segunda-feira, 15 de julho de 2013

Policiais Militares de Goianésia do Pará estão sem viatura para policiamento



A caminhonete alugada pela prefeitura de Goianésia do Pará para a Polícia Militar empurrar pelas ruas da cidade 
 Eu vejo a segurança esta excelente 
Entrega dos veículos pelo governador Simão Jatene em 2011 locados da Delta Construções

Enquanto isso, em outro Pará da mídia de televisão, governador Simão Jatene pagou R$ 10 milhões de locação de veículos à empresa de Cachoeira em 2013
WELLINGTON HUGLES
De Goianésia do Pará
Foto: Wellington Hugles
No ano de 2011, o governador paraense Simão Jatene esteve no município de Tucuruí no dia 23 de setembro, e entre outras ações, realizou a entrega de 21 viaturas para o IML, Polícia Civil e Polícia Militar dos municípios de Tucuruí, Jacundá, Tailândia, Novo Repartimento, Goianésia do Pará, Breu Branco e Pacajá.
O Policiamento Militar de Goianésia do Pará recebeu uma viatura, que foi entregue por Jatene, naquela ocasião, sendo um veículo de locação pertencente à empresa Delta Construções.
Sem policiamento – O município de Goianésia do Pará, cortado pela PA 150, transformada em Rodovia Municipal Paulo Fonteles, distante da capital Belém, cerca de 320 km, com uma população estimada em 2012 de 35.299 habitantes em uma área de mais de 7 mil  km², esta passando por uma crise na segurança pública de seus munícipes, já passa de três meses, a falta de viatura para a Polícia Militar de Goianésia do Pará, que precariamente está trabalhando com um veículo disponibilizado pela Prefeitura local, para a realização de rondas e os serviços de policiamento em toda a cidade, é fato, que a prefeitura contribuiu, mas, há dois meses os policiais militares estão passando situações vexaminosas pelas ruas da cidade, tendo que empurrar a caminhonete quase que diariamente, haja vista, não mais possuir motor de arranque e estar em péssimas condições de uso, e para piorar, desde o último sábado (13), a cidade esta entregue a ação dos meliantes, pois se encontra sem policiamento rondante, haja vista, que a única caminhonete cedida pela prefeitura, e que só rodava empurrada, agora ficou totalmente enguiçada.
A população já estava acostumada com a caminhonete ficar no prego nas ruas da cidade, e inclusive, ajudavam os policias a empurra o carro, que só ficava estacionado em locais com caída para que pudesse acionar o motor, quando por sorte funcionava.
Denuncias dão conta, que a caminhonete L 200 de placas JUG 5122, oriundo do município de Tailândia, é locada pela prefeitura de um “apadrinhado” do prefeito, e que sua fatura de aluguel mensal é bem “pomposa”, mas, que não esta em condições de uso, por ser do ano de 2003, e não vem passando sequer por uma manutenção mínima, colocando em risco de vida os militares e a população nas ruas de Goianésia.
A população denúncia ainda, que a situação de descaso esta generalizando o índice de assaltos e diversas outras ações criminosas na cidade, a dona de Casa Silvia Lopes, 41 anos, destes, 20 anos moradora de Goianésia, procurou a polícia militar para ser atendida após um assalto, mas, recebeu a informação de que não teria viatura para atender ao chamado, o serviço 190 apenas recebe as reclamações, ficando impossibilitado de atender ao apelo do povo por falta de estrutura e viaturas.
Neste final de semana, diversas denuncias foram feitas a Polícia Militar de Goianésia do Pará, mas, nada pode ser feito sem o transporte, inclusive, neste domingo (14), houve a denuncia de uma pessoa estar sofrendo cárcere privado e outra ação criminosa de tentativa de homicídio, ficando sem atenção da PM que se encontra impossibilitada de atendê-las.
Segundo informações, os policiais militares fazem de todo o possível para dar à garantia a segurança aos moradores, rondas de pés foram instituídas e até os próprios veículos particulares dos militares são utilizados para atender os casos mais graves.
A maior preocupação da população seria uma ação de assaltantes de bancos, segundo Lourival Furtado, 58 anos, comerciante, morador da área central, esclarece “fico imaginando se os bandidos chegassem aqui para roubar nossos bancos, como a polícia iria agir, sem poder sair do quartel, por falta de viatura, isso é uma vergonha, ainda vem o prefeito “Russo” dar uma de “bonzinho” e alugar uma sucata pelo “peso de ouro” para que os policiais passem vexame aqui nas ruas”, cansei de ver nestes meses os policias com os presos na caçamba da caminhonete ter que empurrar o veículo até a delegacia por não estar funcionando. “Onde estar o governador que não faz nada pela nossa população”, desabafou indignado o morador.
O interessante é que Jatene elegeu-se governador fazendo duras críticas a um contrato celebrado no governo anterior entre a empresa Delta e a Secretaria de Segurança no arrendamento de 450 carros para a Polícia Militar, ao custo de R$ 20 milhões.  
Na campanha eleitoral, o governador prometeu aos eleitores que iria cancelar o contrato porque este seria ilegal. Eleito, porém, mal tomou posse no cargo e, além de não cancelar o contrato, decidiu ampliá-lo por intermédio de termo aditivo, beneficiando a Delta com mais R$ 17 milhões.      
O Ministério Público Estadual (MPE) e o Ministério Público Militar abriram procedimento investigatório para apurar possível fraude no novo contrato. Enquanto não sai o resultado da investigação, a Delta continua recebendo milhões do governo, como provam liberações de R$ 5,7 milhões, por serviços realizados no primeiro semestre de 2013, que aparecem no portal Transparência Pará.     
A empresa de Cachoeira também já pôs as mãos em outros R$ 3,5 milhões, ainda em 2013, mas referentes a exercícios anteriores. O portal revela também a existência de uma nota de empenho, no valor de R$ 1 milhão, ainda não paga, com data de 2 de julho, para cair na conta da Delta.    
O total de liberações, como se pode ver, somente nesse ano, já alcança R$ 10,2 milhões. Em 2012, a Delta foi considerada inidônea pela Controladoria Geral da União (CGU) e também proibida de celebrar contratos com órgãos públicos da esfera federal. Isto deveria ser válido também para o governo estadual, pelo menos moralmente, embora o fato não tenha a menor importância para o governo tucano.     
É desconhecido, nesse sentido, qualquer pedido de explicação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), órgão cuja obrigação é zelar pela boa aplicação do dinheiro recolhido na forma de impostos pelos contribuintes.
Em contato com o comandante do CPR IV Coronel Barata, ao tomar conhecimento da situação da falta de viatura em Goianésia do Pará, esclareceu que estaria entrando em contato com o comandante de Goianésia do Pará, para tentar adequar-se com uma solução imediata e paliativa, mas, confirmou que a região esta com precariedades de viaturas para a Polícia Militar, informou que vai solicitar informações em caráter de urgência ao Comando Geral da Polícia Militar do Pará, e averiguar qual o prazo que serão disponibilizados os novos veículos para a região, “sabemos das precariedades do sistema, em função a burocracia, mas, infelizmente os veículos são de vital importância para a garantia da segurança da população, e só são disponibilizados através do Comando Geral”.

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