segunda-feira, 24 de junho de 2013

Combustível adulterado superam postos credenciados no Brasil e Tucuruí é destaque nacional



Flagrantes preocupantes de um comércio ilegal e extremamente arriscado. Os repórteres do Fantástico percorreram importantes estradas brasileiras e revelam: os pontos de venda de combustível irregulares já representam mais do que o dobro dos postos credenciados no país.
Tucuruí - A cidade de Tucuruí, no sudeste paraense distante 400 km da capital Belém, também foi destaque nacional pela prática da venda de combustível clandestino em uma Vila de pescadores no Km 11, ao lado da Usina Hidrelétrica, mas, enquanto se destaca a venda de alguns litros de gasolina, a gestão do prefeito Sancler Ferreira em seus primeiros quatros anos de governo, gastou com abastecimento dos veículos oficias da Prefeitura Municipal de Tucuruí a quantia astronômica de quase R$ 50 milhões, uma média de R$ 12 milhões por ano, aproximadamente 4 milhões de litros de combustível ano, totalizando 16 milhões de litros de combustível nos últimos 4 anos.
Absurdo - Verificando a quantidade de veículos oficiais que não ultrapassam 100 unidades, e o total de combustível comprado, em uma média anual de 4 milhões de litros, observando que um veículo mesmo nas piores condições de manutenção, fazendo 10 km com um litro, rodando diariamente 100 km, consumiria 10 litros de combustível por dia, mensal 300 litros e anualmente 3.600 litros, isso leva a crer que, para os veículos da administração pública terem consumido uma média de  4 milhões de litros por ano, ela teria que ter em seu pátio, uma frota oficial de 1.100 veículos, inclusive,  trabalhando diariamente, bem como, nos sábados, domingos e feriados.
Segundo a lei, a pena para quem pratica o comércio ilegal de combustíveis pode chegar até cinco anos de prisão. E qual a pena para os gestores que de forma descarada, realizam contratos duvidosos, com a aquisição de bilhões de litros de combustível, pra estes malversadores do dinheiro públíco qual será a pena?
Dos quase 100 veículos oficiais da Prefeitura de Tucuruí uma grande maioria estão sucateados no pátio da Secretaria de Urbanismo

Venda clandestina de combustível se deflagra por todo o Brasil 
Motos, carros, tratores. É fácil encher o tanque sem nem chegar perto de um posto nas estradas brasileiras.
Os moradores da vila de pescadores do Km 11, ao lado da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, levam gasolina pelas ruas para venda.
Aqui a venda ilegal é muito comum. Um homem enche as garrafas. Depois, abastece a moto.
É grande o volume de gasolina armazenada. Mais uma vez tonéis e garrafas estão em um quartinho.
Na Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte. "As informações dos órgãos de segurança que trabalham em conjunto com o Ministério Público de que em todo o trecho da Fernão Dias isto está ocorrendo hoje, essa venda clandestina de óleo diesel”, afirma Paulo Barbosa, promotor do Ministério Público estadual de Minas Gerais.
Uma carreta chega a uma casa, que aparentemente não tem nada de errado. Mas é grande a quantidade de galões escondidos atrás do portão. Um homem de camisa amarela e chapéu usa uma engenhoca para abastecer. É um funil artesanal, que enche o tanque do caminhão e substitui a bomba. O preço cobrado é bem menor do que o praticado na região: R$ 1,50.
Uma borracharia no Pará é só fachada. Os pneus velhos e as bicicletas servem pra esconder mais um ponto de comércio ilegal de diesel. Mas não é só o combustível para caminhões que se vende irregularmente no Brasil.
No Paraná, um botequim de beira da estrada não oferece só bebidas e salgadinhos. Repórter: Combustível, o senhor tem? Vendedor: Gasolina? Em uma mercearia da região metropolitana de Curitiba, dá pra comprar comida, material de limpeza e, de quebra, abastecer o carro. Mulher: Quantia de gasolina? Repórter: Me dá cinco litros. Quanto é cada um? Mulher: Sete e cinquenta. Repórter: E a gasolina, ela tem uma procedência... Ela é de onde? Mulher: Ela vem de Curitiba. Repórter: De Curitiba? E é segura, né? Não vai dar problema no meu carro? Mulher: Não, não, não, não. Garantidíssimo!
A venda aqui não é por litro, é por garrafa pet.  É tudo improvisado, não há bombas nem normas de segurança. A gasolina fica num quartinho de madeira nos fundos. E quem abastece é um menor de idade. Mulher: Coloca bem devagarzinho. Repórter: Rapaz, não é melhor colocar alguma coisa, uma luva aí, pra... Mulher: Não. Repórter: Não é perigoso? Isso não é tóxico, não? Mulher: Não. “Dois litros de gasolina são suficientes pra queimar duas pessoas a distância de um metro e meio. E a explosão dela é suficiente pra fazer dano à visão e ao ouvido”, alerta Moacyr Duarte, pesquisador sênior da Coppe-UFRJ.
Dias depois do flagrante nossa equipe voltou lá. Repórter: O senhor vende esse combustível, Seu Adão? Adão: Não, eu só sirvo às pessoa quando precisa. Eu não vendo, tenho mais pro meu uso. mas e se chegar você e disser: ‘Estou aqui numa região sem gasolina’. Eu não tenho pra vender, mas eu tenho aqui e posso te arrumar”. Repórter: E quanto o senhor cobra? Adão: Sete e cinquenta a descartável.
Em nota, a ANP (Agência Nacional do Petróleo), que fiscaliza o setor, informou que pretende criar uma força tarefa para combater a irregularidade.
Há pelo menos 90 mil pontos de venda irregular de gasolina e diesel hoje no país, segundo a Federação dos Revendedores de Combustíveis (Fecombustíveis). Isso é mais que o dobro do número de postos credenciados.
“Às vezes você vê garrafa pet com gasolina, ela pode ter metade gasolina, metade um solvente, pode ter metanol, um produto altamente cancerígeno”, comenta Paulo Miranda, presidente da Fecombustíveis.
Lembra do lugar onde abastecemos a carreta em Minas Gerais? Agora encontramos apenas galões vazios e abandonados.

“A gente tem aqui o cidadão com o rosto voltado na área de evaporação do produto inflamável. Num posto de gasolina normal, formal, o bico é introduzido no tanque do veículo. A emanação de vapor é mínima e o frentista não inala. É surpreendente que a gente não tenha mais acidentes, ou mais registros de acidentes, considerando as condições precárias das transferências. Acho que a fiscalização e uma orientação se faria necessário, porque afinal de contas cada um só tem uma vida”, alerta Moacyr Duarte.

2 comentários:

  1. A pessoa que vendia combustivel na rodovia Fernão Dias usava camisa amarela, deve ser gente do Sancler Ferreira, agora quem viu um filma da globo ontem, um traficante de pessoas da França, tambem se chamava Sancler.

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  2. tem q prender é os vendedores de drogas de nossa cidade que sao liberados fazem vista groça e nao um senhor trabalhador que luta para sobreviver em seu comercio

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