WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
Desde as 6 h da manhã desta
segunda-feira (17), mais de 800 pessoas ligadas aos Sindicatos dos
Trabalhadores Rurais vindos dos sete municípios do entorno do lago de Tucuruí juntamente
com o Movimento dos Atingidos por Barragem – MAB e com o reforço dos servidores
do Hospital Regional de Tucuruí que já estão a quatro dias de greve, fecharam a
BR 422 na altura do km 7, entre o centro de Tucuruí e a Vila Permanente, com isso,
inviabilizando o tráfego de veículos, causando um engarrafamento imenso, a rodovia
liga Tucuruí para o restante do estado.
Os manifestantes exigem o atendimento
imediato de medidas que solucionem as carências da região, que ao longo de décadas
foram deixadas para segundo plano, como: cumprimento das condicionantes dos impactos
com a construção da barragem do Rio Tocantins, programas de fomentação do setor
produtivo, assim como, maiores investimentos e manutenção nos assentamentos
criados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra, continuação
da eletrificação rural e o início de mediadas que possam levar energia para as
1.600 ilhas do lago de Tucuruí, liberação de recursos para o início do asfaltamento
da rodovia BR 422 entre Tucuruí e Novo Repartimento, assim como da rodovia Transamazônica,
início de fato e de direito do derrocamento dos Pedrais do Lourenço, com isso,
viabilizando a navegação pelas eclusas de Tucuruí, além de diversos outras demandas
trazidas pelos representantes dos municípios de Breu Branco, Novo Repartimento,
Anapu, Pacajá, Mocajuba, Baião, Cametá, Goianésia do Pará, Itupiranga, Nova
Ipixuna e Jacundá.
Os manifestantes aguardam um posicionamento
dos governos estadual e federal, bem como da empresa estatal Eletronorte que administra
a usina, para abrir um canal de negociação e o atendimento imediato destas demandas.
Para o coordenador do MAB,
Roquevan Alves, “desta vez vamos solucionar de uma vez estas pendências, que ao
longo de 20 estão sendo empurrada com a barriga”, a liderança afirma que só será
desobstruída a rodovia se houver o atendimento de todas as pautas trazidas dos movimentos
municipais.
Os servidores do Hospital Regional
de Tucuruí, em greve há quatro dias, engrossam a barricada que bloqueou desde
as 6 da manhã a rodovia, Paulo Gonçalves, esclareceu que a participação dos servidores
e para forçar que o governo através da Sespa, cumpra com os pagamentos dos
atrasados das GDI dos funcionários, bem como que faça a repactuação dos valores
enviados pelos municípios do entorno do lago, com isso, melhorando o atendimento
dos pacientes no HRT, também exigem a saída imediata da Maternidade Municipal
da Prefeitura de Tucuruí, que provisoriamente ficaria em uma ala do HRT pelo período
de 90 dias, mas já se passou 3 anos e em função ao “alinhamento político” entre
prefeito e governador, a maternidade encontra-se tutelada dentro do HRT com recursos
do estado.
Centenas de carros estão
parados em ambas as vias, formando um imenso engarrafamento, os moradores da
Vila Permanente, são os mais prejudicados, em função a impossibilidade do direito
de ir e vir, mais compreendem que a causa e justa, para o morador Paulo Robson
Lima, infelizmente o governo e parecido feijão, “só atende as carências da população
na pressão”.
Uma parte dos profissionais
liberais, que necessitam usar a rodovia federal diariamente para cumprirem suas
agendas de trabalho, já está se organizando, e nas próximas horas estarão impetrando
na justiça com uma ação, com pedido de liminar para que a rodovia seja
liberada.
Até o fechamento desta edição nenhuma
autoridade entrou em contato com os manifestantes para o atendimento das reivindicações.
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