Juíza da Comarca de Tucuruí, Dra. Cíntia Beltrão ouve os rebelados
Promotor de Justiça Charles Teixeira juntamente com o Comandante do CPR IV Coronel Barata, negociam a liberação do refém e ouvem as demandas dos internos rebelados
WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Fotos: Wellington Hugles
A juíza da Comarca de Tucuruí,
Dra. Cíntia Beltrão em companhia do Promotor de Justiça Charles Teixeira, chegaram
ao Centro de Recuperação de Tucuruí (CRRT), por volta das 11 h, acompanhados dos
14 militares do Tático da PM e mais dez Policias Militares, comandados pelos
quatro oficias da Polícia Militar do Pará presentes no Centro, imediatamente tiveram
acesso à carceragem do CRRT onde está ocorrendo à rebelião, e ouviram as reclamações
e as denuncias dos detentos rebelados, e na oportunidade, todas as demandas dos
internos foram anotadas e serão levadas para análise, e posterior providências por
parte das autoridades que cabem à responsabilidade de direito.
Na rebelião de hoje, os
detentos fizeram de refém o agente prisional da Superintendência do Sistema
Penitenciário do Estado (Susipe), de nome Benedito lotado no CRRT, e com a
chegada da Juíza e do Promotor de Justiça o refém foi liberado.
Desde as primeiras horas da manhã
desta terça-feira (28), os internos do Centro de Recuperação de Tucuruí (CRRT),
tomaram de refém o agente prisional da Susipe Benedito, e exigia a presença da
juíza da comarca de Tucuruí e do superintendente da Susipe, para ouvirem as
carências que passam os internos do CRRT, tudo em função ao não cumprimento do
acordo celebrado no último dia 22 no momento da manifestação de “socorro”, entre
os internos e o diretor Melo, além da situação sub-humana que atravessam dentro
do Centro, e exigem melhorias estruturais e a diminuição do número de detentos
do Centro de Recuperação Regional de Tucuruí (CRRT), que deveria operar com 120
internos e hoje ultrapassam 320 detentos, colocando em risco a integridade
física e à saúde, tanto dos apenados como dos funcionários e prestadores de
serviços, assim como dos Polícias Militares que fazem a proteção do CRRT.
Os familiares também
denunciaram que, “nossos filhos e maridos estão passando as piores privações, sendo
obrigados a conviver em uma cela com uma capacidade máxima que seria de 40 internos,
hoje convivem com 70 presos, os internos são obrigados a dormirem dentro dos
banheiros fétidos, em redes em cima da pia e do vaso sanitário”.
Até o momento o Centro de
Recuperação Regional de Tucuruí está velado, a imprensa ainda não teve acesso,
mas com a chegada das autoridades o refém foi liberado, mas os detentos
aguardam ainda a chegada do representante da Susipe de Belém, para cobrarem a transferência
imediata do Tenente Coronel Melo da direção do Centro de Recuperação de Tucuruí.
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