WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
Após uma longa “queda de braço”,
ocorrida no último mês de dezembro entre a categoria dos professores através do
Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) de Breu
Branco e o prefeito Adimilson Mezzomo, que culminou com a decisão da Justiça da
cidade, reconhecendo à legalidade da greve dos professores e o direito a
manifestação popular em defesa dos seus direitos adquiridos aos longos dos anos,
com as gratificações cumulativas, que através de uma lei municipal proposta
pelo gestor Adimilson Mezzomo, famigerada Lei do “Arrocho Salarial”, que
diminuiu em até 50 % os valores dos vencimentos dos profissionais da educação.
Mesmo com a decisão em primeira
instância, que inclusive, determinou o pagamento dos vencimentos em sua
totalidade dos meses de novembro e dezembro, na contra mão, o prefeito
Adimilsom Mezzomo recorreu ao Tribunal de Justiça do Pará e conseguiu uma liminar
que derrubou a decisão do juiz de primeira instância, e todos os acordos oficializados
entre o prefeito e o comando de greve, não foi cumprido, com isso, no último
dia 3, a categoria reunida em Assembleia Geral, decidiu por unanimidade deflagrarem
nova greve geral da categoria da educação em Breu Branco, com isso, na manhã
desta quarta-feira (5), realizaram uma grande passeata pelas ruas da cidade, conscientizando
a população do não cumprimento por parte do gestor municipal dos acordos assumidos
perante a justiça e o Ministério Público, empurrando com a “barriga” suas responsabilidades
e obrigações, querendo de forma ditatorial obrigar os professores a “rezar na
sua cartilha”, trazendo indisposições generalizadas.
Os professores durante a manifestação
denunciaram que estão sofrendo assedio moral, onde muitos profissionais são
obrigados a trabalharem em locais de difícil acesso e com turmas com grandes
quantidades de alunos, tudo em função aos posicionamentos contrários as
arbitrariedades do gestor.
Cerca de 20 mil alunos estão
sem aulas no município, mas o prefeito encontra-se há dias fora da cidade, e
nem se preocupa em ouvir a comissão para negociar o cumprimento das obrigações
que ele próprio assumiu em dezembro passado.
O prefeito Mezzomo, em um
programa de rádio local, esclareceu na tarde desta quinta-feira (6), que está
em Brasília em busca de recursos para a cidade, e que não vai atender as reivindicações
dos educadores, tendo em vista, o processo estar na justiça, inclusive estar de
posse de uma liminar que garante gerir o município com os recursos que garantem
apenas o pagamento das vantagens previstas na nova lei aprovada pelos
vereadores partidários do prefeito em dezembro passado.
Segundo o prefeito, ele comprovou
que na folha de pagamento do município existiam professores que além de seus
salários, recebiam o auxilio da Bolsa Família do governo federal.
O Sintepp de Breu Branco
informou a reportagem, que a greve não tem data de encerramento e que só retornarão
para as salas de aulas, se o gestor cumprir com o que ele prometeu, e segundo a
denúncia que foi formalizada pelo prefeito Adimilson Mezzomo, que professores estariam
recebendo Bolsa Família, o Sintepp estará acionando o prefeito judicialmente
para provar suas denuncias, comprovando com documentos e nominando os
beneficiados.
Dentro da pauta dos grevistas está
o atendimento da reposição dos salários dos professores de novembro e dezembro;
revogação da lei que impôs a redução salarial; ajustamento da hora atividade
conforme a lei do piso salarial; reajuste do novo piso salarial determinado
pelo Ministério da Educação, fim do assédio moral contra alguns professores e
término da pressão de alguns diretores de escolas contra os professores, que ameaçam
cortar suas cargas horárias se participarem do movimento grevista.
Na época da "Alemão" sobrava dinheiro do FUNDEF (atual FUNDEB), que era rateado entre os trabalhadores da Educação. Por que não sobra agora?
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