Quadrilha formada por cinco assaltantes promoveu um “dia de cão” em Jacundá. Assaltos, tiroteio e mortes numa lanchonete a 15 quilômetros do centro, sudeste do Pará
Uma quadrilha formada por cinco assaltantes promoveu um “dia de cão” em Jacundá. Assaltos, tiroteio e mortes numa lanchonete a 15 quilômetros do centro, sudeste do Pará. Até o fechamento desta edição nesta quarta-feira, 19, quatro assaltantes morreram em troca de tiros com policiais e um estava foragido nas matas. Antes, o bando havia assassinado um policial militar à paisana e um aposentado também morreu.
A ação criminosa começou por volta de 10 h de terça-feira, na vicinal conhecida por Estrada do Lago, a 35 quilômetros da cidade de Jacundá, quando cinco assaltantes bloquearam a estrada e começaram a assaltar motoristas e passageiros que passavam no momento. Uma das vítimas, que pediu para não ser identificada, disse à reportagem que permaneceu por mais de uma hora em poder dos assaltantes. “Eles pararam meu carro e um deles roubou todo dinheiro que eu levava na carteira”.
Outra vítima, o apanhador de açaí conhecido por Raimundão, contou à reportagem que passou pelo bando por volta de 7:30 h. “Vi que eram cinco homens andando pela estrada. Percebi que um deles estava com uma garrafa de cachaça não mão e outros carregavam bolsas”. Ao retornar do trabalho, Raimundão conta que havia mais de trinta pessoas como reféns dos assaltantes, que distribuíram whisky e chocolate para as vítimas, comentários afirmavam que os assaltantes aguardavam o caminhão dos Correios para concluir sua ação.
Pânico na lanchonete - Dos cinco assaltantes, apenas um estava encapuzado. E após assaltarem motoristas na estrada, eles fugiram em um veículo Eco Spot pertencente ao empresário Evenides Rodrigues Sampaio, 48 anos, que saiu gravemente ferido ao se recusar entregar o carro aos bandidos, após percorrerem 20 km já na Lanchonete Alvorada, localizada a 10 quilômetros de Jacundá, o bando parou para lanchar. Em seguida saíram e retornaram quando perceberam que uma caminhonete com mais de vinte passageiros se aproximava.
Armados com pistolas e metralhadoras, os assaltantes anunciaram o assalto. “Eu deitei no chão, pois eles (assaltantes) mandaram”, contou Ione Colares Batista, proprietária da lanchonete. O motorista Celso, que dirigia a caminhonete narrou à cena de terror. “Eram muito tiros para todos os lados”.
O tiroteio começou quando os assaltantes reconheceram o policial militar Francisco de Assis Valentin, lotado na vila Santa Rosa. “Ele estava indo para o serviço”, comentou o comandante do destacamento da PM de Jacundá, tenente Rogério. Ao perceber que seria alvo dos bandidos, o militar revidou e acabou morto com vários tiros. “Foi um terror. Era gente correndo pra todo lado, mulheres e crianças sem saber o que fazer”, conta outra testemunha.
Marcas de tiros eram visíveis nas paredes da lanchonete e em veículos que estavam estacionados. Mais de 10 perfurações de bala estavam na caminhonete de passageiros e uma delas atingiu mortalmente o pescador aposentado conhecido apenas por Francisco Alcides, 71 anos, que no momento se encontrava na carroceria do carro, o projétil atravessou uma peça de madeira e transfixou o corpo do aposentado que teve morte instantânea. Outra passageira Ana Ferreira da Cruz também saiu baleada. Tanto ela quanto o empresário Evenides foram atendidos no Hospital Municipal de Jacundá e em seguida transferidos para o Hospital Regional de Tucuruí.
Conforme narrou Ione, o tiroteio teve duração aproximada de 15 minutos. Em seguida, o bando roubou um Fiat Uno, pertencente a um taxista da cidade de Mãe do Rio, sul do Pará, que transportava uma família que seguia para comunidade rural de Porto Novo, e que passava pelo local no momento.
Fuga e cerco - O motorista Valdecir Silva foi levado como refém. “Foi minutos de muito pânico”, contou ele, que foi obrigado a transportar os assaltantes em direção à cidade de Jacundá. Informados sobre a ação, uma viatura da Polícia Militar seguiu em direção ao local do tiroteio. A 5 km da cidade, um confronto entre policiais e assaltantes resultou num tiroteio. “Vi a morte passar perto de mim”, narrou o taxista. Sem opção, os assaltantes entraram num matagal da região do Jabutizão e a PM pediu reforço policial.
