Teresa Cristina Vieira Carosi, 42 anos, natural de São Paulo, moradora da cidade de Marabá vítima do acidente na Transamazônica
Alice Barbosa de Sousa, 36 anos, natural da cidade de Itinga do Pará foi a outra vítima do acidente na Transamazônica
Corredores lotados do Hospital Regional de Tucuruí, com os pacientes do acidente na Transamazônica
O micro-ônibus ficou completamente destruído, quando caiu no local onde deveria existir a "Ponte do Padre", na Vila de Maracajá, que nos últimos meses vitimou 5 pessoas
WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
O grave acidente ocorrido no
final da noite desta segunda-feira (7), na localidade da Vila de Maracajá na “Ponte
do Padre”, nos limites dos municípios de Novo Repartimento e Pacajá, no sudeste
do Pará, deixou o saldo de 3 mortos e 23 pacientes feridos que se encontram internados,
passando por cirurgias no Hospital Regional de Tucuruí, todos da mesma família.
As vitima fatais foram Alice
Barbosa de Sousa, 36 anos e seu sobrinho Kainan da Silva Sousa, 11 anos, ambos natural
da cidade de Itinga do Pará. A outra vitima foi Teresa Cristina Vieira Carosi,
42 anos, natural de São Paulo, moradora da cidade de Marabá.
Segundo os depoimentos dos
familiares que sobreviveram do acidente, e encontram-se no Hospital de Tucuruí,
os familiares saíram de Pacajá muito felizes por estar retornado as suas residências,
a primeira parada seria na Vila de Maracajá, onde alguns dos familiares ficariam
em suas casas.
O micro-ônibus fretado em Rondon
do Pará, estava sendo conduzido por dois dos parentes, no momento do acidente
Luiz Conceição Barros, estava dirigindo o veículo, e como não estava acostumado
com o perímetro após a conclusão do asfaltamento, não sabia que a ponte estava
quebrada, no monto da aproximação ao local do acidente, o motorista avistou a
placa de desviou, sendo impossível parar o veículo, que caiu no buraco, ficando
com os rodados para cima.
Os sobreviventes afirmaram que
não houve maiores perdas de vidas, em função aos vidros do micro-ônibus terem
estourado com o impacto da queda, não sendo ainda mais sério, devido ao córrego
do rio estar seco.
Os corredores do Pronto
Socorro do Hospital Regional de Tucuruí, assim como o centro cirúrgico estão
lotados, atendendo os 19 pacientes, que estão recebendo os cuidados pela equipe
médica.
Diversas cirurgias dos
pacientes com traumatologias já foram realizadas, desde as primeiras horas
desta terça-feira (8), estando à maioria internados para recuperação e outros em
observação para poderem receber suas altas médicas, nenhum dos pacientes que
estão no HRT correm risco de morte.
As 4 crianças que também
sobreviveram ao acidente, estão internadas no Hospital Municipal de Novo Repartimento,
recebendo os cuidados médicos, aguardando a alta de seus pais, que estão no HRT
se recuperando do acidente.
O filho da vítima fatal Teresa
Carosi, Victor Carosi completamente consternado com a morte de sua genitora, teve
que tomar todas as providências para o translado do corpo de sua mãe para a cidade
de Marabá, onde será sepultada nesta quarta-feira, e ainda esteve no Hospital Regional
de Tucuruí, onde estão internados seu pai e irmão que passaram por procedimentos
cirúrgicos, mas passam bem, assim como os outros familiares.
O marido de Alice Barbosa de
Sousa e os pais do menor Kainan da Silva Sousa, que ainda estão internados no
HRT em Tucuruí, informaram que tudo será feito para levar os corpos dos seus familiares
para a cidade de Itinga do Pará, para que sejam providenciados os sepultamentos.
A equipe de reportagem tentou
contato com a Polícia Rodoviária Federal e o Departamento Nacional de Infraestrutura
Terrestre (Dnit), para apurar as providências que serão tomadas para a
recuperação da ponte que já vitimou dezenas de pessoas, inclusive, em 2014 já
foram 5 as mortes ocorridas neste local, mas até o fechamento desta edição não
obtivemos êxito no retorno dos contatos.
O grande problema é que nos acostumamos com isso. Há mortes todos os dias em nossas rodovias. Migrem faz nada.
ResponderExcluirMaus tratos com animais têm maior repercussão e revolta do que a perda de seres humanos. Infelizmente.
Trabalho viajando pelo Para, Maranhão e Tocantins. Nós, Paraenses, temos as piores estradas. Toda viagem que faço vejo carros tombados.
Triste realidade.