WELLINGTON
HUGLES
De
Pacajá
Fotos:
James Araújo
Desde
as 5 h da manhã desta terça-feira 23, dezenas de trabalhadores rurais
coordenados pelo Movimento Regional em Defesa das Compensações Socioambientais
dos Municípios impactados pelas obras da Usina Hidrelétrica de Tucuruí e de
Belo Monte.
Os
manifestantes fecharam com troncos de árvores e atearam fogo em pneus, na
cabeceira da na ponte de acesso ao município de Pacajá impossibilitando o
trafego de veículos pela Rodovia Transamazônica.
Na
pauta de reivindicações está à prioridade para o início das obras do PAC como
o derrocamento do Pedral do Lourenção e de dragagem do Rio Tocantins, para
garantir a navegabilidade do Tocantins, no período de estiagem das chuvas, com
isso, garantindo a transposição das Eclusas de Tucuruí durante todo o ano. Também
e questionado as obras do Linhão do Xingu que corta o município de Pacajá,
destruindo as áreas das APPs (Área de Preservação Permanente), levando energia
a Manaus, mas, deixando para trás estragos irrecuperáveis ao meio ambiente,
inclusive, deixando a cidade sem energia de qualidade.
Na
pauta, os manifestantes exigem ainda, a eletrificação dos assentamentos da
região, e apoio aos colonos através dos programas do governo federal, haja
vista, o Incra ter locado os sem terras e abandonados a própria sorte, sem
nenhum atenção a suas manutenções através de programas de sustentabilidade.
Os
coordenadores do Movimento Regional em Defesa das Compensações Socioambientais
dos Municípios impactados pelas obras da Usina Hidrelétrica de Tucuruí e de
Belo Monte, com o fechamento da Transamazônica solicitaram a presença das
autoridades responsáveis em viabilizar a pauta de reivindicações dos
manifestantes, esclarecendo que a rodovia, só seria liberada após a presença
das autoridades em Pacajá, e o início de uma reunião para encaminhar os
pleitos.
A
Polícia Rodoviária Federal, juntamente com a Polícia Militar do Pará através de
seu comando em Pacajá Capitão Juniel, acompanharam de perto a manifestação,
para que não houvesse excesso e nem conflitos entre os manifestantes e as
pessoas que estavam impedidas de continuar suas viagens em função do fechamento
da Transamazônica.
O
Defensor Público do município de Pacajá esteve presente no local, para tentar
intermediar a pauta de negociação do movimento, mas, os manifestantes estavam irredutíveis,
no sentido de só sentar com as autoridades federais que tenham poder de
decisão.
Por
volta das 10 h, o comando da Polícia Militar de Pacajá, através da mediação que
estava sendo feita pelo comandante Coronel Barata do IV Comando do Policiamento
Regional, informou ao coordenador do Movimento, Ismael Siqueira, que já havia
se formado em Altamira uma comissão formada pelos representantes do Ministério
Público Federal, Ministério do Planejamento, Ministério Público do Pará, Ibama,
Incra e Eletronorte, para atenderem uma comissão de manifestantes e receberem a
pauta de reivindicação do movimento e encaminhar para os órgãos competentes para
os estudos no atendimento.
As
11 h, o tráfego na rodovia Transamazônica foi liberado, e uma comissão do Movimento
Regional em Defesa das Compensações Socioambientais dos Municípios impactados
pelas obras da Usina Hidrelétrica de Tucuruí e de Belo Monte, foram levados
para a cidade de Altamira onde será recebida pelas autoridades, com a aberta a
mesa de negociação com a análise da pauta de reivindicações.
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