Raimundo Concursado (vice-presidente), Dr. Paulo Fonteles e o presidente do Sinsmut Miranda no momento do protocolo da Ação no Fórum de Tucuruí
WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
Na manhã desta
terça-feira (12), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Tucuruí
(Sinsmut), impetrou Ação Civil Pública com Pedido de Liminar, em desfavor
da Prefeitura Municipal de Tucuruí e do prefeito Sancler Ferreira, em função, as
diversas irregularidade apresentadas na criação do Instituto de Previdência e Assistência
dos Servidores de Tucuruí (Ipaset).
Na ação
assinada pelo advogado Paulo Fonteles, após a realização de Assembleia Geral realizada
com os funcionários públicos municipais, que por unanimidade aprovaram que o
Sinsmut acionasse a justiça, para repor seus direitos constitucionais, haja
vista, no último mês de março o prefeito Sancler Ferreira encaminhou a Câmara
de Vereadores, o Projeto de Lei que visou a criação do Instituto de Previdência
e Assistência dos Servidores de Tucuruí (Ipaset), sendo aprovado pelo poder
legislativo.
Com a criação
do Ipaset, os funcionários públicos municipais, deixaram de realizar seus
descontos junto ao INSS, sendo recolhidos para a gestão do Ipaset, mas até o
momento nenhuma prestação de contas ou mesmo um balanço financeiro foi
apresentado aos sócios, do montante dos valores recolhidos, e em qual conta
esta sendo depositados os valores descontados mensalmente dos rendimentos de
todos os funcionários efetivos, que segundo os diretores do Sinsmut, já chegam ao
valor de R$ 4 milhões, é fato, que até o momento o superintendente do Ipaset
nomeado pelo prefeito Sancler Ferreira, o seu chefe de gabinete Ronaldo
Voloski, não anunciou em quais investimentos serão utilizados os valores descontados
dos funcionários, haja vista, este dinheiro tem que ter uma destinação, que
garanta uma rentabilidade, para que futuramente os funcionários possam ter seus
direitos garantidos no caso de impossibilidade médica de trabalho e em suas aposentadorias.
É fato que em
2002, os funcionários tiveram um grande prejuízo com a extinção do Fundo de Previdência
de Tucuruí (Funprev), que arrecadou uma cifra milionária, e com sua extinção os
valores se perderam no tempo, e até hoje, ninguém foi responsabilizado, com o
sumiço dos recursos recolhidos dos funcionários para a garantia de suas
aposentadorias.
Os
funcionários públicos da Prefeitura de Tucuruí estão temerosos em novamente serem
alvos de novo engodo, e serem prejudicados com a criação de uma previdência
privada municipal que não esteja respaldada dentro dos rigores da lei, e que, futuramente
possam correr o risco de novamente serem lesados em seus direitos e nos valores
mensalmente descontados de seus salários, com vista, a garantir sua
sustentabilidade após serem aposentados.
Neste
sentido, o Sinsmut entidade de classe que defende os interesses dos
funcionários públicos municipais, depois de respaldados pela Assembleia Geral da
classe, que decidiu por unanimidade recorrer à justiça para a revogação da Lei
de Criação do Ipaset, e o retorno dos recolhimentos aos cofres do INSS, garantindo
assim, maior segurança para as suas aposentadorias, outro fator que causou
muitas discussões e não foi visto com “bons olhos” pelos funcionários, foi o
aumento da alíquota de desconto, que antes era de 8% para o INSS, passando para
11% para o Ipaset.
A Lei de
Criação do Ipaset foi feita na “marra”, sem se preocuparem com os funcionários
municipais, por exemplo, o estudo do cálculo atuarial, que garante
matematicamente a viabilidade futura dos recursos que garantam a manutenção dos
pagamentos das futuras aposentadorias, não foi apresentado, com isso, inviabilizando
a criação do Ipaset, em face de diversas irregularidades, os funcionários
públicos municipais através da diretoria do Sinsmut, requereram a justiça
através de Ação Civil Pública com pedido de liminar, para extinguir o Ipaset,
bem como, que durante este período que o instituto esteve funcionando, sejam
apresentadas as devidas prestações de contas dos recursos recolhidos dos
funcionários, bem como, onde foram parar os quase R$ 4 milhões já recolhidos.
O presidente do
Sinsmut Miranda e o vice-presidente Raimundo Concursado, estão convictos do
atendimento ao pedido do Sindicato, para que seja feita justiça e os
funcionários públicos não sofram prejuízos maiores em suas aposentadorias futuras.
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