quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Greve no HRT: Servidores entram em greve por inoperância do governo










WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles

Os servidores públicos do Hospital Regional de Tucuruí (HRT) através do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Pará (Sindsaúde) deflagraram desde as 8 h da manhã desta quinta-feira (27) greve geral, sem previsão de retorno, devido à inoperância do governo do estado através da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), por não terem cumprido com a liberação dos pagamentos da Gratificação de Desempenho Institucional, a GDI, que estão atrasadas desde o mês de outubro de 2013.

Corte de Ponto - Mesmo sobre ameaça do atual diretor do Hospital Regional de Tucuruí o médico Lourival Menezes Filho, nomeado no último dia 31 de janeiro pelo Secretário de Saúde Hélio Franco por indicação do prefeito de Tucuruí Sancler Ferreira, que foi contundente durante a reunião de trabalho para tratar da pauta dos manifestantes, realizada na tarde desta quarta-feira (26), comunicando aos sindicalistas que, “o servidor que cruzar os braços e não cumprir seu expediente terá o ponto cortado”, disparou Lourival.
Diretor do Hospital Regional de Tucuruí o médico Lourival Menezes Filho
Fato que revoltou a classe dos servidores, em função da atitude ditatorial e antidemocrática de um servidor público do estado, que também atua como médico do estado, e que hoje responde pela direção do único hospital de média e alta complexidade da região sul e sudeste. Para Paulo Gonçalves diretor do Sindsaúde, “a atitude deste diretor demonstra como o governo esta preocupado com a saúde da população, estes gestores estão de todas as formas sucateando os hospitais do estado, para que a população se revolte com a falta de atendimento de qualidade, jogando, inclusive os pacientes de encontro aos profissionais que atuam na área da saúde, com isso, propor como solução imediata é mais lucrativa “para eles”, a entrega de uma instituição de responsabilidade do estado para uma Organização Social (O.S.), temos experiência que os últimos cinco diretores que passaram pelo HRT vieram orientados a realizar a implantação da O.S., mas todos foram vencidos pela mobilização popular e dos servidores, por entenderem, que hoje uma região que se encontra sucateadas pelas péssimas gestões municipais, como válvula de escape, encaminham toda a clientela da rede básica de saúde de seus municípios para o atendimento no HRT que funciona atualmente de portas abertas, já com a O.S., quem vai perder e o povo que não terá acessibilidade à saúde pública e gratuita”, esclareceu Gonçalves.

Temos certeza que esta manobra do atual diretor Lourival Filho e intencionada e orquestrada pelo prefeito Sancler Ferreira e seu correligionário partidário o Secretário de Saúde do Estado Hélio Franco, que quererem, a qualquer custo emplacar a O.S. dentro do HRT, mas o prefeito de Tucuruí, não atentou que são seus munícipes que mais ficaram prejudicados, sendo esta implantação de O.S. um “tiro no pé”, por que hoje sem postos de saúde em quase todos os bairros de Tucuruí e sem atendimento no Hospital Municipal fechado há quatro anos. Todos os atendimentos da rede básica são canalizados para o HRT, mas os recursos são depositados nos cofres da prefeitura, e o que é pior, a Maternidade Municipal que foi alojada em uma ala do HRT, com a desculpa de passar apenas 90 dias para a conclusão da reforma do Hospital e Maternidade Municipal (antigo Sesp), nunca sequer as obras foi iniciada, comemorando em 2014, quatro anos de permanência dentro do Hospital Regional. Mas com a privatização do HRT a Maternidade Municipal será retirada da área de gestão da O.S., então onde o prefeito Sancler Ferreira vai colocar a maternidade que e de sua responsabilidade e que atualmente esta na tutela do Governo do Estado.
Sindicalista Paulo Gonçalves informou que a direção regional do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Pará (Sindsaúde)

Reunião – Na reunião realizada na tarde desta quarta-feira, segundo os sindicalistas, o diretor Lourival Filho, propôs que fosse debatido apenas o pagamento da GDI, e que outras pautas ficassem para outra oportunidade, mas o coordenador do Sindsaúde em Tucuruí Paulo Gonçalves esclareceu que a pauta foi formatada por todos os servidores, e que a revisão da pactuação é também prioridade dos trabalhadores do HRT, haja vista, “hoje o hospital estar atravessando o maior “caos”, sem recursos sequer para aquisição de matérias para o atendimento emergencial. Como podemos trabalhar se não existe nem cobertores nas macas do pronto socorro”, afirmou o sindicalista.

Durante a reunião que durou mais de 3 h, foi realizado contato telefônico com a Dra. Elisângela Pires Diretora Geral da Sespa, em Belém, que colocou a disposição um assessor para resolver o imbróglio dos pagamentos atrasados do GDI, mas informou que não haverá possibilidade de resolver o pagamento dento do prazo estabelecido pelos manifestantes, e que a orientação da Sespa, é que futuramente será anunciado um calendário para o pagamento do GDI de forma parcelada, mas sem nenhuma previsão de data.

