Flagrantes preocupantes de um
comércio ilegal e extremamente arriscado. Os repórteres do Fantástico
percorreram importantes estradas brasileiras e revelam: os pontos de venda de
combustível irregulares já representam mais do que o dobro dos postos
credenciados no país.
Tucuruí - A cidade de Tucuruí, no
sudeste paraense distante 400 km da capital Belém, também foi destaque
nacional pela prática da venda de combustível clandestino em uma Vila de pescadores
no Km 11, ao lado da Usina Hidrelétrica, mas, enquanto se destaca a venda de
alguns litros de gasolina, a gestão do prefeito Sancler Ferreira em seus
primeiros quatros anos de governo, gastou com abastecimento dos veículos
oficias da Prefeitura Municipal de Tucuruí a quantia astronômica de quase R$ 50
milhões, uma média de R$ 12 milhões por ano, aproximadamente 4 milhões de
litros de combustível ano, totalizando 16 milhões de litros de combustível nos
últimos 4 anos.
Absurdo - Verificando a quantidade de veículos
oficiais que não ultrapassam 100 unidades, e o total de combustível comprado,
em uma média anual de 4 milhões de litros, observando que um veículo mesmo nas
piores condições de manutenção, fazendo 10 km com um litro, rodando diariamente
100 km, consumiria 10 litros de combustível por dia, mensal 300 litros e anualmente
3.600 litros, isso leva a crer que, para os veículos da administração pública terem
consumido uma média de 4 milhões de
litros por ano, ela teria que ter em seu pátio, uma frota oficial de 1.100
veículos, inclusive, trabalhando
diariamente, bem como, nos sábados, domingos e feriados.
Segundo a lei, a pena para quem
pratica o comércio ilegal de combustíveis pode chegar até cinco anos de prisão.
E qual a pena para os gestores que de forma descarada, realizam contratos duvidosos,
com a aquisição de bilhões de litros de combustível, pra estes malversadores do dinheiro públíco qual será a pena?
Dos quase 100 veículos oficiais da Prefeitura de Tucuruí uma grande maioria estão sucateados no pátio da Secretaria de Urbanismo
Venda clandestina de combustível
se deflagra por todo o Brasil
Motos, carros, tratores. É fácil encher o
tanque sem nem chegar perto de um posto nas estradas brasileiras.
Os moradores da vila de
pescadores do Km 11, ao lado da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, levam
gasolina pelas ruas para venda.
Aqui a venda ilegal é muito
comum. Um homem enche as garrafas. Depois, abastece a moto.
É grande o volume de gasolina
armazenada. Mais uma vez tonéis e garrafas estão em um quartinho.
Na Rodovia Fernão Dias, que
liga São Paulo a Belo Horizonte. "As informações dos órgãos de segurança
que trabalham em conjunto com o Ministério Público de que em todo o trecho da
Fernão Dias isto está ocorrendo hoje, essa venda clandestina de óleo diesel”,
afirma Paulo Barbosa, promotor do Ministério Público estadual de Minas Gerais.
Uma carreta chega a uma casa,
que aparentemente não tem nada de errado. Mas é grande a quantidade de galões
escondidos atrás do portão. Um homem de camisa amarela e chapéu usa uma
engenhoca para abastecer. É um funil artesanal, que enche o tanque do caminhão
e substitui a bomba. O preço cobrado é bem menor do que o praticado na região:
R$ 1,50.
Uma borracharia no Pará é só
fachada. Os pneus velhos e as bicicletas servem pra esconder mais um ponto de
comércio ilegal de diesel. Mas não é só o combustível para caminhões que se
vende irregularmente no Brasil.
No Paraná, um botequim de
beira da estrada não oferece só bebidas e salgadinhos. Repórter: Combustível, o
senhor tem? Vendedor: Gasolina? Em uma mercearia da região metropolitana de
Curitiba, dá pra comprar comida, material de limpeza e, de quebra, abastecer o
carro. Mulher: Quantia de gasolina? Repórter: Me dá cinco litros. Quanto é cada
um? Mulher: Sete e cinquenta. Repórter: E a gasolina, ela tem uma
procedência... Ela é de onde? Mulher: Ela vem de Curitiba. Repórter: De
Curitiba? E é segura, né? Não vai dar problema no meu carro? Mulher: Não, não,
não, não. Garantidíssimo!
A venda aqui não é por litro,
é por garrafa pet. É tudo improvisado,
não há bombas nem normas de segurança. A gasolina fica num quartinho de madeira
nos fundos. E quem abastece é um menor de idade. Mulher: Coloca bem devagarzinho.
Repórter: Rapaz, não é melhor colocar alguma coisa, uma luva aí, pra... Mulher:
Não. Repórter: Não é perigoso? Isso não é tóxico, não? Mulher: Não. “Dois
litros de gasolina são suficientes pra queimar duas pessoas a distância de um
metro e meio. E a explosão dela é suficiente pra fazer dano à visão e ao
ouvido”, alerta Moacyr Duarte, pesquisador sênior da Coppe-UFRJ.
Dias depois do flagrante nossa
equipe voltou lá. Repórter: O senhor vende esse combustível, Seu Adão? Adão:
Não, eu só sirvo às pessoa quando precisa. Eu não vendo, tenho mais pro meu
uso. mas e se chegar você e disser: ‘Estou aqui numa região sem gasolina’. Eu
não tenho pra vender, mas eu tenho aqui e posso te arrumar”. Repórter: E quanto
o senhor cobra? Adão: Sete e cinquenta a descartável.
Em nota, a ANP (Agência
Nacional do Petróleo), que fiscaliza o setor, informou que pretende criar uma
força tarefa para combater a irregularidade.
Há pelo menos 90 mil pontos de
venda irregular de gasolina e diesel hoje no país, segundo a Federação dos Revendedores
de Combustíveis (Fecombustíveis). Isso é mais que o dobro do número de postos
credenciados.
“Às vezes você vê garrafa pet
com gasolina, ela pode ter metade gasolina, metade um solvente, pode ter
metanol, um produto altamente cancerígeno”, comenta Paulo Miranda, presidente
da Fecombustíveis.
Lembra do lugar onde
abastecemos a carreta em Minas Gerais? Agora encontramos apenas galões vazios e
abandonados.
“A gente tem aqui o cidadão
com o rosto voltado na área de evaporação do produto inflamável. Num posto de
gasolina normal, formal, o bico é introduzido no tanque do veículo. A emanação
de vapor é mínima e o frentista não inala. É surpreendente que a gente não
tenha mais acidentes, ou mais registros de acidentes, considerando as condições
precárias das transferências. Acho que a fiscalização e uma orientação se faria
necessário, porque afinal de contas cada um só tem uma vida”, alerta Moacyr
Duarte.
A pessoa que vendia combustivel na rodovia Fernão Dias usava camisa amarela, deve ser gente do Sancler Ferreira, agora quem viu um filma da globo ontem, um traficante de pessoas da França, tambem se chamava Sancler.
ResponderExcluirtem q prender é os vendedores de drogas de nossa cidade que sao liberados fazem vista groça e nao um senhor trabalhador que luta para sobreviver em seu comercio
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