WELLINGTON
HUGLES
De
Pacajá
Fotos:
James Araújo
Por
volta das 18 horas desta quarta-feira 24, após o retorno da comissão
representante do Movimento Regional em Defesa das Compensações Socioambientais
dos Municípios impactados pelas obras da Usina Hidrelétrica de Tucuruí e de
Belo Monte, que estiveram em Altamira, participando de uma reunião com diversas
autoridades para tratar o atendimento da pauta de reivindicações.
Após
uma longa negociação com os representantes de diversos órgãos governamentais,
nenhum encaminhamento foi direcionado, com isso, a comissão retornou para o
município de Pacajá, sendo recepcionados por diversos manifestantes, que
descontentes com o resultado da reunião resolveram fechar novamente no início
da noite desta quarta-feira 24, a Rodovia Federal Transamazônica.
Segundo
um dos coordenadores do Movimento, Ismael Siqueira, informou que atenderam ao
chamado do governo, indo até Altamira, mais agora, só sairemos daqui e
liberaremos a rodovia, após o governo vir reunir conosco e trazer resultados da
nossa pauta de reivindicações aqui em Pacajá, “queremos que nosso povo seja
assistido e não podemos deixar as obras acontecerem, porque, nos sabemos que
após a obra concluída quem fica sofrendo com os impactos e a população”.
Novamente,
os manifestantes fecharam a BR com troncos de árvores e atearam fogo em pneus,
fechando a rodovia com faixas do movimento.
A
ponte de acesso a zona urbana na cidade de Pacajá foi fechada, ficando a cidade
sitiada, ao longo da rodovia esta sendo formada uma fila imensa de carros que
usam a Transamazônica para o acesso a região.
Dentre
a pauta de reivindicações que envolve diversos órgãos do governo federal e
estadual, estão à prioridade para o início das obras do PAC como o derrocamento
do Pedral do Lourenção e de dragagem do Rio Tocantins, para garantir a
navegabilidade do Tocantins, no período de estiagem das chuvas, com isso,
garantindo a transposição das Eclusas de Tucuruí durante todo o ano. A
suspensão das obras do Linhão do Xingu que corta o município de Pacajá,
destruindo as áreas das APPs (Área de Preservação Permanente), levando energia
a Manaus, mas, deixando para trás estragos irrecuperáveis ao meio ambiente,
inclusive, deixando a cidade e a região sem energia de qualidade. O movimento
exige ainda a eletrificação dos assentamentos da região, e apoio aos colonos
através dos programas do governo federal, haja vista, o Incra ter locado os sem
terras e abandonados a própria sorte, sem nenhum atenção a suas manutenções
através de programas de sustentabilidade.
A Polícia Militar do Pará com seu comando em Pacajá através do capitão
Juniel, esta acompanhando de perto a manifestação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário