WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Fotos: Wellington Hugles
Na manhã desta quarta-feira
(17), cerca de 30 funcionários efetivos que trabalham no Hospital Regional de Tucuruí,
no sudeste paraense, cruzaram os braços e provocou uma reunião com a diretora
da instituição enfermeira Diana Helen dos Santos Silva, na pauta a determinação
da Sespa, em reduzir os custos operacionais com os funcionários do HRT,
realizando cortes nos salários e principalmente nos plantões dos: enfermeiros,
técnicos em enfermagem, auxiliares administrativos e de laboratório,
assistentes sociais, bioquímicos e demais funcionários do quadro de apoio.
Os funcionários revoltosos com
a medida, ocuparam a ante-sala da direção do hospital desde a as 8 h da manhã,
e só por volta das 10 h, foram informados que a diretora estava ausente do
município em viagem de trabalho a capital. A comissão foi recebida pela
diretora técnica do HRT Fabiane Gonçalves, que só chegou a reunião as 11 h.
Durante a reunião os presentes
questionaram a medida da Sespa, que só viria a prejudicar o funcionamento do
hospital, que já atravessa diversas dificuldades tanto operacional como de material,
haja vista, os quase R$ 500 mil mês que seriam direcionados para a compra de medicamentos,
equipamentos e melhorias no hospital, estão sendo destinados quase que 95%
destes recursos para pagamentos de funcionários contratados, tanto operacionais
como médicos, inclusive, até um advogado foi contratado e recebe através dos
recursos que seria para dar maior assistência à população.
A representante da direção
Fabiane, limitou-se a receber as reivindicações dos funcionários, e encaminhará
a diretora enfermeira Diana Helen, mas, de pronto, orientou que os funcionários
que estão se sentindo lesados em seus direitos, fizesse um abaixo-assinado com
seus pleitos que será levado a direção da Sespa, para que sejam esclarecidos ponto-a-ponto
para os requerentes.
A comissão de funcionários
efetivos denunciou ainda, que o pagamento referente ao mês de maio, todos os funcionários
foram “lesados” em seus proventos, haja vista, trambalharam em seus plantões e
a Sespa, reteve todos os valores de plantões, colocado o funcionário em
situações delicadas, pós contava com o recebimento do suor do rosto que trabalharam
dentro do HRT.
Agora outra medida que está
causando pânico entre os funcionários, foi através do documento encaminhado
pela Sespa, que determina a direção do HRT, que reduza a folha de pagamento em
125%, com isso acabando com as poucas vantagens que hoje tem o funcionário,
principalmente de receber um pouco mais com a prestação de serviços nos
plantões extras.
Para os funcionários isso e
uma forma que a Sespa encontrou para diminuir os gastos com os funcionários,
haja vista, hoje 70% dos trabalhadores da saúde do regional são concursados, e
com isso, forcar muitas transferências, bem como, com a redução dos custos com os
funcionários, abre-se a porta para a implantação de administração através de Organizações
Sociais, modelo adotado pelo governador Simão Jatene em diversos outros
hospitais do estado.
Com a privatização do HRT um
dos sonhos do governador Simão Jatene desde 2011, que já custou à demissão de diversos
diretores do HRT, através da movimentação popular, que não aceita este forma de
administração, com isso, a população será a mais prejudicada, hoje o Regional
atende a saúde básica da população dos sete municípios do entorno do lago, além
de pacientes vindo de Tailândia e até Salinas em função a implantação de OS
naqueles locais, que fechou as portas do hospital ao povo.
Sabemos que é obrigação dos municípios
o atendimento a saúde básica, mas no Regional de Tucuruí esta servindo como “a
tabua de salvação dos prefeitos”, ainda com um agravante já vai para três anos
a inserção da maternidade municipal de Tucuruí funcionando e onerando o HRT.
Tudo através de acordo do prefeito Sancler Ferreira (PPS) com o secretário de
Saúde do Pará Hélio Franco correligionário do PPS.
Com a implantação de uma
administração através de OS, o hospital vai ao colapso, como ocorrido em Tailândia,
sendo esta a maior preocupação dos funcionários.
Segundo uma enfermeira que participou
da reunião, mas não quis se identificar para não sofrer retaliações, esclareceu,
“esta medida da Sespa, só alcança os funcionários que recebem salários menores,
os médicos não serão afetados, que recebem uma média de R$ 20 a R$ 40 mil, não
sendo cortado deles nenhum plantão ou benéfico, como exemplo, um funcionário
trabalha 30 dias para receber seu salário e ainda com os cortes de plantões e um
médico basta fazer um plantão que seu salário e depositado no valor total na sua
conta”.
Sem dizer que têm médicos que foram embora de Tucuruí porquê era muito melhor trabalhar e morar em outras cidades e trabalhar só uma semana em Tucuruí e continuar ganhando o mesmo que ganhavam trabalhando o mês inteiro. É assim que funciona a Saúde Estadual na nossa cidade!
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