WELLINGTON HUGLES
De Tucuruí
Foto: Wellington Hugles
Governo admite crise na segurança
Cerca de 200 PMs que estavam
aquartelados desde o início da noite desta sexta-feira (4), participaram de uma
longa reunião com o comandante do CPR IV Coronel Barata e o subcomandante do 13º
BPM de Tucuruí Major Charles. Duarte quatro horas de reunião, Barata ouviu
atentamente as demandas dos militares, sendo que diversos problemas foram denunciados
pelos militares do quartel de Tucuruí.
Segundo Barata, todas as
demandas serão analisadas, e providências serão tomadas dentro do que rege a
legislação militar.
O Coronel Barata foi direto em
afirmar que sendo servido público, esta para obedecer a determinação do seu
comando em chefe, na pessoa do governador do estado e do comandante geral da
PM, com isso, os militares que por ventura persistirem em continuar paralisados,
mesmo estando escalados para os serviços diários, poderão sofrer sanções penais,
que poderão chegar até suas detenções. ”Como militar, e irmão de farda, não
gostaria de chegar a este ponto, haja vista, aqui conheço todos os que convivem
e trabalham comigo há anos, e mesmo sabendo que suas causas são justas, mas somos
policiais, e temos que cumprir com os ditames legais e nosso juramento de defender
a população do nosso estado”.
Durante a reunião não foi discutido
nada sobre o aumento salarial da classe, segundo Barata esta discussão foge a
sua ossada, “esta determinação e no nível de comando geral e de governo, mas, torcemos
para que tudo seja resolvido de forma democrática e rapidamente”.
Após a reunião que foi
intermediada pelo vereador e advogado dos PMs Cleuton Marques, a comissão que
está acompanhando os acontecimentos que vem ocorrendo desde a quinta-feira (3),
na capital do estado, tiveram uma nova reunião com a categoria e resolveram
permanecer dando sustentação a paralisação dos militares de Belém e dos outros municípios
que abraçaram a causa, e decidiram retornar ao policiamento preventivo pelas ruas da cidade através das viaturas, mas os
PMs que estão de folga vão engrossar as manifestações pelas ruas de Tucuruí diariamente, com a realização de carretaras
e atos públicos, conscientizando a sociedade civil das perdas da classe e da
forma desumana que o governo do Pará esta tratando os praças da PM. “Se não
podemos paralisar no ato de estarmos de serviço, em função de podermos ser surpreendidos
com punições e até mesmo prisões, resolvemos manter o número de PMs de plantão
dentro da escala de trabalho realizando as rondas, e a outra parte que está de folga
dentro dos seus direitos constitucionais vão as ruas para reivindicar nosso
aumento salarial igualitariamente ao concedido pelo governador em 110% para os oficias
da PM e do Corpo de Bombeiros, iniciando esta muralha de divisão entre os
comandantes e o seus comandados, temos certeza que não estaremos cometendo nenhum
crime por estarmos de forma democrática e pacifica realizando atos públicos e
manifestações em vias públicas”.
Dentre as reivindicações pautadas
a nível estadual pelos PMs, uma ficou latente em Tucuruí, a falta de intercâmbio
entre o novo comandante do 13º BPM de Tucuruí, com os seus comandados, trazendo
ainda mais um distanciamento da classe, com a resolução de pautas diárias que
deveriam ser tratadas com maior atenção pelo comandante e resolvidas sem que
para isso fosse necessário levar ao conhecimento do comandante do CPR IV o
Coronel Barata.
Carreata - Por volta das 12 h,
uma grande quantidade de carros e mortos saiu do quartel em Tucuruí e percorreram
as principais vias da cidade em carreata, anunciando que os PMs de Tucuruí
estão firmes no apoio a paralisação da classe, e que estarão diariamente realizando
manifestações até que o governo decida encaminhar a Assembleia Legislativa do
estado novo projeto de lei beneficiando toda a classe.
Não adianta o Secretário de Segurança
anunciar 30% de aumento para ser cumulativa a gratificação de periculosidade,
sendo 10% em abril e 20% em novembro e muito menos que seja igualado a ajuda
para aquisição de fardamento aos cabos iguais a já repassada aos subtenentes,
por que isso não resolverá nossa situação, isso e apenas um paliativo, e não
vamos nos contentar se não for o reajuste de 110% para toda a tropa.
Ato Público - Por volta das 13
h houve um ato público na Praça do Rotary centro da cidade, onde muitos PMs usaram
a palavra em defesa da pauta estadual da PM, ao final cantaram o hino nacional
e do Pará, e marcaram para segunda-feira (7) nova manifestação nas ruas da
cidade e na terça-feira (8), uma grande manifestação na frene do Legislativo de
Tucuruí para pedir o apoio dos vereadores na luta pela isonomia salarial dos
PMs.
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