WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Fotos: Wellington Hugles
Na noite do último sábado (6),
por volta das 21 h, a Polícia Militar foi acionada para atender ao chamado do sumiço
de uma criança de 3 anos de idade, o Cabo Nicodemos e o Soldado Sidney, convocaram
todos os moradores vizinhos ao local onde encontrava-se o barco do casal Maria
da Conceição Souza Lima e o padrasto Edinaldo Meireles, para fazerem uma corrente
para encontra a menor.
Segundo informações prestadas
pela mãe Maria da Conceição, o casal juntamente com a filha Marcela de três anos,
chegaram a Tucuruí na manhã deste sábado, dirigindo-se para uma Ilha no Lago da
Hidrelétrica de Tucuruí, em visita a familiares e aproveitaram para torrar uma
farinha.
Oriundos da Vila Pirateua na
cidade de Moju, a família já teria vindo da ilha no final da tarde do sábado, e
resolveram tomar umas cervejas no conhecido Bar do Bigode no porto do Km 11, o local
e formado por dezenas de estruturas de casas flutuantes, o padrasto encostou
sua embarcação na lateral do bar, e por volta das 19:30 h, a criança de apenas três
anos, reclamou da sonolência, e pediu a sua mãe para dormir, a mãe mandou que
ela fosse para o barco e deitasse.
Acreditasse que ao tentar entrar
na embarcação a criança caiu nas águas turvas do lago de Tucuruí, sem atenção necessária
e uma pessoa próxima para lhe garantir socorro a criança gritou e debateu-se
por muito tempo, mas, como o som das musicas do bar estava em volume alto, ninguém
escutou ao apelo da criança.
Passado o período de uma hora,
a mãe sentiu falta da criança, e se desesperou ao procurar a menor no barco e
não encontrá-la.
Foi quando, populares acionaram
a polícia que solicitou aos vizinhos que fizessem uma varredura no perímetro, acionando
em seguida a guarnição do Corpo de Bombeiros Militar.
O cabo Nicodemos, preocupado com
a demora do socorro, solicitou a alguns populares que são acostumados a pescaria
de arpão na região, a realizarem as primeiras buscas próximo ao barco da família,
sendo encontrada a sandália da criança boiando próximo ao bar, um pescador mergulhou
por várias vezes e se deparou com a criança já morta no fundo do lago, trazendo-a
para a superfície.
Passado mais de uma hora, a equipe
do Corpo de Bombeiros chegou ao local, mas, nada mais podia ser feito para o
socorro da criança que já estava há muito tempo sem vida.
O IML foi acionado e o corpo
da criança Marcela da Silva Lima passou por necropsia e entregue na manhã do domingo
(7) para os funerais pelos familiares.
Infelizmente, o ditado popular
foi certo nesta ocorrência, “álcool e direção não se misturam”, neste caso, mesmo
sendo o comando de um barco, o álcool não poderia estar fazendo parte da viagem,
o resultado foi por falta de atenção a uma menor, que tinha toda uma vida pela
frente, e, morreu de forma triste, tudo devido a uma parada em um bar para o consumo
de bebidas alcoólicas.
Neste episódio lamentável,
o incidente ocorrido não reputa a ninguém a culpa ou punição, mas, só a perda
de um ente querido da família, já é a maior punição que um ser humano pode sofrer, e ter que lembrar para o restante de suas vidas.
Neste caso deveria ocorrer sim a apuração do crime de Abandono de Incapaz, art 133 do Código Penal. Os pais devem responder inquérito policial e ação penal pois ambos tinham o dever de zelar pela criança.
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