WELLINGTON HUGLES
De Breu Branco
Foto: Wellington Hugles
Os professores da rede municipal
de ensino de Breu Branco, em greve desde dezembro do ano passado, com o apoio
dos pais de alunos, interditaram por quase 10h a rodovia PA 263 na saída para
Tucuruí próximo à empresa Dow Corning.
Desde as 8 h da manhã, uma
multidão de professores com o apoio dos pais de alunos, e a coordenação do Sintepp,
insatisfeitos com o posicionamento “ditatorial” do prefeito de Breu Branco
Admilson Mezzomo (PSDB), resolveram fechar a rodovia PA 263, única estrada de
acesso a Tucuruí e região, e mesmo com toda a proporção tomada pela
manifestação, o prefeito Admilson Mezzomo não quis tomar conhecimento do episódio,
tratando o fato como “retaliação política ao seu governo”.
O prefeito Mezzomo afirmou
ainda que está infligindo à Lei de Responsabilidade Fiscal, “eu estou cometendo
um crime de improbidade administrativa, pagando só com folha de pagamento 62%
do orçamento do município, onde deveria estar utilizando apenas o percentual de
51%”.
O prefeito esclareceu ainda
que estará convocando os concursados aprovados no último concurso público, e
que já chamou efetivou nesta semana nove funcionários na função de professor.
Queda de braço - Admilson
Mezzomo desafiou os professores, “já realizai o contrato de 29 professores e
neste sábado (15), a prefeitura vai estar aberta para contratar mais 27
professores, e se na segunda-feira os grevistas não estiverem na sala de aula,
estes contratados vão assumir os ligares destes revoltosos e começar o ano
letivo”, sei que posso com esta medida sofrer sanções penais, “mas se os
grevistas não voltarem por minha ordem, vou tirar suas cargas horárias e passar
a estes contratados”.
Mezzomo declarou que a
prefeitura está no vermelho recebendo recursos apenas para pagar a folha de
pagamento, “se os professores apontarem como ele faria para arrumar dinheiro,
ele pagaria as gratificações que os grevistas exigem”, se me mostrarem como fabricar
dinheiro eu pago os valores atrasados e mantenho o pagamento das gratificações
até o fim do meu mandato.
Admilson Mezzomo afirmou que
os professores do município, são os que têm a maior remuneração da região, “os professores
recebem algo entorno de R$ 5 mil ao mês”.
Para o coordenador do Sintepp
de Breu Branco, o professor Ubaldo Cunha, o prefeito deve estar equivocado ou
mal assessorado, queremos que ele prove qual o professor que recebe estes
valores, isso e mais um engodo do gestor, que de todas as formas, quer pisar, maltratar,
achincalhar e tenta dominar a classe como se fossem os seus partidários.
O interessante e que deu amnésia
no prefeito Admilson, que há época quando era vereador e presidente da Câmara
votou e foi um defensor da criação desta gratificação, e agora tenta voltar atrás
do que ele mesmo aprovou, é um paradoxo que só Mezzomo sabe fazer.
Além do mais, quer que a
classe dos professores mostre como ele deve fazer para conseguir recursos para
a prefeitura, mas se ele não tem capacidade de governar para que ele se
candidatou, Mezzomo esta tendo a oportunidade de governar, mas se por incompetência
não tem capacidade e só entregar o lugar para que outra pessoas com condições possam
governar o município.
É fato, que o gestor não
mentiu quando assumiu estar cometendo o crime de improbidade administrativa, ele
é réu confesso, ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal, inchando a folha de
pagamento do município com seus “aliados e asseclas”, e agora quer penalizar os
professores cortando um direito adquirido, inclusive com a aprovação dele
quando vereador há quase 15 anos atrás.
É só observar o que o prefeito
falou, se os professores não voltarem na segunda-feira (17) para as salas de
aula, os 60 professores contratados vão iniciar o ano letivo, ora, se ele tem recursos
para contratar, porque não paga o direito dos professores, se isso ocorresse
todos retornariam para a sala de aula.
A manifestação mobilizou famílias
da zona urbana e rural, a interdição criou um engarrafamento quilométrico, por
volta das 17 h os coordenadores do movimento, após decisão da maioria dos
manifestantes, resolveram suspender o ato público na rodovia e liberar o trânsito,
mas prometem retornar na segunda-feira (17), com miniestações em todos os
pontos da cidade, inclusive com piquetes nas escolas.
Foram quase de 10 h de espera
de uma posição do prefeito Admilson Mezzomo, em cumprir com os pagamentos dos retroativos
da gratificação de nível superior, retiradas dos salários dos servidores
através do projeto de lei encaminhado a Câmara de Vereadores em dezembro, e
aprovado pelos vereadores aliados do gestor.
No projeto os funcionários
perderam a gratificação de nível superior, sendo um arrepio ao Plano de Cargos,
Carreira e Remuneração (PCCR) do município aprovado na época que Admilson era
vereador, bem como o aumento do funcionalismo público que seria aferido em dezembro,
no valor de 8 %, até hoje os salários não foram reajustados.
A PM esteve no local para
garantir à segurança e através do comandante da PM de Breu Branco, Tenente Guimarães
a única orientação foi para que os manifestantes evitassem a queima de mais
pneus para evitar algum incidente.
Segundo os professores, a
Justiça de Breu Branco determinou no último dia 10, que Admilsom Mezzono,
realizasse o pagamento das gratificações que foram subtraídas dos contra
cheques dos servidores, mas espertamente, o gestor pagou apenas a gratificação
referente ao mês de fevereiro, ainda impondo descontos em todos os salários dos
professores, que segundo os servidores e inexistente e inconstitucional, ou
seja, ele deu com uma mão e tirou com outra, quando foi ser feita a verificação
nos contra cheques, o que foi pago com a gratificação de nível superior, foi
retirado com a diminuição nas horas aulas.
O juiz da comarca de Breu
Branco determinou ainda, que após o cumprimento por parte da prefeitura dos pagamentos
dos valores atrasados, os professores deveriam retornar imediatamente as salas
de aulas para cumprirem o calendário do ano letivo de 2013 e o início de 2014.
Mas, segundo os coordenadores
do Sintepp, o prefeito Mezzomo, não cumpriu na integra com a determinação
judicial, “até agora não recebemos os retroativos do mês de novembro e dezembro
de 2013 e janeiro de 2014, apenas o mês de fevereiro de 2014, ou seja, se ele
não cumpriu com a decisão do juiz, os professores em greve, também se acharam
no direito de não retornar a sala de aula, enquanto não for pago os seus direitos
na sua totalidade”, esclareceu Ubaldo Cunha.
A assessoria da prefeitura de
Breu Branco publicou nota esclarecendo que o impasse entre os grevistas e a gestão
pública, foi criado com a extinção de uma gratificação que estava sendo paga em
duplicidade, e de forma irregular ao longo de todas as gestões anteriores
frente a Prefeitura de Breu Branco.
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