WELLINGTON HUGLES
De Pacajá
Foto: Wellington Hugles
Os professores da rede púbica
municipal de Pacajá, que ocuparam o prédio sede da Câmara de Vereadores, desde
as 6 h da manhã desta sexta-feira (2), tiveram êxito em suas empreitadas, o vereador
presidente da casa de leis decidiu suspender a sessão ordinária do legislativo,
sem data prevista para nova apreciação do Projeto de Lei de autoria do prefeito
de Pacajá Antônio Mares Pereira (PSB), conhecido na cidade como Tunico Doido, que
prevê em segunda e última votação a entrada em vigor da redução dos salários
dos professores em 100 % em seus vencimentos, retirando o direito
constitucional dos educadores em 60 % dos professores de nível superior e em 40
% dos professores de nível médio.
Em greve há 15 dias, os
professores são contrários à aprovação desta lei pelos vereadores, que tem como
intuito, massacrar os professores e retroagir as conquistas da classe.
O confronto iniciado na manhã
desta sexta-feira, entre uma guarnição da Polícia Militar que chegou a Pacajá
para dar reforço ao destacamento da cidade, ainda chegou a medir forças com os
manifestantes que em número de 500 professores ocuparam de forma pacífica o prédio
sede da Câmara, impedindo a realização da sessão legislativa, após a
intervenção da equipe de jornalismo, que noticiou o fato ao vivo através da Rádio
Clube do Pará, mostrando que poderia ocorrer um confronto diretor entre
policiais e a população, que poderia tomar grandes proporções.
Através de
contato telefônico, o comando da PM da capital, orientou aos seus comandados,
que ficassem no local, apenas para manter a ordem e evitar excessos ou
vandalismo com a depredação do patrimônio público, eximindo-se da responsabilidade
da evacuação do prédio da Câmara, conhecida como a Casa do Povo.
O fato foi questionado, porque
a Prefeitura e a Câmara de Pacajá, não teriam nenhuma decisão judicial para a retirada
dos manifestantes do prédio.
O presidente da Câmara de Vereadores
de Pacajá decidiu suspender pela segunda semana consecutiva a sessão de votação
da lei de redução salarial dos professores, não criando expectativas de nova
data para esta votação.
Os professores da rede municipal
saíram em passeata pelas ruas da cidade, comemorando a conquista de mais este
tempo, para poderem se organizar e formarem fileiras contra o projeto pessoal e
antidemocrático do prefeito Tunico Doido, que deseja, a qualquer custo,
perseguir a classe dos professores.
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