Fotos: Wellington Hugles
Vereadores: Florival, Deley e Cantão eleitos pelo PPS em 2012
Dirigentes do PPS votam para aprovar fusão com PMN, durante reunião da Executiva Nacional (Foto: Robson Gonçalves/Divulgação PPS)
PPS aprova fusão com PMN: Juntos,
partidos terão ao menos 14 deputados, mais verba e tempo de TV. Segundo PPS,
partidos tentarão registrar fusão em até uma semana.
O Diretório Nacional do Partido Popular
Socialista (PPS) aprovou neste sábado (13) a fusão com o Partido da Mobilização
Nacional (PMN). A união entre as duas legendas é negociada há alguns meses e
foi aceita em votação por 83 dos 87 dirigentes nacionais do PPS. Para se
efetivar, no entanto, ainda precisa de aval do próprio PMN e de registro
oficial no Tribunal Superior Eleitoral.
Confirmada a fusão, o novo partido terá
14 deputados federais (11 do PPS mais 3 do PMN).
Mas esse número poderá aumentar, já que
deverá ser aberta uma "janela" de um mês para possibilitar a outros
parlamentares migrarem para a nova sigla sem perderem seus mandatos. A
expectativa é compor uma bancada com pelo menos 20 deputados federais.
Quem estiver incomodado no governo, pode
buscar caminhos na oposição" Roberto Freire, presidente do PPS.
Com isso, o novo partido somaria ou até
aumentaria a fatia de recursos públicos do Fundo Partidário, além de maior
tempo de TV e rádio, ativos importantes para lançar candidaturas próprias ou
negociar alianças eleitorais.
Com a aprovação, o PPS já marcou um
congresso extraordinário para a próxima quarta-feira (17) com dirigentes do PMN
para confirmar a fusão. Se nenhuma surpresa ocorrer, as siglas pretendem
oficializar a união no mesmo dia ou até o fim da semana junto à Justiça
Eleitoral.
Durante as discussões neste sábado, o
presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disse que o partido
também está aberto para receber membros de outras siglas.
"Quem estiver incomodado no
governo, pode buscar caminhos na oposição também. Mesmo alguns que migraram
para o governo, podem estar desiludidos. Até alguns do PPS que foram para o PSD
podem voltar, por que não?".
A rapidez para a fusão ocorre por conta
do risco de aprovação de projeto de lei em tramitação da Câmara que impediria
às novas siglas obter fatia maior do Fundo Partidário e do tempo de TV com a
migração de parlamentares no meio do mandato, a exemplo do que ocorreu com o
novato PSD.
Se aprovada, a lei preservaria verbas e
minutos de propaganda eleitoral dos atuais partidos, deixando os novos
proporcionalmente com menos. A proposta tem apoio de partidos da base
governista, que teme a formação de legendas de oposição competitivas nas
eleições de 2014.
Freire criticou o que chamou de
"golpismo e casuísmo" do governo ao tentar aprovar a proposta.
"Numa mesma legislatura, vale uma regra aprovada pelo TSE para um partido
[PSD]. Essa regra não vale para o restante? Você adotou uma regra para
beneficiar o governo, com o PSD, e agora muda quando é para a oposição? Em
reação contra esse golpismo e esse casuísmo, PPS e PMN decidiram fazer a
fusão", afirmou.
Oposição - De oposição ao governo, o PPS
se reuniu nesta semana para discutir o cenário da disputa presidencial do ano
que vem. Na quinta (11), o partido recebeu o senador Aécio Neves (MG), que
trabalha para se tornar o candidato do PSDB à Presidência. No evento, o tucano
foi prestigiado pelos dirigentes, posou para fotos e discursou com críticas ao
governo Dilma.
Na sexta (12), foi à vez do
ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) aparecer na conferência, onde
também recebeu cumprimentos e discursou. Na fala, o tucano reforçou a
necessidade de a oposição "unir forças" para enfrentar Dilma Rousseff
em 2014.
Em entrevista, Serra disse achar
"melhor" que mais de um candidato de oposição enfrente a presidente.
Questionado se poderia migrar para o PPS para se candidatar novamente à
Presidência, o tucano não descartou a possibilidade.
Freire disse que é desejo do PPS receber
Serra, mas disse que o tucano não respondeu sobre o convite, tampouco sobre
eventual candidatura à Presidência. Tanto PPS quanto PMN apoiaram Serra na
disputa de 2010, quando perdeu para Dilma. Do G1, em Brasília
Tucuruí - A Câmara Municipal de Tucuruí, que tem como presidente o vereador Florival Nunes (PPS), com a fusão dos partidos PPS e PMN poderá ter nova composição em suas bancadas, podendo inclusive alterar a composição da mesa diretora da casa de leis, que passa por disputa jurídica, de um lado Deley Santos e do outro Florival Nunes ambos do PPS.
O importante desta fusão, e que os vereadores poderão optar pela mudança partidária, sem com isso, os partidos exijam a perda de seus mandatos.
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