Passado o prazo de 72 horas proposto pelos servidores para que a direção do HRT e a Sespa, tomasse providências no atendimento da pauta de reivindicações, na manhã desta quinta-feira (27), os servidores aderiram maciçamente à greve, paralisando o atendimento ambulatorial e dos outros serviços, mas foi garantida a cota legal de 35% de servidores em todos os setores do HRT.
Segundo Paulo Gonçalves, o Sindsaúde não senta mais para reunir com o diretor, haja vista, ele não ter nem “esquentado a cadeira”, assumindo apenas há 27 dias a função de diretor, e agora já começou a colocar as “unhas de fora”, querendo prejudicar os seus companheiros de trabalho, “não aceitamos mais a permanência deste “diretor ditador” a frente do Hospital Regional, sendo este mais um tópico na pauta de negociação, a remoção imediata deste “gestor” da direção do único hospital de referência do sul e sudeste do estado”.

Paralisação – Através do Sindsaúde diversos órgãos da área de saúde foram comunicados do início da greve, para tentar de forma estratégica equacionar os encaminhamentos desenfreados de pacientes ao HRT, com risco de não ser efetivamente atendida, em função de ter sido deflagrada a greve dos servidores com a paralisação de grande parte do atendimento em todos os setores pelo não cumprimento dos direitos adquiridos como o pagamento dos dois trimestres do GDI, repactuação dos recursos para o melhor atendimento digno e de qualidade aos pacientes encaminhados pelos sete municípios que são pactuados. Além de reformas na estrutura do hospital, assim como que sejam investidos os recursos no regional e não ‘repassados’ para outros setores da saúde em Tucuruí, como, por exemplo, o valor mensal aprovado pela Comissão Intergestores Bipartite – CIB, que tem como representante dos Secretários de Saúde de todo o estado, o atual Secretário de Saúde de Tucuruí Charles Tocantins, que conseguiu a aprovação no CIB do valor de R$ 100 mil mensais para a manutenção do Pronto Socorro do HRT, mas que nunca estes valores foram investidos para este fim, é fato, que hoje o PS passa pelo maior caos no funcionamento, estando totalmente sucateado, “como trabalhar em um ambiente que o paciente sequer tem coberto nas camas onde ficam internados”, afirmou Gonçalves.

Contra Ponto – A equipe de reportagem foi recebida pelo diretor do HRT Lourival Filho, informando que o impasse com referência ao pagamento dos atrasados da Gratificação de Desempenho Institucional (GDI) esta sendo trata como prioritária, e que se não houver o deposito dos valores até ao meio dia desta sexta-feira (28) tudo será preparado para ser pago até o próximo dia 6 de Março.

A questão de repactuação dos valores de gestação do HRT terá que ser provocada uma reunião com a Comissão Intergestores Bipartite – CIB, para analisar, e aprovar, se entender que será o melhor para a gestão do HRT, mas no prazo mínimo 120 dias.

Segundo Lourival Filho, o departamento de pessoal está orientado a não registar falta a nenhum funcionário que por ventura estejam participando da greve, por entender que é um direito legítimo e constitucional de cada servidor.
Indagado sobre a decisão do Sindsaúde de pedirem “sua cabeça”, com sua remoção da direção do HRT, Lourival Filho foi bastante decisivo em afirmar que “sua indicação foi política, e sua permanência tem o respaldo do prefeito de Tucuruí Sancler Ferreira, com isso, o governo do estado é parceiro de Sancler, e não será um grupo de “sindicalistas” que vai mudar a força política do meu prefeito”.

O sindicalista Paulo Gonçalves informou que “a direção regional do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Pará (Sindsaúde), em Belém, já iniciou negociação direta com o Secretário Hélio Franco, que pediu o prazo até o meio-dia desta sexta-feira (28) para convocar uma reunião onde serão apresentadas as propostas do estado para o atendimento da pauta de reivindicações dos servidores em greve do Hospital Regional de Tucuruí, inclusive a remoção imediata do atual diretor Lourival Filho”.  

Um comentário:

  1. a vida desse gestor de tucurui é passar a perna nos outros até no repasse que vem pro hospital regional ele mexe, pode olhar que as placas estão indicando, um valor de cem mil reais,é muita cara de pau um cara desse, tantos prefeito que são caçados e esse de tucurui leva uma sorte, faz o que quer, deita e rola, só pode ter parte com o LUCIFÉ PRIMO DE CAINHO,sobrinho de balthazar lenhador do fogo do inferno, queima satanás ruimmmmmmmmmmmmmmmmmmm

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