Superintendente do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), Tenente Coronel André Moura
WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Fotos: Wellington Hugles
Por volta das 11:30 o Superintendente
do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), Tenente Coronel André Moura, chegou
de avião em Tucuruí, sudeste paraense, dirigindo-se diretamente para o Centro
de Recuperação de Tucuruí (CRRT), onde também ouviu dos detentos rebelados as inúmeras
denuncias e as privações que segundo eles, passam dentro do CRRT, tudo em
função ao não cumprimento do acordo celebrado no último dia 22, no momento da
manifestação de “socorro”, entre os internos e o diretor Melo, além da situação
sub-humana que atravessam dentro do Centro, e exigem melhorias estruturais e a
diminuição do número de detentos do Centro de Recuperação Regional de Tucuruí
(CRRT), que deveria operar com 120 internos e hoje ultrapassam 320 detentos,
colocando em risco a integridade física e à saúde, tanto dos apenados como dos
funcionários e prestadores de serviços, assim como dos Polícias Militares que
fazem a proteção do CRRT.
A Polícia Militar contínua com
o contingente de 14 militares do Tático da PM e mais dez Policias Militares,
comandados pelos quatro oficias da Polícia Militar do Pará presentes no Centro.
O superintendente André Moura esta
neste momento ouvindo as reinvindicações dos rebelados que exigem a
transferência imediata do Tenente Coronel Melo da direção do Centro de
Recuperação de Tucuruí, por entenderem que os modos administrativos do diretor
estão contrários a realidade que hoje atravessa os centros de recuperação do
estado.
Na oportunidade os familiares aglomerados
na frente do Centro, também denunciaram que, “seus filhos e maridos estão
passando as piores privações, sendo obrigados a conviver em uma cela com uma
capacidade máxima que seria de 40 internos, hoje convivem com 70 presos, os
internos são obrigados a dormirem dentro dos banheiros fétidos, em redes em
cima da pia e do vaso sanitário”.
Os familiares esclarecem ainda,
que ainda não era de conhecimento do superintendente da SUSIPE as ações
impostas pelo diretor Melo, segundo os familiares, “passamos a ser maltratadas
no momento de nossas visitas, em função de termos afirmados na rebelião
passada, quando o diretor Melo ainda estava de férias de Natal, que nós as mulheres
dos detentos somos assediadas moralmente e até sexualmente”.
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