O delegado bacharel Carlos Magalhães Gomes, da Superintendência Regional do Lago de Tucuruí e o Major Robson, do comando geral da PM de Tailândia, acompanharam inicialmente as buscas. À noite, as investigações foram assumidas pelo delegado Marcos Cruz, titular da Delegacia de Jacundá. E cerca de 50 policiais militares participaram das buscas.
Novo confronto - Por volta de 21:00 h quando um grupo de Policiais vasculhavam a área, um dos assaltantes saiu numa estrada vicinal. “Ao perceber a presença da polícia, ele correu e os comparsas atiraram contra a viatura”, explicou o tenente Rogério.
No tiroteio morreu quatro assaltantes. Apenas um foi identificado. Trata-se de Jedean Ferreira Martins, 30 anos. Segundo informações da Polícia Civil, ele é foragido do Centro de Recuperação Mariano Antunes (Crama) de Marabá. As buscas ao último assaltante continuam sem êxito, o cerco esta sendo fechando em toda a área do sumiço do assaltante. “Estamos vasculhando a área, e com certeza será uma questão de tempo para prendermos o acusado”, informou o tenente Rogério.
IML - Os seis corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal de Marabá. E os veículos vão passar por perícia cientifica.
Na manhã desta quarta-feira, no Hospital Regional de Tucuruí - HRT, mais uma vítima veio a óbito do tiroteio em Jacundá, aumento para sete o numero de mortes, e mais duas vitimas do tiroteio deram entrada no HRT, com ferimentos gravíssimos, uma delas apesar de não estar correndo risco de morte poderá ficar paraplégica.
A morte do policial militar Francisco de Assis causou comoção e dor entre colegas de farda, amigos e parentes. Ele estava na corporação havia 27 anos, era casado e morava na cidade de Goianésia do Pará, porém trabalhava na comunidade de Santa Rosa, a 50 quilômetros de Jacundá. (Com informações de Wallacy Sousa)
Armamentos apreendidos com os assaltantes
O veículo roubado do empresário Evenides Rodrigues Sampaio que foi gravemente ferido, para a fuga do bando até a lanchonete onde ocorreu o tiroteio
Uma das vítimas que foi baleada e levada em estado grave ao Hospital Regional de Tucuruí, faleceu na manhã desta quarta-feira
O cabo da Polícia Militar Francisco de Assis Valente, foi assassinado com vários tiros pelos assaltantes ao ser reconhecido, ele estava na corporação há 27 anos, casado morava em Goianésia do Pará, porém trabalhava na comunidade de Santa Rosa, a 50 km de Jacundá.
O aposentado identificado como Alcides, foi morto a tiros dentro da carroceria da caminhonete pelos assaltantes
A equipe do Tático da PM reforçou as buscas aos assaltantes que impuseram o terror e mortes em Jacundá
Os três assaltantes mortos no confronto com a Polícia Militar, permanecem sem identificação no IML de Marabá
Polícia Militar fechou o cerco a procura do último assaltante foragido nas matas em Jacundá
Uma quadrilha formada por cinco assaltantes promoveu um “dia de cão” em Jacundá. Assaltos, tiroteio e mortes numa lanchonete a 15 quilômetros do centro, sudeste do Pará. Até o fechamento desta edição nesta quarta-feira, 19, quatro assaltantes morreram em troca de tiros com policiais e um estava foragido nas matas. Antes, o bando havia assassinado um policial militar à paisana e um aposentado também morreu.
A ação criminosa começou por volta de 10 h de terça-feira, na vicinal conhecida por Estrada do Lago, a 35 quilômetros da cidade de Jacundá, quando cinco assaltantes bloquearam a estrada e começaram a assaltar motoristas e passageiros que passavam no momento. Uma das vítimas, que pediu para não ser identificada, disse à reportagem que permaneceu por mais de uma hora em poder dos assaltantes. “Eles pararam meu carro e um deles roubou todo dinheiro que eu levava na carteira”.
Outra vítima, o apanhador de açaí conhecido por Raimundão, contou à reportagem que passou pelo bando por volta de 7:30 h. “Vi que eram cinco homens andando pela estrada. Percebi que um deles estava com uma garrafa de cachaça não mão e outros carregavam bolsas”. Ao retornar do trabalho, Raimundão conta que havia mais de trinta pessoas como reféns dos assaltantes, que distribuíram whisky e chocolate para as vítimas, comentários afirmavam que os assaltantes aguardavam o caminhão dos Correios para concluir sua ação.
