quinta-feira, 18 de julho de 2013

Blocos denunciam ao MP sumiço de mil abadás do Carnaré


Momento da reunião entre os dirigentes de blocos e a Promotora de Justiça Ely Soraia Silva Cezar, onde na oportunidade foram realizadas diversas denúncias de malversação dos recursos do Carnaré, e o sumiço de 1.000 abadás equivalente ao valor de R$ 40 mil

Jean Guedes Ribeiro que responde pela diretoria do Departamento de Cultura terá até o dia 24 para prestar contas dos recursos do Carnaré e dizer onde foram parar os 1.000 abadás ou os R$ 40 mil


Planilha de custo apresentada por Jean Guedes 





Segundo cálculo feito pelos blocos, comparando aos anos anteriores, observa-se quase 10 mil brincantes com abadás


Observe acima os descalabros feitos por Jean Guedes com o dinheiro público, além de provar que comprou 9.500 abadás e só prestou contas de 8.500, e agora Jean?

WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Fotos: Wellington Hugles
No final da manhã desta quarta-feira (17), após uma tumultuada reunião entre os 16 blocos de micareta de Tucuruí com o presidente da Liga de Blocos de Tucuruí – Liblotuc, que apresentou a prestação de contas formalizada pelo diretor de cultura da prefeitura de Tucuruí Jean Guedes Ribeiro, que apresentou uma arrecadação de R$ 435.710,00 e despesas de R$ 361.282,41, sobrando para os blocos pelas vendas dos abadás que foi centralizado pelo diretor Jean Guedes, apenas o valor de R$ 5.438,24, totalmente contrário ao que foi contratado que cada bloco receberia metade do valor do abadá vendido por R$ 40,00, ou seja, cada bloco teria que receber dos 6.203 abadás comercializados o valor de R$ 7.297,65. Por estas irregularidades os presidentes de blocos procuraram o Ministério Público para denunciar que houve malversação dos recursos arrecadados no Carnaré pelo diretor de cultura da PMT Jean Guedes Ribeiro, além do sumiço de mil abadás, que se vendidos, dariam um lucro de R$ 40 mil.
É fato, que no último dia 11, uma comissão de entidades de classe, denunciou a possível “lavagem de dinheiro” e a “malversação” dos recursos pelos organizadores do evento, concretizando a denúncia realizada junto a Promotora de Justiça Ely Soraia Silva Cezar após a apresentação da planilha de custos no término do evento.
Entenda o caso: Após a divulgação do imbróglio entre blocos e prefeitura, o diretor de cultura Jean Guedes recuou e abriu a guarda aos 16 blocos, que foram as ruas para o Carnaré, haja vista, um dos blocos esta punido.
Acordo – Em reunião realizada pela Liblotuc, o diretor de cultura Jean Guedes e os dirigentes de Blocos ficaram definidos e aprovados, que, cada abadá que foi custeado pelos recursos públicos dos cofres da prefeitura de Tucuruí pelo custou R$ 3,30 cada um, seriam vendidos por R$ 40,00 pela Liblotuc totalizando R$ 320 mil, deste valor a Liblotuc receberia R$ 20,00 de cada abadá vendido, das mãos do diretor de cultura Jean Ribeiro, totalizando o valor de R$ 160 mil para dividir aos 16 blocos, cabendo a cada um R$ 7.500,00, os outros R$ 160 mil seria para custear o evento.
MP – Após denuncias de entidades de classe de Tucuruí, Jean Guedes Ribeiro diretor de Cultura da Prefeitura foi acionado para esclarecer as inúmeras diferenças nas planilhas de custo, sendo acompanhado pelo presidente da Liblotuc.
Na audiência, os dirigentes ficaram responsáveis de prestar contas de todos os recursos do Carnaré até o dia 24, com pena de desobediência a autoridade.
Um dos questionamentos não esclarecidos foi os patrocinadores que vieram com suas logomarcas nos abadás, cinco foram às empresas patrocinadoras dos abadás, que com a entrega da planilha de custos por Jean Guedes, ficou esclarecido que só de patrocínio foram arrecadados R$ 38.900,00.
Planilha – Os dirigentes de blocos denunciam que houve “maracutaia” por parte de Jean Guedes Ribeiro, que centralizou a venda dos abadás com ele, e realizaram diversas ‘lambanças’, das piores possíveis, em sua prestação de contas, Jean demostrou que recebeu 8.500 abadás, mas em contato com o fornecedor, ele informou que a nota fiscal foi no total de 9.500 abadás, e posteriormente foram feitos mais 4 mil abadás sem fatura.
E na prestação de contas Jean esclarece que vendeu apenas 6.203 abadas e não esclarece o quanto foram doados e quantos sobraram só totalizou 2.297. Denuncias dão conta que, só para o prefeito Sancler Ferreira distribuir aos seus amigos, Jean Guedes repassou 1.000 abadás.
Os dirigentes de blocos afirmam que no evento a ‘olho nu’, se observa que tinham quase 10 mil brincantes com abadás, e estão suspeitando que houvesse “venda clandestina de abadas”, haja vista, os blocos confiaram em centralizar a venda através de Jean Guedes e esqueceu-se de fiscalizar o dia-a-dia de vendas e o controle, inclusive, apenas uma loja vendeu abadás em cartão de credito, e até agora nada disso apareceu as claras na prestação de contas, bem como a oscilação de vendas de abadás por preços de até R$ 10,00.
Ainda na contra mão da legalidade, Jean, rasgou a planilha feita por ele mesmo, dos custos do evento, e fez um prestação de contas totalmente contrária ao que tinha sido aprovado, com isso, verificamos que recursos foram utilizados de forma irregular, inclusive, ninguém sabe explicar o porquê que ele adquiriu 10 colchões para a PM e pagou ainda o cantor da Festa Santa (Robertinho do Pará) pelo valor de R$ 3 mil, agora por que os blocos tem que custear um evento que tem verba especifica de patrocínio da prefeitura aos evangélicos.
Uma coisa e certa, na planilha de Jean Guedes ele deu uma grande “vacilada”, haja vista, “o esperto sempre se atrapalha”, colocando a confecção de 9.500 abadás, mas, na prestação de contas ele só declara 8.500, ou seja, sumiram 1.000 abadás e onde foram parar os R$ 40 mil em dinheiro?
Os blocos aguardam uma decisão da Promotora de Justiça Ely Soraia Silva Cezar, que tome às providências cabíveis, e que denunciem este grupo de pessoas que se locupletaram dos recursos que vieram dos cofres da prefeitura e da população através da compra dos abadás, a justiça, e que seja cobrado o esclarecimento onde foram parar os 1.000 abadás ou os R$ 40 mil. Com a palavra o Ministério Público do Pará.
Diversas tentativas de localizar o diretor de cultura foram feitas, mas, informações dão conta que ele estava acompanhando a Banda Lamazon que é de sua propriedade em turnê pelo estado do Tocantins.

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