momento de sua
internação levavam ao diagnóstico de infecção através da gripe Influenza H1N1
sendo colhido o material para exames laboratoriais na capital, e que os
resultados só serão conhecidos após sete dias.
O paciente Luiz Afonso
Destefanni, 48 anos, veio do município vizinho de Goianésia do Pará, cidade que
se encontra com o atendimento a sua saúde básica inexistente, em função ao colapso
da saúde pública na região.
Inclusive, o Hospital Regional
de Tucuruí, que deveria servir ao atendimento de toda a população da região do
Lago de Tucuruí, teve uma ala interna, disponibilizada ao municio de Tucuruí,
funcionando no local a Maternidade Municipal, com isso, não havendo espaço
físico e leitos apropriados, para atender estes casos de infecções
respiratórias, haja vista, a extinção da ala de isolamento respiratório, com
isso, colocando todos os pacientes internos e os funcionários, em risco de
acometer-se de infecções, haja vista, que o paciente que morreu na sua transferência
ao Hospital Regional de Marabá, estava internado na única sala de urgência e
emergência que atende a população, no Pronto Socorro do Hospital Regional de
Tucuruí, que absorve os casos de média e alta complexidade dos municípios do
entorno do Lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí.
Pronto Socorro do HRT local onde estava internada a vítima de
H1N1
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