Pânico na lanchonete - Dos cinco assaltantes, apenas um estava encapuzado. E após assaltarem motoristas na estrada, eles fugiram em um veículo Eco Spot pertencente ao empresário Evenides Rodrigues Sampaio, 48 anos, que saiu gravemente ferido ao se recusar entregar o carro aos bandidos, após percorrerem 20 km já na Lanchonete Alvorada, localizada a 10 quilômetros de Jacundá, o bando parou para lanchar. Em seguida saíram e retornaram quando perceberam que uma caminhonete com mais de vinte passageiros se aproximava.
Armados com pistolas e metralhadoras, os assaltantes anunciaram o assalto. “Eu deitei no chão, pois eles (assaltantes) mandaram”, contou Ione Colares Batista, proprietária da lanchonete. O motorista Celso, que dirigia a caminhonete narrou à cena de terror. “Eram muito tiros para todos os lados”.
O tiroteio começou quando os assaltantes reconheceram o policial militar Francisco de Assis Valentin, lotado na vila Santa Rosa. “Ele estava indo para o serviço”, comentou o comandante do destacamento da PM de Jacundá, tenente Rogério. Ao perceber que seria alvo dos bandidos, o militar revidou e acabou morto com vários tiros. “Foi um terror. Era gente correndo pra todo lado, mulheres e crianças sem saber o que fazer”, conta outra testemunha.
Marcas de tiros eram visíveis nas paredes da lanchonete e em veículos que estavam estacionados. Mais de 10 perfurações de bala estavam na caminhonete de passageiros e uma delas atingiu mortalmente o pescador aposentado conhecido apenas por Francisco Alcides, 71 anos, que no momento se encontrava na carroceria do carro, o projétil atravessou uma peça de madeira e transfixou o corpo do aposentado que teve morte instantânea. Outra passageira Ana Ferreira da Cruz também saiu baleada. Tanto ela quanto o empresário Evenides foram atendidos no Hospital Municipal de Jacundá e em seguida transferidos para o Hospital Regional de Tucuruí.
Conforme narrou Ione, o tiroteio teve duração aproximada de 15 minutos. Em seguida, o bando roubou um Fiat Uno, pertencente a um taxista da cidade de Mãe do Rio, sul do Pará, que transportava uma família que seguia para comunidade rural de Porto Novo, e que passava pelo local no momento.
Fuga e cerco - O motorista Valdecir Silva foi levado como refém. “Foi minutos de muito pânico”, contou ele, que foi obrigado a transportar os assaltantes em direção à cidade de Jacundá. Informados sobre a ação, uma viatura da Polícia Militar seguiu em direção ao local do tiroteio. A 5 km da cidade, um confronto entre policiais e assaltantes resultou num tiroteio. “Vi a morte passar perto de mim”, narrou o taxista. Sem opção, os assaltantes entraram num matagal da região do Jabutizão e a PM pediu reforço policial.
O delegado bacharel Carlos Magalhães Gomes, da Superintendência Regional do Lago de Tucuruí e o Major Robson, do comando geral da PM de Tailândia, acompanharam inicialmente as buscas. À noite, as investigações foram assumidas pelo delegado Marcos Cruz, titular da Delegacia de Jacundá. E cerca de 50 policiais militares participaram das buscas.
Novo confronto - Por volta de 21:00 h quando um grupo de Policiais vasculhavam a área, um dos assaltantes saiu numa estrada vicinal. “Ao perceber a presença da polícia, ele correu e os comparsas atiraram contra a viatura”, explicou o tenente Rogério.
No tiroteio morreu quatro assaltantes. Apenas um foi identificado. Trata-se de Jedean Ferreira Martins, 30 anos. Segundo informações da Polícia Civil, ele é foragido do Centro de Recuperação Mariano Antunes (Crama) de Marabá. As buscas ao último assaltante continuam sem êxito, o cerco esta sendo fechando em toda a área do sumiço do assaltante. “Estamos vasculhando a área, e com certeza será uma questão de tempo para prendermos o acusado”, informou o tenente Rogério.
IML - Os seis corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal de Marabá. E os veículos vão passar por perícia cientifica.
Na manhã desta quarta-feira, no Hospital Regional de Tucuruí - HRT, mais uma vítima veio a óbito do tiroteio em Jacundá, mais duas pessoas do tiroteio deram entrada no HRT, com ferimentos gravíssimos, uma delas apesar de não estar correndo risco de morte poderá ficar paraplégica.
A morte do policial militar Francisco de Assis causou comoção e dor entre colegas de farda, amigos e parentes. Ele estava na corporação havia 27 anos, era casado e morava na cidade de Goianésia do Pará, porém trabalhava na comunidade de Santa Rosa, a 50 quilômetros de Jacundá. (Com informações de Wallacy Sousa)
Parabens aos policiais militares e civis que atuaram nesta ação.
ResponderExcluirPena que morreu tbm pessoas inocentes, mas os policiais estao de parabens.
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