WELLINGTON HUGLES
De Altamira
Foto: Wellington Hugles
O funcionário do Consórcio
Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras de construção da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, em Altamira, sudoeste do Pará, Marcos
da Silva Alves, 47 anos, natural de Manaus (AM), atuava na obra, na função de
sinaleiro, morrendo atropelado na noite da última terça-feira (15), quando
retornava do jantar para sua frente de trabalho.
Segundo os companheiros de
trabalho, Marcos da Silva Alves, estava retornando para a sua jornada de
trabalho após o jantar, e ao chegar ao canteiro Sítio Canais e Diques,
conhecido como “Bota Fora 22”, por volta das 22 h, na área de escavações do
canal de derivação, ao descer do ônibus, e dirigir-se ao seu local de trabalho,
foi bruscamente surpreendido pelos rodados do veículo pesado, uma caçamba, que
após ter descarregado o material, estava em marcha ré, inclusive, sendo
orientado por outro sinaleiro, o motorista Elias Caetano de Araújo, que estava
conduzindo a caçamba, não viu o momento do acidente, e alega que o atropelamento
foi acidental.
Em seu depoimento, que prestou
na tarde desta nesta quarta-feira (16), perante o delegado Lindoval Borges,
titular da Delegacia de Polícia Civil de Vitória do Xingu. “Ele conduzia a caçamba, que
atropelou e matou o sinaleiro Marcos da Silva Alves, dentro da área de construção
da Usina Hidrelétrica Belo Monte, por volta das 22 h da terça-feira (15)”.
Em sua defesa o motorista
afirmou que, “a morte do operário, foi uma fatalidade, um acidente de
trabalho”. Depois das oitivas, o delegado Lindoval Borges realizou a liberação
do motorista Elias Caetano de Araújo, que retornou ao trabalho na obra.
Segundo Elias Caetano de
Araújo, ele opera um dos caminhões que retira barro do canal. “Cheguei por
volta das 22 h, ao local do acidente para despejar o material “bota fora” e
estava sendo orientado por um sinaleiro, no momento da manobra em marcha ré na
caçamba, neste mesmo espaço de tempo, pela infelicidade do destino, um grupo de
operários descia de um ônibus da empresa, após o retorno do jantar, foi quando a
vítima Marcos Alves passou próximo ao local da manobra da caçamba, operada por mim,
só vim perceber que havia atropelado Marcos da Silva Alves, quando os nossos companheiros
de trabalho, desesperados correram ao socorro da vítima, que já se encontrava
morto tendo sofrido esmagamento”, foram momentos de muita tristeza e
consternação.
De acordo com a assessoria do
CCBM, o acidente ocorreu dentro do sítio Canais e Diques, um dos canteiros de
obras do empreendimento, o local foi interditado, e os agentes da Polícia Civil
foram acionados até o canteiro, durante a madrugada da quarta-feira (16), para
apurar as circunstâncias da morte.
O delegado Lindoval Borges, após
ter ouvido Elias Caetano, intimou ainda, para prestar esclarecimentos, o
sinaleiro responsável pela manobra do caminhão e o motorista do ônibus que
trouxe a vítima.
A polícia trabalha com a
possibilidade de concluir a tomada dos depoimentos no inquérito em 30 dias.
Em nota, o Consórcio
Construtor Belo Monte lamentou o ocorrido e disse que está colaborando com as
investigações acerca do acidente, assim como tem adotado todas as providências
cabíveis para prestar o devido apoio à família do funcionário para o seu funeral.
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