O presidente da Federação das Associações de Municípios do Pará (Famep), Helder Barbalho em audiência com o secretário nacional de Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior, juntamente com parlamentares paraenses
A imensa cratera que engoliu
cerca de 50 casas em Abaetetuba, além de provocar danos em 30 moradias,
completa hoje 18 dias. Ao todo, 213 famílias estão desabrigadas e não existe,
até o momento, nenhum pedido por parte do governo do Estado do Pará e nem da
Prefeitura Municipal de Abaetetuba para que o município seja incluído nas obras
emergências do governo federal.
A prefeitura não solicitou
sequer o Cartão de Defesa Civil, ação fundamental para que o município comece a
receber ajuda do governo, incluindo o pagamento do Aluguel Social.
Ontem, em reunião com o
secretário nacional de Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior, o
presidente da Federação das Associações de Municípios do Pará (Famep), Helder
Barbalho, juntamente com os deputados federais Beto Faro (PT), que é
coordenador da bancada federal do Pará, e Miriquinho Batista (PT) solicitaram
apoio para que os transtornos provocados na população de Abaetetuba sejam
amenizados por meio de medidas emergenciais da Defesa Civil.
Além da liberação do Aluguel
Social, Helder ressaltou, durante o encontro, que é necessário que sejam feitas
obras emergenciais para que as áreas atingidas sejam recuperadas. “Nossa
expectativa, ao solicitarmos esta audiência com o chefe da Defesa Civil, é que
o governo federal atenda as solicitações feitas pela Federação dos Municípios,
pela bancada paraense e pela Prefeitura de Abaetetuba para que possam ser
imediatamente liberados recursos para o aluguel social, por meio da prefeitura,
além de incluir a construção de moradias para a população desabrigada no PAC,
que é gerido pelo Ministério das Cidades”, ressaltou.
Medidas - O deputado Miriquinho disse
que é necessário adotar com urgência medidas para resolver a angústia pela qual
os desabrigados estão passando, uma vez que não têm para onde voltar. “Fizemos
contato direto com a Secretaria de Defesa Civil da Presidência da República
para que esta audiência fosse realizada com a maior brevidade possível. Estamos
aqui buscando soluções a curto prazo para tentar resolver a angústia da
população desabrigada, que não consegue enxergar um horizonte neste momento”.
Os representantes do Pará
ouviram do próprio general que não houve nenhuma manifestação por parte do
Governo do Estado do Pará, por intermédio da Defesa Civil, para a adoção de
medidas de socorro imediato, como a construção de um muro de contenção na área
que ainda ameaça desabar, para evitar que outras casas sejam engolidas, e
tampouco a solicitação de cestas básicas, apoio de barracas provisórias, entre
outras.
Governo ainda não procurou
secretaria - O secretário de Defesa Civil
explicou que várias providências já poderiam ter sido tomadas junto à sua
pasta. Ele lembrou que a secretaria está totalmente on line e que as
solicitações já poderiam ter sido feitas. O general Adriano Pereira disse que
já poderia ter sido solicitada a reconstrução de áreas atingidas como as ruas
que estão intrafegáveis.
O secretário informou que
todas estas pequenas obras são consideradas emergenciais e o recurso é
repassado com prioridade para cidades atingidas por catástrofes. “Vocês estão
me informando que o rio está comendo a margem, o que pode atingir mais pessoas.
Isto pode entrar como obra de contenção e já deveria ter sido solicitado”,
ressaltou o general.
“Vamos ajudar naquilo que for
possível, tentar mitigar sofrimento das pessoas no município de Abaetetuba”,
informou o secretário Adriano Pereira Júnior.
Para Helder, é lamentável que
o Estado do Pará esteja desassistido da política de defesa civil. “Ouvimos o
depoimento do próprio secretário Nacional de defesa Civil afirmando que, em
momento algum o Estado fez contato, seja para atender de imediato as famílias
atingidas ou em busca de um apoio para a prefeitura municipal”, disse.
O deputado Beto Faro acredita
que, em curto prazo as medidas solicitados pelos representantes paraenses vão
minimizar o drama das famílias, como o Aluguel Social.
Estas medidas, acredita, “vão
nos permitir amenizar o sofrimento das famílias. No médio prazo vamos tentar
detectar locais que já indicam problema semelhante e solicitar ao governo
federal recursos para a prefeitura realizar um trabalho preventivo”.
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