WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
Os servidores públicos do
Hospital Regional de Tucuruí (HRT) através do Sindicato dos Trabalhadores em
Saúde do Estado do Pará (Sindsaúde) realizaram na manhã desta quarta-feira
(26), manifestação de alerta para mostrar as autoridades da Secretaria de
Estado de Saúde do Pará (Sespa), a revolta pelo desrespeito do governo, em não realizar
a liberação dos pagamentos da Gratificação de Desempenho Institucional, a GDI,
que estão atrasadas desde o mês de outubro de 2013, e que até hoje não foram
repassados os valores do 4º trimestre, culminando ainda com o acúmulo já do
repasse do 1º trimestre de 2014, e após reunião com a direção do hospital e a assessora
da Sespa, não houve acordo, e a partir das 8 h desta quinta-feira (27), o
atendimento no Hospital Regional de Tucuruí estará paralisado.
O diretor do Hospital Regional
de Tucuruí o médico Lourival Menezes Filho, nomeado no último dia 31 de janeiro
pelo Secretário de Saúde Hélio Franco por indicação do prefeito de Tucuruí
Sancler Ferreira, comandou durante toda à tarde desta quarta-feira, entrando
pela noite, uma reunião para tratar da pauta apresentada pelos servidores. Participaram
da reunião o diretor financeiro do HRT Paulo de Tarso, a assessora da Diretora
de Administração dos Hospitais Regionais do Estado, Cleide Elma Ribeiro e os
representantes do Sindsaúde.
A reunião fluiu de forma
republicana, mas após a leitura das reivindicações, que vão desde o pagamento
dos dois trimestres de atraso da Gratificação de Desempenho Institucional (GDI)
e a revisão dos recursos disponibilizados através da pactuação dos sete municípios
do entorno do Lago de Tucuruí, a reunião começou a “esquentar”.
Segundo os sindicalistas, o
diretor Lourival Filho, propôs que fosse debatido apenas o pagamento da GDI, e
que outras pautas ficassem para outra oportunidade, mas o coordenador do Sindsaúde
em Tucuruí Paulo Gonçalves esclareceu que a pauta foi formatada por todos os servidores,
e que a revisão da pactuação é também prioridade dos trabalhadores do HRT, haja
vista, “hoje o hospital estar atravessando o maior “caos”, sem recursos sequer
para aquisição de matérias para o atendimento emergencial. Como podemos trabalhar
se não existe nem cobertores nas macas do pronto socorro”, afirmou o sindicalista.
Durante a reunião que durou
mais de 3 h, foi realizado contato telefônico com a Dra. Elisângela Pires
Diretora Geral da Sespa, em Belém, que colocou a disposição um assessor para
resolver o imbróglio dos pagamentos atrasados do GDI, mas informou que não
haverá possibilidade de resolver o pagamento dento do prazo estabelecido pelos
manifestantes, e que a orientação da Sespa, é que futuramente será anunciado um
calendário para o pagamento do GDI de forma parcelada, mas sem nenhuma previsão
de data.
O Sindicato dos Trabalhadores
em Saúde do Estado do Pará (Sindsaúde), através de seu Núcleo em Tucuruí realizou
no último dia 20 uma Assembleia Geral com os servidores, que na oportunidade aprovaram
por unanimidade, que seria proposto a prazo de 72 h, a partir do dia 24, para
que a direção do HRT e a Sespa tomasse providências para resolver o pagamento
dos atrasados da GDI. Mas infelizmente com a posição negativa da Sespa dentro
da reunião convocada pelo diretor Lourival Filho, o Sindsaúde informou que sem um
acordo fechado, a partir das 8 h desta quinta-feira (27), os servidores vão “cruzar
os braços” no atendimento no HRT, e que só retornarão, após o atendimento de
todos os tópicos da pauta de reivindicações.
O diretor do HRT Lourival
Filho foi incisivo em anunciar à comissão que vai cortar o ponto dos servidores
grevistas, sendo esta a “gota d’água” para que os representantes dos servidores
informasse que estava suspensa a negociação com aqueles representantes do
governo, pela “petulância” e “audácia” do companheiro de trabalho, médico e funcionário
público do estado, que também tem direito adquirido no recebimento da GDI, pela
ameaça aos servidores em cortar seus pontos em função de estarem lutando pela
garantia constitucional de seus direitos, isto é uma forma autoritária de gestão.
Segundo Paulo Gonçalves, o
Sindsaúde não senta mais para reunir com o diretor, haja vista, ele não ter nem
“esquentado a cadeira”, assumindo apenas há 26 dias a função de diretor, e
agora já começou a colocar as “unhas de fora”, querendo prejudicar os seus companheiros
de trabalho, “não aceitamos mais a permanência deste “diretor ditador” a frente
do Hospital Regional, sendo este mais um tópico na pauta de negociação, a
remoção imediata deste “gestor” da direção do único hospital de referência do sul
e sudeste do estado”.
Paralisação – O Sindsaúde se antecipou
a reunião, porque já esperava está “manobra” da direção do HRT, para ganhar tempo
e evitar que fosse deflagrada a paralisação, sendo comunicado oficialmente o Ministério
Público, Samu, Corpo de Bombeiros, UPA, Câmara de Vereadores, Secretaria de Saúde
de Tucuruí, Hemopa, CTA e as prefeituras da região, que a partir das 8 h desta
quinta-feira (27), estará suspenso os atendimentos no Hospital Regional de
Tucuruí, sendo garantido em todos os setores apenas 35% dos servidores para a manutenção
nos atendimentos, mas estão sensibilizando esses setores, que esta greve e para
buscar a garantia dos direitos adquiridos, e ampliar com a repactuação dos
valores que hoje são disponibilizados pelas prefeituras um melhor atendimento digno
e de qualidade aos pacientes encaminhados pelos municípios.
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