WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
A população da cidade de Tucuruí
atravessa mais uma situação de calamidade pública, desde a manhã do domingo 13,
os mais de 113 mil habitantes da cidade estão sendo penalizados pela falta do fornecimento
de água tratada nas torneiras das residências. O fornecimento e realizado através
da autarquia da Prefeitura de Tucuruí “Nossa Água”, que, segundo informou a
dona de casa Maria Eunice Pereira Furtado, 59 anos, moradora do bairro Nova Tucuruí,
bairro nobre da cidade, esclareceu que “esta autarquia Nossa Água, não tem nada
de nossa, estamos a mercê dos poços artesianos dos vizinhos, tudo por causa da imprudência
e inoperância dos gestores municipais, que se quer, se preocupam em disponibilizar
o fornecimento de água tratada para os moradores da cidade.
Desta vez, a falta de água
esta generalizada para todo o município, antes, a autarquia fazia a ciranda do desvio
da água, disponibilizando água, a cada dia, para um bairro diferente da cidade,
mas infelizmente, mesmo com os custos onerosos para a manutenção dos serviços,
que ultrapassam R$ 500 mil mês, a falta de pessoas qualificadas e o interesse de
fazer gestão pública, estão prejudicando toda a população que necessita do líquido
precioso para a manutenção da vida dos seus familiares e de suas casas.
Eunice Cêzar Moreira, 39 anos,
moradora do bairro mais populoso da cidade, o Getat, denuncia que no bairro, faz
15 dias que a água não chega às torneiras, “isso e uma vergonha uma cidade rica,
que arrecada por mês R$ 20 milhões e não oferece sequer, água tratada nas torneiras
dos contribuintes da cidade”.
As reclamações são generalizadas,
no bairro da Pioneira, também área nobre da cidade onde reside o gestor
municipal, a água, não chega há uma semana, Cintia Luana Santos Leão, 27 anos, afirmou
que, “na casa do prefeito tem poço artesiano com 50 metros de profundidade, mais
aqui no bairro, todos nós somos obrigados a buscar água na cabeça nas margens do
Rio Tocantins, agora imaginem, uma cidade como Tucuruí, no século XXI, maior
geradora de energia para a região e país, com o maior lago artificial do país,
e que sua extensão, é do tamanho 20 vezes do estado de São Paulo, mas sua população
esta mendigando água tratada para o consumo, isso e vergonhoso, o prefeito
tinha era que tomar vergonha na cara e trabalhar, parando de publicar na televisão
estas mentiras infundadas”.
ETA - A governo federal através
da empresa Eletrobras Eletronorte construí na Vila Permanente de Tucuruí, como
compensação pelo barramento do Rio Tocantins e a sua utilização na geração de energia,
que, além dos repasses mensais dos royalties, compensação pela utilização das águas
do Rio Tocantins, que em média são repassados para a Prefeitura de Tucuruí o
valor de R$ 1,5 milhão, ainda construiu através do projeto do Pirtuc, a Estação
de Tratamento de Água Tratada de Tucuruí (ETA), e entregaram no mês de agosto
de 2013, após três anos de espera da conclusão das obras de contrapartida da Prefeitura
de Tucuruí, que nunca foram finalizadas, a estação de tratamento e distribuição
de água tratada de Tucuruí, projeto audacioso, que tem capacidade de atender
200 mil famílias, com água de qualidade durante 30 dias por mês e 24 horas por
dia.
Mas infelizmente a
contrapartida das obras da prefeitura, que seriam de impermeabilizar os dois reservatórios,
além da ligação da tubulação, que liga a estação da vila até o setor de distribuição
no bairro Santa Mônica, distante a 7 km, mas, passado 3 anos do início da obra
pela prefeitura, e passado estes 10 meses após a entrega oficial da ETA, nada foi
feto pela prefeitura de Tucuruí para viabilizar a chegada de água tratada nas torneiras
dos tucuruiense, mesmo sabendo da escassez que esta se instalando em todos os bairros,
em função da falta de competência e capacidade administrativa para a continuidade
do bombeamento, tratamento e distribuição de água, ainda da antiga adutora do
KM 4, que mesmo com suas limitações, estava atendendo precariamente em dias intercalados
a população.
Os moradores dos bairros da
Nova Matinha, Santa Mônica e Jardim Marilucy, denunciam que a prefeitura de
Tucuruí, de forma inconsequente, vem deixando de atender aos moradores que há
anos passam por estas dificuldades na carência da falta de água tratada, mas rapidamente
disponibilizou equipes e a liberação da tubulação existente da antiga adutora
do sítio Deus e Grande nas margens da BR 422, que servia de retaguarda, para os
casos de prováveis interrupções na adutora do KM 4, com isso, o condomínio Parque
dos Buritis II, empreendimento milionário e particular, que visa a venda de lotes
residências para pessoas de padrões de vida elevados, autorizou a ligação de
água tratada para o condomínio, que não tem uma residência construída, em detrimento
aos quase 120 mil moradores, que sofrem sem água tratada nas suas torneiras, um
paradoxo inexplicável do prefeito Sancler Ferreira.
Sandra Luiza Cunha, 31 anos,
moradora do bairro Beira Rio, esclareceu que, durante a campanha politica os candidatos
prometem até que a água vai sair gelada das torneiras, mas quando é eleito, a única
coisa que temos quando a água um dia chega as torneiras, e o chá de lama, uma água
vermelha e com um fedor insuportável, “queria vê, o prefeito encher a sua piscina
da sua casa, com esta água lameada para banhar, só ratos aceitariam este banho”,
disparou revoltada a dona de casa.
Denúncia - Por outro lado, recursos
do governo federal foram canalizados nos últimos cinco anos, para a colocação de
captação e distribuição de água nos bairros, com caixas d’água independentes, através
de poços artesianos, os cinco poços, nos diversos bairros foram iniciados, as verbas
vieram, mas nenhum foi concluído ou entrou em funcionamento.
Da mesma forma, esta a obra da
caixa d’água do bairro Santa Mônica, que há 4 anos foi iniciada as fundações,
sendo pagos pela prefeitura todo os valor do contrato, mais o aditivo, e até hoje
a obra não evolui sequer um metro.
A equipe de reportagem procurou
a assessoria da Prefeitura de Tucuruí, mas foi informada, que em função ao
recesso da prefeitura, que pendura até 18 de agosto, não teriam como dar qualquer
esclarecimento do assunto.
A superintendência da
autarquia Nossa Água, também foi acionada, mas informou que o diretor estaria
para a zona rural, e que em função do recesso, ficariam impedidos de fornecer qualquer
esclarecimento em função ao setor administrativo estar fechado.
Bem feito
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