Colonos retirados por ordem judicial da Escola
Reunidas
Por volta das 18:25 h, os oficiais de justiça
da comarca de Tucuruí estiveram na estrada Trans Bom Jesus, Km 25, na área do Projeto
de Assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA,
denominada Reunidas, para cumprirem a mandado de reintegração de posse à Prefeitura
Municipal de Tucuruí, do prédio onde funciona a Escola Municipal Reunidas –
Polo I, decisão exaurida pela Juíza da 1º Vara da Comarca de Tucuruí Dra. Rosa
Maria Moreira da Fonseca.
As mais de 50 famílias acampadas na
Escola Reunidas foram surpreendidas com a decisão da justiça da retirada dos
pais e mães de alunos, que desde as 9 h da sexta-feira (16), estavam alojadas
nas áreas externas do prédio municipal, sem direito a acessar se quer o
banheiro do prédio público.
A situação dos colonos estarem ocupando
as dependências externas da escola, até a ordem de despejo, foi em virtude da ausência
do prefeito Sancler Ferreira e da secretária Marivane Ferreira, na reunião
convocada pelos pais dos mais de 220 alunos matriculados na escola, para tratar
os assuntos referentes ao bom andamento da instituição educacional no último
dia 16, as 9 h na escola Polo.
Devido à negativa da administração, após
ser convidada através de oficio, os familiares envolvidos diretamente preocupados
com o bem estar dos alunos, decidiram acampar nas dependências externas da
escola até a presença dos administradores do munícipio ou do setor educacional
para democraticamente entrarem em entendimento na resolução das dificuldades
que atravessa a educação na Zona Rural em especial na Escola Reunidas.
É fato, que, em nenhum momento, qualquer
colono presente na manifestação pacífica, teve acesso a qualquer dependência da
escola ou utilizou material de uso exclusivo da escola, inclusive os acampados
dormiam ao relento e na chuva, assim como os seus filhos alunos matriculados na
escola no chão do refeitório na área aberta, suas presenças no recinto serviam
inclusive como vigilantes, haja vista, a área da escola não ter nenhuma cerca
ou muro de proteção. Em nenhum momento foi utilizado merenda escolar, até
porque os colonos nem sabiam se existiam estes produtos na escola. E, jamais
foi realizada a proibição dos funcionários para desempenhar suas funções na
escola, bem como não houve impedimento dos professores no sentido de lecionar
suas aulas, que inclusive e uma das principais reinvindicações dos acampados, a
efetivação de professores para o cumprimento do conteúdo programático do ano
letivo, que, já se encontra comprometido por falta de professores nas diversas matérias.
Na verdade desde a sexta-feira (16), ate
o momento do despejo, nenhum funcionário esteve cumprindo seu horário funcional
por orientação da Secretaria de Educação. Apenas os vigias trocavam turno.
Os alunos não estão frequentando a
escola porque tiveram conhecimento que as aulas estavam suspensas sem data prevista
para retorno. Acompanhando apenas seus pais em revezamento para que fossem
dadas as devidas assistências em suas residências.
Os dirigentes do movimento que lutam pelas
melhorias nas condições das estradas, transporte escolar, efetivação dos
professores, mais salas de aulas e um ano letivo com a totalidade das
disciplinas, não entenderam a razão acelerada que a justiça atendeu ao pedido
do prefeito Sancler Ferreira, pelo despejo dos colonos da escola Reunidas, sem
pelo menos verificar o que estava ocorrendo, acreditando apenas em uma denuncia
infundada.
Por outro lado com a vinda dos oficias
de justiça e da tropa do Rotam da Polícia Militar as mais de 50 famílias foram
colocadas para fora do prédio público na noite desta quarta-feira 21.
Os moradores reclamam que o mandado de
despejo foi cumprido após as 18:25 h, horário da chegada dos oficiais de
justiça com a Polícia Militar no assentamento, sendo pegos de surpresa no
momento em que estava sendo servido o jantar aos acampados. Que em nenhum
momento foi dado o direito a defesa ou ao contraditório. Sendo retirados e
colocados na estrada com seus filhos alunos da escola.
Em nenhum momento os pais dos alunos
entenderam que estarem na escola de seus filhos era uma invasão, pois a escola
é do povo, e o espaço é dos alunos, se os pais e os alunos estavam na escola o porquê
de serem despejados, isso significa que o prefeito não quer garantir o direito assegurado
pela Carta Magna a educação de qualidade a todos os brasileiros.
Por outro lado, o fato do Projeto de
Assentamento Reunidas ser uma área de jurisdição federal, administrada pelo
INCRA, e desta forma no entendimento dos moradores, haveria a necessidade de
uma determinação federal para garantir a reintegração de posse.
A população da Zona Rural em especial os
colonos da PA Reunidas estão insatisfeitos com o prefeito Sancler Ferreira, que
usando de seu poder emanado pelo povo, retirou os pais de famílias de um prédio
público que inclusive foi cedida a área da escola pela Associação dos Trabalhadores
Rurais da PA-Reunidas, para que a prefeitura construísse a escola, e hoje a população
que e a dona da terra não tem direito de estar na sua área e no prédio que e
dos munícipes que pagam seus impostos.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais – STR, Nilson Teixeira, “o prefeito gastou muito para construir uma
escola para servir de enfeite e de propaganda na televisão, enquanto isso nossos
filhos nada aprende, e ainda expulsa os trabalhadores com seus filhos do patrimônio
que é nosso, isso é uma reversão de valores”.
O presidente da Associação dos Trabalhadores
Rurais da PA Reunidas, Milton Santos “Tota”, declarou ser uma vergonha a falta
de compromisso do prefeito Sancler Ferreira e da secretária Marivane com a
educação dos colonos e de seus filhos, “foi uma traição o que o Sancler fez, quis
apenas que a Associação cedesse à área para que a prefeitura construir a escola,
sem gastar nada com a compra da terra, e hoje, não podemos nem entrar, estudar
e nem permanecer em um patrimônio coletivo. E o mais agravante ainda, e que esta
área, e de jurisdição federal, e este lote, e da Associação Reunidas, aqui antes
tínhamos uma escola com uma estrutura pacata, mais que pelo menos funcionava e tínhamos
o direito de entrar, aqui fica ainda o barracão
de nossa entidade, agora, é uma vergonha o gasto que foi feito para construir o
prédio e a publicidade realizada para toda a região, e o que vemos, é apenas “um
elefante “amarelo”” cravado em nosso assentamento. A falta de bom senso do
prefeito causou este mau estar com os colonos, mas só nos fortaleceu para
unirmos ainda mais em prol de nossas vitórias”.
(Wellington Hugles)
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ResponderExcluirO QUE ESSE TAL DE TOTA TÁ RECLAMENDO!
ELE NÃO ERA PUXA SACO DO SANCLER, ELE COM PORTARIA E A MULHER DELE COM OUTRA PRA SER PROFESSORA NO ASSENTAMENTO, LEVARAM UMA RASTEIRA DO 45/23, QUEM MANDA SER BABÃO!
ESSA É A FORMA DOS RICOS (45) GOVERNAR, POBRE SÓ APRENDE ASSIM, TOMANDO NO C´!!!
É no minimo, curioso, a velocidade como a justiça atende aos pedidos do "Sampetão" e demora (e nunca atende) aos pedidos e denuncias da população, contra ele e a PMT.
ResponderExcluirO que foi que houve mano? Não são todos eleitores do Pinocler?
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