Professores de Pacajá em greve
ocupam prédio da Câmara em protestam contra a tentativa de aprovação da Lei do Arrocho
Salário do prefeito Tunico Doido
WELLINGTON HUGLES
De Pacajá
Foto: Wellington Hugles
Os professores da rede púbica
municipal de Pacajá, estão ocupando desde as 6 h da manhã desta sexta-feira
(2), o prédio sede da Câmara de Vereadores da cidade, em função a entrada em
pauta para segunda e última votação do Projeto de Lei de autoria do prefeito
Antônio Mares Pereira (PSB), conhecido na cidade como Tunico Doido, que a altera
a Lei em vigor, e reduz os salários dos professores em 100 % em seus
vencimentos, retirando o direito constitucional dos educadores em 60 % dos
professores de nível superior e em 40 % dos professores de nível médio.
Os professores que estão em
greve há mais de 15 dias, impediram no último dia 25 de abril a realização da
sessão ordinária da Câmara, quando ocuparam o prédio, sendo suspensa a realização
da sessão dos parlamentares, radicalizando com a tentativa da abertura de uma
mesa de negociação com o fechamento da BR 230 durante todo o dia da última segunda-feira
(28), na altura da entrada da cidade na ponte do Rio Pacajá que corta a Rodovia
Transamazônica.
Durante o bloqueio da rodovia
a Polícia Rodoviária Federal intermediou uma reunião com a Secretaria da Presidência
da República, e o prefeito Tunico Doido para evitar que a manifestação perdurasse,
informou que conversaria como os grevistas no último dia 30, mas infelizmente
novamente o prefeito não cumpriu novamente com sua palavra e titubou da reunião,
não comparecendo ao encontro.
O Sindicato dos Professores de
Pacajá (Sintepp/Pacajá), já impetraram na Justiça de Pacajá quatro ações contra
a administração municipal, mas, segundo sua coordenação, os processos dormem em
gavetas no Fórum há meses.
Causou estranheza dos professores, que o prefeito Tunico Doido deu entrada em ação contra os professores, para coibir o direito à
greve, por entenderem ser abusiva pelo gestor a forma de redução dos seus salários,
e a Justiça da Comarca de Pacajá, concedeu liminar, tornando irregular a greve
dos educadores e determinando o retorno às salas de aulas até o próximo dia 6,
com risco de se não houver o cumprimento da decisão, serem o sindicato obrigado
a pagar multa diária de R$ 5 mil até o cumprimento da determinação.
Revoltados com o cerco que se
formou contrários aos seus direitos, e sabendo que os 11 vereadores de Pacajá
serão os principais culpados pela aprovação, os mais de mil funcionários da educação
ocuparam o prédio da Câmara de Vereadores de Pacajá, desde as 6 h da manhã
desta sexta-feira, e permanecem no local até que a sessão seja prejudicada e
nova data para a votação do segundo turno do Projeto de Lei seja agendada.
O prefeito de Pacajá Tunico
Doido, solicitou ao Comando da Polícia Militar do Pará reforço de mais 100 PMs,
para garantir a realização da sessão, estando os militares na porta da Câmara tentando
retirar os manifestantes, mas se não houver a possibilidade da saída de forma ordeira,
a PM está orientada de realizar a retirada de qualquer forma, para a realização
da sessão da Câmara.
Podendo inclusive, haver
confrontos e o uso de força policial para a retirada dos professores, que de
forma pacífica estão lutado pelos seus direitos, é fato, que os moradores do
Pacajá, deram total apoio aos PMs no momento em que eles lutavam pelos seus salários,
e agora o governo do estado utiliza através do seu aliado o prefeito Tunico
Doido, dos militares para coibir o direito de greve e de manifestação pela luta
na manutenção dos seus salários.
Segundo os manifestantes, os professores
não vão aceitar a aprovação e a entrada em vigor desta famigerada Lei de
Arrocho Salarial, “ninguém quer que seja pago valores irregulares, mas uma lei
que já nos beneficia há décadas, não pode ser altera pelo “bel prazer” do prefeito,
só por entender que os professores não vão acompanhar o apoio político na
reeleição do atual governador do estado, isso sim, é considerado crime eleitoral
do prefeito, porque, quer nos obrigar a votar em um governo que é o espelho da
gestão incompetente em Pacajá”.
Os ânimos estão acirrados,
haja vista, a tentativa da PM de invadir a sede da Câmara, e o prefeito Tunico
Doido, ter contratado ainda “jagunços”, para se infiltrar na manifestação e
tentar depredar o patrimônio público da Câmara, com isso, dando opção à Polícia
Militar de invadir e retirar a força os professores de dentro da sede da Câmara.
Os professores, alunos e a população
da cidade exigem um posicionamento transparente dos vereadores do “lado” do prefeito
de Pacajá, a saber: Adalto Jatobá (PSC), Alacid Tabuleiro (PDT), Mirim (PDT),
Edson da Farmácia (PSDB), Miguel Noronha (PV) e Miguel Pedra (PPS), que estão
convencidos de votarem contra o povo, e a favor do prefeito, em função as “barganhas
e beneficias” que recebem do prefeito Tunico Doido.
Os professores agradecem e
parabenizam os vereadores: Antônio Marcos Oliveira Lima (Marcão) (PP), Devaldo
Soares Sousa (PT), Francisco Rodrigues dos Santos (Chico Direta) (DEM) e
Vereador Max Luydyh (DEM), que não se curvaram ao poder econômico e ao “canto
da sereia” do prefeito Tunico Doido, se posicionaram a favor da população e dos
educadores, por terem convicções que os professores prepararam-se por anos para
suas formações, e o poder público tem que reconhecer seus esforços e valorizar
seus servidores com salários dignos, bem como, estão evitando o confronto e a
invasão da PM para a retirada dos professores da plenária da deveria ser a “Casa
do Povo”.
Gostei da reportagem, esta sim, está sendo fiel aos acontecimentos.
ResponderExcluirTudo que está relado acima é a mais pura verdade.
ResponderExcluirÉ iss ai, Tomem conta da republica agora.
ResponderExcluirSo Assim eles não irão realizar a votação!
SÓ GOSTARIA DE LEMBRAR QUE NÃO FORAM QUATRO AÇÕES E SIM NOVE AÇÕES E O MINISTÉRIO PÚBLICO NADA FEZ ATÉ AGORA. HAJA VISTA QUE O PREFEITO TEM O TOTAL APOIO DE SEIS VEREADORES, MINISTÉRIO PÚBLICO, GOVERNO DO ESTADO, POLÍCIA MILITAR E UM GRUPO DE PISTOLEITROS, CONTRATADOS PELO PREFEITO PARA FAZER SUA SEGURANÇA E INTIMIDAR OS EDUCADORES E A POPULAÇÃO.
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