sábado, 22 de outubro de 2011

Obras de hidrovia seguem envoltas em incerteza


Obras do derrocamento da cachoeira do Lourenção com obras no valor de R$ 340 mil sem data de início

O 22º Encontro sobre o Corredor Centro Norte, realizado nesta sexta-feira, 21, em Marabá, deixou mais dúvidas do que certezas em relação às obras de derrocamento da Hidrovia Tocantins-Araguaia. As explicações dos representantes dos governos federal e estadual não convenceram grande parte dos participantes do evento.
Promovido pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Corredor Centro Norte (Adecon), o encontro visava debater exatamente a manutenção das obras da Hidrovia Araguaia-Tocantins no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A informação que chegou a Marabá é de que as obras (avaliadas em R$ 340 mil) foram barradas pela presidente Dilma Rousseff. Com isso, investimentos importantes ficariam prejudicados, tais como a Aços Laminados do Pará (Alpa), que busca transportar sua produção via Rio Tocantins, a partir do ano de 2016, segundo garantiu José Carlos Soares, presidente da Alpa. Sobre o assunto, o diretor de Infraestrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Adão Magnus Marcondes Proença, disse apenas que o DNIT cumpriu sua parte, ao realizar a licitação, que já teve, inclusive, uma empresa vencedora. Mas Dilma teria pedido uma reavaliação do processo e suspendido-o temporariamente.

Ele disse também não ter recebido informações sobre o desfecho da reunião entre representantes do governo federal e da Vale, na qual a presidente teria proposto que a mineradora seja parceira na construção do porto público de Marabá. “Só sei que foi feita uma reunião com a Vale, mas não sei o resultado”, alega.
Adão Proença foi questionado duramente por Eduardo Carvalho, vice-presidente do Sindicato das Empresas de Navegação do Estado do Pará e sócio da empresa Mc Log. Segundo Carvalho, existe um risco muito grande de o derrocamento da cachoeira do Lourenção, para a viabilidade da hidrovia, só acontecer depois da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Eduardo Carvalho explica a situação: segundo ele, para permitir a navegação de grandes embarcações é necessário que o rio tenha pelo menos 3,5 metros de calado o ano inteiro e não apenas em período de cheias. “Mais água no rio representa menos geração de energia”, explica.

Pela manhã, o vereador licenciado Miguelito Gomes (PP), superintendente de Desenvolvimento Urbano de Marabá, também criticou as explicações dadas sobre o assunto, daquela vez pelo secretário de Indústria e Comércio do Estado, David Leal, que disse haver “dificuldades extremas” para retomar o derrocamento.

Vantagens - Falando da importância da hidrovia para o Centro e Norte do País, o organizador do encontro, Alberto Polo Pereira, presidente da Adecon, observou que as regiões que pretendem se desenvolver têm que apostar em vários modais de transporte e dentro dessa lógica a hidrovia compartilha espaço com outros modais, sendo economicamente mais viável.


Raul Soares da Silva Junior, sócio proprietário do grupo de navegação RMS Silva e membro da diretoria do SINDARPA

Tucuruí – Esteve presente ao evento em Marabá o empresário Raul Soares da Silva Junior, sócio proprietário do grupo de navegação RMS Silva e membro da diretoria do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre e das Agências de Navegação do Estado do Pará – SINDARPA, Raul tem sido um dos grandes defensores da continuidade das obras da hidrovia Araguaia-Tocantins, bem como a realização do derrocamento e a instalação de portos não só em Marabá, com em Itaqui e Vila do Conde mais principalmente em Tucuruí, para com isso poder beneficiar a região onde foi instalada as eclusas no escoamento dos seus produtos.

Um comentário:

  1. Existe sim uma certeza, mais uma obra de grande impacto que vai aumentar a miséria para as famílias ribeirinhas e pescadores, que vai ficar vendo “navio passar”!
    No XXII encontro, nem se quer ventilaram condicionantes, famílias impactadas, meio ambientes, como querem fazer propaganda enganosa no exterior com erradicação da “fome”, se os grandes projetos na Amazônia, só vem para dividir, subtrair do menos favorecidos e degradar o bioma, nem as leis de crimes ambientais são respeitadas, totalmente prevaricadas pelos órgãos fiscalizadores e o ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO todo “derrocado”.
    Imagine quem estava na coordenação a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Corredor Centro Norte - ADECON, onde meio ambiente e o social são sinônimo de miséria e insustentável!
    O estado deveria ganhar um troféu de campeão de incompetência, essa SEMA criou o MOSAICO de unidade de conservação em 2002, só para fazer pacote com a Eletronorte e desvio de dinheiro público, que absurdo! E a Tereza deixou de ser Cativa, passando a ser “Castiga”

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